Lágrimas, "sambadinha" e carinho de torcida e família no título de Rubinho Campeão da Stock Car 2014, piloto de 42 anos celebra conquista em Curitiba com a família e os membros da equipe, além de contar com o apoio intenso da torcida

 
Na Fórmula 1, Rubens Barrichello conquistou a admiração de boa parte do público brasileiro por ser o representante do país desafiando os estrangeiros. Rubinho deixou a categoria, mas o carinho dos fãs ficou. Na disputa do título da Stock Car, neste domingo em Curitiba, ele parecia o único brasileiro na pista. A cada vez que passava na reta, a torcida que lotou as arquibancadas comemorava como se fosse um gol. “Rubinho! Rubinho!”, gritavam. No fim, com o terceiro lugar na corrida e o título assegurado, Barrichello retribuiu:
- Muito obrigado pelo carinho!
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Barrichello é exaltado pelo público ao ser campeão da Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)



Era só o começo da festa. Afinal, eram 23 anos com o grito de “É campeão!” engasgado na garganta, desde o título da Fórmula 3 inglesa em 1991. Na saída da pista, o piloto de 42 anos comemorou com a esposa Silvana e os filhos Eduardo e Fernando, que choravam copiosamente assim que o pai cruzou a linha de chegada. Subiu no carro e foi levantado pelos membros da equipe Full Time. No pódio, é claro, não podia faltar a famosa “sambadinha”. 
- Campeão é campeão, né. Eu tenho que agradecer à equipe Full Time, que me deu um carro sensacional para lutar pelos pontos hoje. É um orgulho correr com esses caras. Eu só tenho a agradecer. Vamos agradecer a todo mundo. De coração, eu estou lisonjeado em ter a minha família ao meu lado. Não posso descrever o sentimento. Obrigado – celebrou o novo campeão. 
 
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Rubinho recebe o carinho da esposa Silvana e dos filhos Dudu e Fêfo na saída da pista.  (Foto: Duda Bairro / Divulgação)


E a família teve um papel especial na conquista. A esposa Silvana, companheira de longa data, não escondia a emoção e o alívio com a conquista do maridão:
- Eu quase morri do coração. A gente só se tranquilizou na bandeirada final. Mas é isso que o público quer ver, chegar até o fim todo mundo brigando pelo título. É um dia especial. Foi muito merecido. Foi maravilhoso.
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Filhos acompanham Barrichello no desfile após o título (Foto: Duda Bairro / Divulgação)


E como o pai é o herói de qualquer criança, Eduardo, de 13 anos, e Fernando, de 9, estavam em êxtase, orgulhosos com o feito de Rubinho. Os dois desfilaram com o pai na caminhonete que deu a volta no circuito para exaltar o novo campeão:
-  Eles estão muito felizes. Isso faz parte da nossa vida. Não tem como não se emocionar, não se entregar a tudo isso. Faz parte da nossa família – destacou Silvana.
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Rubinho comemora o título da Stock Car em Curitiba (Foto: Duda Bairro / Divulgação)
Depois do pódio e do desfile, a festa de Rubinho seguiu nos boxes da equipe Full Time. Camisa comemorativa, cartazes, música, champanhe e quitutes embalavam todos que fizeram parte do título: o piloto, os amigos, os familiares e os membros do time.
- A gente vai ficar aqui até o Fantástico – brincou o bem-humorado campeão.
Festa nos boxes da Full Time pelo título de Rubens Barrichello na Stock car (Foto: Miguel Costa Jr./Divulgação)Festa nos boxes da Full Time pelo título de Rubens Barrichello na Stock car (Foto: Miguel Costa Jr./Divulgação)
* Colaborou Luan Sanchez, estagiário do GloboEsporte.com, do Rio de Janeiro 

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37ª RODADA MARCELO GARANTE VITÓRIA DO ATLÉTICO-PR SOBRE O GOIÁS NA DESPEDIDA DA ARENA Em jogo para cumprir tabela, Furacão cresce no segundo tempo e mantém o oitavo lugar no Campeonato Brasileiro. Goiás fica na 13ª posição


