Um dos maiores cobradores de falta do futebol brasileiro. Chegou ao Guarani com 14 anos e ficou direto até os 20. Saiu por empréstimo para Bangu e São Paulo e voltou em 1988 para brilhar na campanha do vice-campeonato paulista. Seu gol de bicicleta, na final contra o Corinthians, é um dos mais belos em decisões. Virou ídolo no Timão após a conquista do Brasileiro de 1990. Teve mais duas passagens pelo Brinco de Ouro: uma como jogador, em 1995, e outra como gerente de futebol, entre 2002 e 2003, na gestão de José Luiz Lourencetti.
MAURO SILVA
O volante tetracampeão mundial pela Seleção em 1994 começou a carreira no Guarani. O time de Campinas, aliás, é um dos poucos defendidos por Mauro Silva como jogador profissional. Ficou no Brinco de 1988 a 90, depois se transferiu para o Bragantino, onde ficou mais dois anos. Despertou interesse do Deportivo La Coruña e ficou na Espanha até a aposentadoria. É o segundo jogador que mais atuou pelo La Coruña. Pelo Brasil, venceu o Mundial e a Copa América de 1997. Foram 58 partidas e nenhum gol.
EDILSON
O Capetinha, apelido ganho no auge da carreira, se profissionalizou com a camisa do Guarani, após passagens por Industrial-ES e Tanabi. Em poucos meses, o futebol atrevido despertou interesse do Palmeiras, à época potencializado pelo dinheiro da Parmalat. Entre os títulos da carreira, destacam-se três Brasileiros, três Paulistas, um Mundial de Clubes, uma Copa dos Campeões, um Carioca, um Baiano e a Copa do Mundo de 2002, pela seleção brasileira.
Um craque nascido e aposentado com a camisa alviverde. O atacante franzino teve como principal destaque no clube a artilharia do Campeonato Brasileiro de 94 (19 gols), quando o Bugre parou na semifinal. Brilhou na Europa por Udinese e Borussia Dortmund, além de passar também por Parma e Málaga. De volta ao Brasil, venceu Libertadores e Mundial pelo São Paulo, em 2005. No fim da carreira, defendeu Milan, Corinthians, Grêmio e fechou a carreira com atuação no dérbi do Campeonato Paulista de 2009 (empate por 2 a 2). Tem dez gols em 20 jogos pela seleção brasileira.
LUIZÃO
Mostrou o faro de artilheiro já na conquista da Copa São Paulo de 1994. Subiu ao time principal e formou, com Djalminha e Amoroso, um dos ataques mais talentosos da história do Guarani. De Campinas, ganhou o mundo. No fim de 1995, foi negociado ao lado de Djalminha por US$ 5 milhões com o Palmeiras. Foi campeão no Verdão, assim como por Vasco, Corinthians, São Paulo e Flamengo, sem contar a Copa de 2002 pela Seleção. Jogou duas vezes na Europa (La Coruña e Hertha Berlim) e uma vez no Japão, além de passar por clubes menores do país. Com camisas de destaque, só não fez sucesso no Grêmio e no Santos.
Luizão ao lado de Decoe Amoroso.
CARLINHOS
Era capitão do time que conquistou a Copinha de 1994. O potencial era tão grande que integrou a seleção brasileira no Pré-Olímpico e na Copa Ouro, ambas em 1996. Subiu para o elenco profissional do Bugre e passou poucos meses até mudar de clube. Na carreira, vestiu as camisas de Juventude, Waldhof Mannheim (Alemanha), Figueirense, Bahia e Santa Cruz. Voltou ao Guarani em 2004. Depois, ao pendurar as chuteiras, treinou o time sub-20 do Alviverde e foi interino em algumas partidas do elenco profissional.
GLÉGUER
Goleiro promissor, virou titular do Guarani no fim da década de 90. Ficou no clube até 2000 e se transferiu para o Corinthians. Voltou meses depois para disputar o Campeonato Brasileiro, mas depois seguiu carreira fora. Defendeu, entre outras camisas, Cruzeiro, Portuguesa, Náutico, Vitória e Bragantino. Já aposentado, é treinador de goleiros e integrante da comissão técnica fixa do Bugre.
EDU DRACENA
Hoje no Palmeiras, o zagueiro deu os primeiros passos na carreira no Guarani, que ainda lhe deve dinheiro. Estreou aos 17 anos, em uma derrota para a Matonense pelo Campeonato Paulista de 1999. Ficou no clube até 2003, quando foi vendido para o Olympiakos, da Grécia. Voltou em seguida para ser campeão de Tríplica Coroa no Cruzeiro. Passou pelo Fenerbahce, da Turquia, e fez sucesso com a camisa do Santos, entre 2009 e 2014 (ganhou, entre muitos títulos, a Libertadores de 2011). Quando era jogador do Bugre, foi lembrado para a seleção brasileira sub-20, ao lado de nomes como Maicon, Adriano e Kaká. Disputou o Mundial da categoria, bem como a Copa Ouro de 2003 e o Pré-Olímpico de 2004.
