Em um GP da Hungria definido pela estratégia e pelo consumo de pneus, a Mercedes soube jogar melhor. Largando da pole-position, Lewis Hamilton administrou a corrida deste domingo (29), superando tanto o desgaste de pneus quanto a ameaça de Sebastian Vettel para vencer pelo segundo fim de semana seguido.
Para triunfar no Hungaroring, Hamilton teve um grande aliado: Valtteri Bottas. O finlandês fez um belo trabalho defensivo e, mesmo com pneus macios gastos, retardou a ultrapassagem de Vettel o máximo possível. Mas a corrida do finlandês foi pelo ralo com seis voltas para o fim: quando Sebastian finalmente ultrapassou, Valtteri tentou dar o troco – e causou um toque. O piloto da Ferrari escapou ileso, enquanto o da Mercedes danificou a asa.
Kimi Räikkönen lucrou em cima do incidente e terminou em terceiro. Bottas ainda terminaria em quinto após se envolver em outro toque, agora com Daniel Ricciardo, quarto. O finlandês da Mercedes errou a freada na curva 1 e atingiu a lateral do australiano. Seguindo instrução da equipe, Valtteri cedeu posição no fim para evitar uma punição.
Pierre Gasly foi o melhor ‘do resto’ e terminou em sexto. A zona de pontos ainda contou com Kevin Magnussen, Fernando Alonso, Carlos Sainz Jr. e Romain Grosjean completaram a zona de pontos.
A prova teve três abandonos – todos por problemas mecânicos. Max Verstappen e Charles Leclerc ficaram pelo caminho ainda nas primeiras voltas, enquanto Stoffel Vandoorne quebrou na reta final, quando parecia encaminhar um raro resultado na zona de pontos.
A prova teve três abandonos – todos por problemas mecânicos. Max Verstappen e Charles Leclerc ficaram pelo caminho ainda nas primeiras voltas, enquanto Stoffel Vandoorne quebrou na reta final, quando parecia encaminhar um raro resultado na zona de pontos.
Passado o GP da Hungria, a F1 parte para as férias de agosto. A próxima corrida, o GP da Bélgica, é somente em 26 de agosto.
Saiba como foi o GP da Hungria de F1
Depois de um sábado de chuva e mais chuva, o domingo foi essencialmente o contrário: o sol estava forte e o clima, quente. Era a confirmação daquilo que a Mercedes temia – condições que favoreciam a Ferrari.
A estratégia da corrida começou a se desenhar de imediato. Hamilton, Bottas e Räikkönen largariam de ultramacios, enquanto Vettel optou pelos macios.
A largada foi tranquila para a Mercedes, que seguiu com Hamilton e Bottas em primeiro e segundo. Logo atrás, Vettel subiu para terceiro, mesmo que usando pneus menos aderentes que Kimi. Verstappen, Gasly, Magnussen, Sainz, Hartley e Hülkenberg – com bela largada – fechavam o top-10. Mais atrás, Ricciardo quase estragou uma corrida de recuperação ao tocar com mais força na traseira de Ericsson.
O primeiro abandono veio ao fim da primeira volta, quando Leclerc sofreu uma quebra e recolheu para os boxes.
Na frente, Hamilton encaixava volta mais rápida atrás de volta mais rápida. O britânico precisava escapar para não dar chance à estratégia diferente de Vettel, que ficava preso atrás de Bottas.
Quem também tinha problemas para ultrapassar era Ricciardo. O australiano terminou a primeira volta em 14º e precisou tentar três vezes até conseguir superar Vandoorne e subir para 13º. Mas não era de todo ruim. Afinal, o carro ainda estava funcionando normalmente, ao contrário do de Verstappen, que perdeu potência, forçando um abandono imediato.
A quebra de Verstappen colocava Gasly em quinto. Magnussen, Sainz, Hartley e Hülkenberg também ganhavam posições, enquanto Grosjean entrava na zona de pontos.
Ricciardo entrou na zona de pontos na volta 11, quando passou Grosjean. O australiano tirava proveito da zona de DRS da reta principal, encaixando manobras na curva 1 com certa tranquilidade. Na volta 13, a vitíma foi Hülkenberg. Na 14, Hartley, subindo para oitavo.
Ricciardo entrou na zona de pontos na volta 11, quando passou Grosjean. O australiano tirava proveito da zona de DRS da reta principal, encaixando manobras na curva 1 com certa tranquilidade. Na volta 13, a vitíma foi Hülkenberg. Na 14, Hartley, subindo para oitavo.
Räikkönen foi o primeiro piloto de ponta a visitar os boxes. O finlandês colocou macios na volta 15, talvez com a expectativa de pressionar a Mercedes. A equipe alemã reagiu, chamando Bottas para fazer o mesmo na 16. Enquanto isso, Hamilton empilhava voltas mais rápidas, indicando que o pit-stop estava próximo.
Esse ímpeto do Hamilton não durou para sempre. O britânico logo começou a perder vantagem para Vettel, que diminuiu a vantagem de 8s6 para 6s5 em sete voltas. Mesmo assim, a Mercedes não dava sinais de que faria um pit-stop.
Mais atrás, Ricciardo seguia fazendo ultrapassagens. Na altura da volta 24, o australiano já tinha passado até Magnussen, tendo apenas Gasly dentre os pilotos do pelotão intermediário adiante. A briga seria pelo quinto lugar.
Hamilton veio aos boxes na volta 26, colocando pneus macios. Em teoria, a Mercedes não faria mais paradas, seguindo com o composto por 44 voltas. O problema é o desgaste seria acentuado na reta final da corrida.
Logo atrás, Ricciardo completou a parte fácil da recuperação ao passar Gasly e subir para quinto. O australiano agora estava 7s atrás de Räikkönen, isso com cada um teoricamente precisando fazer mais uma parada.
A corrida estava mudando rapidamente. Na altura da volta 33, a situação favorecia a Ferrari: Vettel não permitia a aproximação de Hamilton, inclusive expandindo a vantagem de 13s para 14s. Logo atrás, Räikkönen colava em Bottas na briga pelo terceiro lugar.
Na volta 39, Räikkönen partiu para o segundo pit-stop do dia, voltando a colocar macios. Na 40, Vettel veio – e teve um pequeno revés. O alemão teve uma parada lenta e voltou logo atrás do Bottas. Agora o finlandês poderia agir como escudeiro de Hamilton, que começava a sofrer com desgaste mais acentuado.
E assim aconteceu. Vettel até ensaiou uma ofensiva nas duas primeiras voltas, mas sem sucesso. Depois, Bottas começou até mesmo a abrir vantagem sobre o alemão, que também precisava pensar em administrar o desgaste. Em questão de poucas voltas, a corrida começou a ficar com jeitinho de Hamilton, que agora tinha condições perfeitas para administrar os pneus e evitar problemas no fim.
Mais atrás, quem também fez a estratégia de pneus funcionar foi a McLaren. A equipe, que começou a prova fora da zona de pontos, cresceu muito ao retardar a primeira parada. Foi assim que Alonso e Vandoorne subiu para oitavo e nono. Mas o belga não iria muito além: na volta 51, o carro quebrou, causando um breve acionamento do safety-car virtual.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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