 

O Atlético-PR despediu-se da Arena da Baixada com festa. Venceu o Goiás por 1 a 0 na noite deste domingo, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. E, apesar de ter ficado longe do G-4, recebeu os aplausos da torcida no fim. O atacante Marcelo marcou o gol decisivo aos 16 minutos do segundo tempo. Com isso, o Furacão segue no oitavo lugar, agora, com 53 pontos. O Esmeraldino fica na modesta 13ª posição, com 46 pontos.
O primeiro tempo teve pouca emoção. Ficou concentrado no meio-campo, com raros lances de perigo. O Furacão cresceu no segundo tempo e chegou ao gol com Marcelo, que vinha sendo cobrado pela torcida e comemorou de forma tímida. Os mandantes pressionaram, mas ficaram no 1 a 0 mesmo. No fim, o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes ainda foram expulsos.
Na última rodada, o Atlético-PR visita o Palmeiras, que luta contra o rebaixamento. O Goiás recebe a Chapecoense, que apenas cumpre tabela. Os jogos estão marcados para as 17h (horário de Brasília) de domingo, dia 6.
Comemoração do Atlético-Pr contra o Goiás (Foto: Geraldo Bubniak / Agência estado)Jogadores celebram Marcelo, autor do gol contra o Goiás. (Foto: Geraldo Bubniak / Agência estado)
Furacão cresce no segundo tempo e vence
Atlético-PR e Goiás protagonizaram um primeiro tempo com pouca emoção na Arena da Baixada. O time da casa jogava com apenas um meia de criação e três atacantes, o que deixava Bady sobrecarregado. No lance mais perigoso, o atacante Marcelo invadiu a área, mas, cara a cara com Renan, bateu em cima do goleiro. Depois, arriscou de fora da área e, mais uma vez, parou no camisa 1. Por outro lado, os visitantes contavam com três volantes e depositavam suas fichas no trio Ramon, Erik e Samuel. Eles trocavam passes e rondavam a área rubro-negra, mas sem conseguir levar perigo ao gol adversário.
Apoiado pela torcida, o Atlético-PR voltou sem mudanças, mas com uma postura mais ofensiva. Dellatorre cabeceou rente à trave após cobrança de falta. Depois, Bady e Hernani arriscaram de longe, para fora. A presão deu resultado aos 16. O lateral-esquerdo Natanael deu lançamento preciso, e Marcelo bateu firme para fazer 1 a 0. O Goiás até ameaçou com Samuel, que quase marcou um golaço de longe. Mas, depois, sentiu a pressão. Deu espaços para o Furacão, que quase ampliou com Cléo, Marcos Guilherme e Nathan. No fim, o Esmeraldino ainda teve dois expulsos: o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes. Aí o Rubro-Negro só esperou o apito final para comemorar a vitória na despedida da Baixada em 2014. 


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37ª RODADA BAHIA DERROTA O GRÊMIO E MANTÉM VIVO O SONHO DE PERMANECER NA ELITE Tricolor baiano chega à última rodada com chances de escapar do rebaixamento. Com a derrota, Grêmio dá adeus ao sonho da Libertadores


 