RENATO
Renato ganhou projeção com a camisa do Santos, entre 2000 e 2004, mas foi revelado mesmo no Guarani. Chegou ao time de Campinas em 1994, com 15 anos, e ficou até os 21 – era chamado de Renatinho. O talento como segundo volante ficou evidente após a conquista do título brasileiro de 2002 pelo Peixe. Fez 29 partidas pela Seleção, onde conquistou a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005. Fez muito sucesso pelo Sevilla, na Espanha, por quem foi bicampeão da Copa da Uefa, e voltou ao Brasil para atuar no Botafogo. Atualmente é titular do Santos, clube em que deve encerrar a carreira.
ELANO
Elano com a camisa do Bugre, quando defendia a base do clube (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Elano começou a trajetória como jogador nas divisões de base do Guarani. Ficou no clube de 1998 até 2000, quando completou 19 anos. A profissionalização, porém, foi com a camisa do Santos, time em que viveu os melhores momentos de sua carreira (bicampeão brasileiro e campeão da Libertadores). O Bugre tentou recuperá-lo na Justiça, mas não teve sucesso – só foi lucrar com ele em 2009, na transferência para o Manchester City, que rendeu R$ 600 mil. O meia também vestiu as camisas de Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e Galatasaray, da Turquia. No Brasil, defendeu também Grêmio e Flamengo. Foi titular da Seleção na Copa do Mundo de 2010, mas uma lesão ainda na primeira fase impediu sua sequência.
MARTINEZ
Mais um canhoto talentoso surgido na divisão de base do Guarani. Luiz Fernando Martinez defendeu o time profissional entre 1999 e 2001 e logo foi negociado com o Internacional, que topou pagar R$ 4 milhões em quatro parcelas diferentes. O meia retornou a Campinas em 2002 por empréstimo e logo rumou para o Cruzeiro, onde venceu a Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro). Vestiu também as camisas de Palmeiras (campeão paulista em 2008), Cerezo Osaka (Japão), Náutico e Criciúma.
ALEX
Alex é mais um talento de casa no Guarani. O canhoto estreou em 2003, atuou como lateral-esquerdo em algumas ocasiões, mas se firmou para valer como meia. Em sua passagem pelo clube, ainda garoto, aprendeu a cobrar faltas com Neto, então gerente de futebol. Fez sete gols em 54 jogos até 2004, quando foi negociado com o Internacional por cerca de R$ 1 milhão. No Beira-Rio, venceu dez títulos em duas passagens. Foi para a Europa, onde jogou no Spartak Moscou, e voltou ao país para ser campeão brasileiro e da Libertadores com o Corinthians. Hoje está de novo no Inter, onde demonstra a qualidade nas bolas paradas aprendida no Brinco.
PAULO ANDRÉ
Natural de Campinas, o zagueiro passou por alguns clubes na base, mas se profissionalizou pelo Guarani. Disputou 55 partidas entre o Paulistão de 2004 e a Série B do Campeonato Brasileiro de 2005. Foi para o Atlético-PR, em negociação mal explicada na época, e começou a se destacar ainda mais na carreira. Depois do Furacão, jogou no futebol francês (Le Mans) e no Corinthians, por quem venceu todos os títulos possíveis. Nos últimos anos, defendeu Shanghai Greenland, da China e Cruzeiro, mas voltou ao Atlético neste ano.
JONAS
Foi a grande aposta da base do Guarani em 2005. Estreou em abril, com 21 anos, e se firmou como grande nome do elenco da época. Marcou 12 gols na campanha da Série B e chamou atenção de outros clubes. Saiu do Brinco de Ouro por meio de uma disputa judicial e assinou com o Santos. Desde então, passou pelo Grêmio, pela Portuguesa e por dois clubes europeus: Valencia, da Espanha, e Benfica, de Portugal. É um dos grandes nomes do Benfica na atualidade. Jogou também oito vezes pela seleção brasileira, com dois gols marcados
BOSCHILIA
Último talento da base bugrina a vingar. Chamava atenção desde quando tinha 16 anos, mas sequer teve a chance de estrear no profissional. Em um dos atos polêmicos da gestão de Marcelo Mingone, foi negociado por R$ 600 mil com o São Paulo. Na equipe do Morumbi, atuou diversas vezes e integrou o elenco vice-campeão brasileiro em 2014. O talento foi descoberto pelo Monaco, que aceitou pagar € 9 milhões (R$ 34,7 milhões) em agosto de 2015. O Guarani praticamente não lucrou com a promessa.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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