A torcida do Bahia insiste em contrariar os matemáticos. Se lhe dizem que as chances de rebaixamento são de 99%, gritos de “eu acredito!” ecoam como resposta. Dentro de campo, embalados pela demonstração de fé e paixão que vinha das arquibancadas, os donos da casa mostraram um futebol convincente, renovaram a esperança de permanecer na elite e mandaram para o espaço qualquer chance de o Grêmio disputar a Libertadores em 2015. Galhardo, de falta, marcou o gol do triunfo dos baianos em partida disputada neste domingo, na Arena Fonte Nova.
Ainda é delicada a situação do Bahia. Para permanecer na Série A, o time do técnico Charles Fabian terá que vencer o Coritiba na próxima rodada e torcer por derrota do Palmeiras e ao menos um empate do Vitória, seu maior rival. Apesar do triunfo, o Tricolor baiano se mantém na zona da degola, com 37 pontos. O Grêmio, com os seus 60 pontos, não pode mais alcançar Internacional e Corinthians, ambos com 66.
Bahia e Grêmio fecham suas participações no Campeonato Brasileiro no próximo domingo. Enquanto os baianos vão até o Couto Pereira para enfrentar o Coritiba, às 17h (horário de Brasília), os gaúchos recebem, no mesmo horário, o Flamengo em sua arena.
Galhardo comemora gol do Bahia contra o Grêmio (Foto: Felipe Oliveira / Getty Images)Galhardo cobra falta com perfeição e corre para o abraço.  (Foto: Felipe Oliveira / Getty Images)
Primeiro tempo de um time só
Os resultados da rodada ajudaram. O Bahia entrou com chances de permanecer na Série A. O Grêmio mantinha vivo o sonho de disputar a Libertadores em 2015. Mas quando a bola rolou os donos da casa partiram para cima. Marcação alta, transição rápida e ataques agudos pelos lados. A atuação nos primeiros 45 minutos foi digna de aplausos. E os números comprovam: 11 finalizações dos baianos contra quatro dos gaúchos. Henrique teve duas chances claras de abrir o placar. Mandou uma para fora e obrigou Marcelo Grohe a fazer grande defesa na outra. Wiliam Barbio também parou no goleiro. Faltava o gol. Que começou a se desenhar nos pés do nome da primeira etapa. O jovem Rômulo, primeira vez titular, cruzou o meio-campo em velocidade e rolou para Henrique, que sairia livre na cara do gol. Geromel parou-o com duro carrinho por trás. Foi para o chuveiro mais cedo. Da entrada da área, Galhardo cobrou falta com perfeição e fez explodir a Fonte Nova. O placar até poderia ser mais dilatado, mas o Bahia foi para o intervalo vencendo pelo placar mínimo.
Papéis invertidos
Na volta do intervalo, o Bahia adotou postura defensiva, muitas vezes com o time todo no campo de defesa. O Grêmio, mesmo com um jogador a menos, passou a comandar as ações. Everton, Werley e Barcos acumularam boas chances, mas pararam nas mãos de Marcelo Lomba. Com a frente da área congestionada, os gaúchos insistiam nas bolas alçadas na área, mas o goleiro mostrava confiança nas saídas de gol. O relógio corria, e o Bahia só pensava em administrar o resultado. Só que o Grêmio continuava a pressionar. Coube a Lomba, então, o papel de salvar o Bahia. Tão criticado por falhas cruciais ao longo da temporada, fez interveções milagroas. Nos últimos cinco minutos, o grito sufocado voltou a ecoar na Fonte. "Eu acredito!". O Bahia acredita e vai fazer na última rodada o jogo da vida. 

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37ª RODADA EM DIA DE FESTA APÓS TÍTULO SOBRE RIVAL, GALO PERDE PARA CORITIBA, QUE SE SALVA Time paranaense consegue resultado que o mantém na Série A, em partida marcada por comemoração do Atlético-MG de título da Copa do Brasil


 

O jogo era de despedida, mas no fim virou de festa. O Atlético-MG se despediu da torcida de Belo Horizonte no ano e do presidente Alexandre Kalil, que deixará o clube na próxima quarta-feira. O Coritiba, do meia Alex, que fez o último jogo pelo clube como visitante. Alívio para o maestro curitibano, que viu o clube do coração se garantir na primeira divisão com o triunfo por 2 a 1, em pleno Independência. Nada disso afetou a alegria dos torcedores e jogadores atleticanos que, ao fim do jogo, prolongaram a comemoração da conquista da Copa do Brasil, obtida na última quarta-feira, dando volta olímpica no Horto e exibindo a taça de campeão.
Os gols de Carlinhos e Leandro Almeida definiram o placar. A torcida do Galo fez a festa mesmo assim, com o gol de Pedro Botelho nos últimos minutos e com a volta olímpica dos jogadores ao fim da partida, em referência ao título da Copa do Brasil. Tardelli e Victor foram os responsáveis por segurar a taça. Mas nem tudo foi alegria. Os os atleticanos se irritaram com os erros de arbitragem, que não viu Carlinhos impedido e a anulação do gol de Rafael Carioca, ainda no primeiro tempo.
As duas equipes se despedem da temporada no próximo domingo. Enquanto o Coritiba recebe o Bahia, que ainda luta contra o rebaixamento, no Couto Pereira, às 17h (de Brasília), o Galo vai a Brasília, onde encara o já rebaixado Botafogo, no estádio Mané Garrincha, no mesmo horário.
Frame Atlético-MG x Coritiba (Foto: Reprodução \Sportv)Atlético-MG pressiona até o fim da partida, mas não consegue o empate. (Foto: Reprodução \Sportv)
Água no chope
Como um visitante incômodo, o Coritiba queria estragar a despedida do time atleticano da torcida em Belo Horizonte na temporada e amenizar o clima de êxtase pela conquista da Copa do Brasil sobre o maior rival, no meio de semana. Os torcedores que foram ao Independência nem se importaram muito com o gol do Coritiba logo no início da partida: Carlinhos aproveitou cruzamento e fez de cabeça, na primeira descida dos paranaenses. A certeza da virada, tão presente na campanha vitoriosa da Copa do Brasil, permeava o pensamento do atleticano no estádio. A bola na rede representava a salvação do adversário na Série A.
Mas a arbitragem passou a ser o visitante mais indigesto para o Galo. Rafael Carioca chegou a balançar as redes. Mas, na jogada, o árbitro Pablo dos Santos Alves anulou o gol depois de assinalar que a bola saiu, quando Leonardo Silva ajeitou de cabeça para o volante encobrir o goleiro Vanderlei. Na noite de festa, a alegria da torcida se tornou irritação com os erros da arbitragem.
O segundo tempo ficou um jogo de um time só. O Galo seguia pressionando em busca do gol e perdia chances em sequência. O time visitante se fechava a cada minuto e quase não passava do meio-campo. O excesso de finalizações erradas e o goleiro Vanderlei eram os responsáveis. E Leandro Almeida ainda ampliou. Lançado por Alex, o zagueiro tocou na saída de Victor e sacramentou o que todo torcedor do Coxa angustiado ao longo do Brasileiro sonhava: Coritiba na Série A em 2015. Pedro Botelho chegou a tirar o grito de "Eu acredito" da garganta da torcida, após diminuir, mas não havia mais tempo para o empate. Era hora de festejar no Horto. 


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37ª RODADA COM A VIDA RESOLVIDA, CHAPECOENSE E CRUZEIRO FICAM NO EMPATE POR 1 A 1 Chape joga com permanência garantida e se despede de casa, enquanto Cruzeiro coloca “mistão”; em sua estreia, garoto Hugo Ragelli marca


 

Cruzeiro e Chapecoense entraram em campo na tarde escaldante deste domingo com a vida resolvida. De um lado, o campeão com duas rodadas de antecedência, que foi a campo com um time misto, ainda mais depois da desgastante final contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Do outro, o mandante do confronto, que garantiu o principal objetivo do ano, a permanência na Série A. Diante deste cenário, o que se viu na Arena Condá foi um duelo de festa. Em despedida da sua torcida, o Verdão do Oeste abriu o placar no primeiro tempo. Na etapa final, o time mineiro deixou tudo igual e se aproxima de bater o recorde de pontos corridos do Campeonato Brasileiro no atual formato, com 20 clubes.
Duas curiosidades marcaram o confronto pela penúltima rodada da competição nacional. Bruno Rangel marcou pela segunda vez desde que voltou à Chape, na metade deste ano.  E os dois gols do atacante saíram justamente contra o Cruzeiro. O primeiro foi na partida em Minas Gerais. E o camisa 9 repetiu a dose em casa. A Raposa viu brilhar a estrela do garoto Hugo Ragelli. Na estreia como profissional, o jogador balançou as redes com apenas um minuto em campo.
O resultado mantém, até o momento, a Chapecoense na 14ª posição do Brasileiro. O time tem 43 pontos. O Cruzeiro segue líder, com 77, e precisa vencer o próximo compromisso para atingir a marca de maior número de pontos na competição - em poder do São Paulo em 2006, com 78 pontos. Pela última rodada do torneio nacional, os dois times voltam a campo no próximo domingo, às 17h. O time celeste recebe o Fluminense no Mineirão, enquanto o Verdão tem duelo com o Goiás, fora de casa.
Neilton e Fabiano, Chapecoense X Cruzeiro (Foto: Alexandre Schneider / Getty Images)Com domínio em cada etapa, Chape e Cruzeiro empatam. (Foto: Alexandre Schneider / Getty Images)
O jogo
O forte calor em Chapecó atrapalhou um pouco o desenvolvimento da partida no primeiro tempo. Os jogadores sentiram a alta temperatura e fizeram um confronto lento nos 45 minutos iniciais. Com o apoio da torcida e sem qualquer preocupação, a Chapecoense apresentou maior posse de bola e fechou bem o meio-campo, enquanto o Cruzeiro arriscava idas ao ataque com Marlone.

Logo no início da partida, o meia Camilo cobrou escanteio na medida para Bruno Rangel, mas o cabeceio saiu por cima do gol. O time celeste surpreendeu com boa saída aos 17 minutos, Lucas Silva deixou Neilton cara a cara com o goleiro Danilo. O atacante deu um toque leve, mas a bola foi para fora. Logo depois, Tiago Luis meteu uma bomba de fora da área e obrigou Elisson a fazer ótima defesa. Só que o goleiro não conseguiu salvar aos 40, quando Wanderson saiu do meio, tabelou com Camilo, ganhou de Manoel na área e cruzou rasteiro para trás, onde estava Bruno Rangel sozinho. Daí era só tocar para as redes e comemorar o 1 a 0.

O cansaço bateu na Chapecoense no segundo tempo. O time do técnico Celso Rodrigues pouco conseguiu fazer depois do intervalo e foi inferior ao Cruzeiro. Logo no início da etapa final, o treinador colocou o goleiro Nivaldo no lugar de Danilo, atendendo a um pedido da torcida da Chape. Há oito anos no time verde e branco, Nivaldo é um dos ídolos do clube e foi uma forma de homenagem ao jogador.

Aos 13 minutos, o arremate de Camilo para fora foi praticamente o último para os mandantes A partir daí, o técnico Marcelo Oliveira passou a apostar nos garotos, e o Cruzeiro tornou-se superior no confronto. E foi dos pés de um menino que o campeão igualou. Aos 26, Hugo Ragelli, em sua primeira participação, iniciou bela jogada até chegar a bola a Judivan, que devolveu para o jovem tocar de cabeça para a meta. Os mineiros seguiram em cima, mas pararam nas defesas de Nivaldo, que garantiu o 1 a 1. 

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37ª RODADA APAGOU: SANTOS VENCE E REBAIXA O BOTAFOGO COM DOIS GOLS DE DAMIÃO Com futebol inofensivo, Alvinegro carioca chega à 22ª derrota ao longo de todo o Campeonato Brasileiro e vai disputar a Série B pela segunda vez


 

Aconteceu de novo com o Botafogo. Os resultados de sábado até ajudaram, mas com as próprias pernas o alvinegro não conseguiu se manter na elite do futebol brasileiro. No clássico que em outros tempos era símbolo da era de ouro do futebol brasileiro - dos dias mais gloriosos do alvinegro carioca -, o time de Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Gérson e de tantos craques, caiu pela segunda vez para a Série B do futebol brasileiro. O time que mais perdeu no campeonato chegou à 22ª derrota em 37 jogos e, com 33 pontos, deu adeus à Primeira Divisão. O Santos, de férias, venceu a partida por 2 a 0 - gols de Leandro Damião, aos dois e aos 44 minutos do segundo tempo - na Vila Belmiro e chegou aos 50 pontos.
Foi a queda anunciada de um clube que vinha em frangalhos desde o início da temporada, no fim da gestão Maurício Assumpção, que saiu da presidência na última semana. Carlos Eduardo Pereira assume o clube na Série B e com a responsabilidade de reestruturar desde as finanças até montar um time, já que mais de 10 atletas estão em fim de contrato.
As modificações ao longo do ano foram muitas. Do time que perdeu para o Santos neste domingo, apenas Jefferson e Gabriel estavam em campo na estreia no Brasileiro. Uma equipe toda modificada - seja por negociações ou vontades presidenciais -, com garotos que fazem suas primeiras partidas pelo Botafogo e um técnico que já tentou de tudo um pouco, não foi capaz de ameaçar o Santos no alçapão da Vila.
O discurso de Jefferson, na saída para o intervalo, mostrava que a queda estava a caminho:
- Estamos muito devagar. Parece que eles estão lutando por título, Libertadores... - disse, entre o desânimo e o nervosismo, o goleiro.
Jogadores do Botafogo contra o Santos (Foto: Michel Filho / Agência o Globo)Gabriel chora na saída de campo, na Vila: o Botafogo está rebaixado.  (Foto: Michel Filho / Agência o Globo)
Primeiro tempo já anunciava a queda
No jogo da vida para o Botafogo, o time de Vagner Mancini parecia quase morto desde o início. Com menos de um minuto quase sofreu gol no primeiro dos 18 passes errados do time no primeiro tempo. Robinho arriscou de longe, e a bola passou à direita do gol de Jefferson, que estava praticamente batido no lance.
O goleiro do Botafogo e da seleção brasileira ainda teria um pouco de sorte e trabalharia bem mais. Aos nove minutos, David Braz perdeu um gol fácil na cara de Jefferson. Pouco depois, após linda caneta de Robinho em Dankler, o goleiro botafoguense encaixou chute colocado do atacante santista. No fim do primeiro tempo, Andreazzi afastou mal e Gabriel cabeceou na trave. Jefferson, que não podia fazer nada, apenas olhou.
Mas Dankler não. Com o dedo em riste, ele foi para cima do jovem meia do Botafogo, que reagiu empurrando o zagueiro. A turma do deixa disso logo evitou uma briga que poderia render duas expulsões e piorar ainda mais as coisas.
Damião entra, liquida jogo e o Botafogo
Leandro Damião comemora gol do Santos contra o Botafogo (Foto: Mauro Horita / Agência estado)Leandro Damião comemora gol do Santos contra o Botafogo: algoz.  (Foto: Mauro Horita / Agência estado)
O mesmo Dankler, que por pouco não brigou com o companheiro de equipe, dançou de vez quando Leandro Damião, que entrou para o segundo tempo, o driblou duas vezes dentro da área. O atacante do alvinegro praiano bateu no cantinho, sem chance para Jefferson: 1 a 0 para o Santos aos dois minutos da etapa final.
Vagner Mancini havia feito todas as substituições permitidas até os 11 minutos de segundo tempo. Entraram Murilo, Gegê e Maikon para que o Botafogo ameaçasse um pouco mais o Santos. E nada mudou. Quem continuou trabalhando mesmo foi Jefferson. Até os 30 minutos, os santistas perderam, pelo menos, três chances. Numa delas, o ex-botafoguense Renato, de cabeça, obrigou Jefferson a fazer mais uma grande defesa.
Sem força, o Botafogo era praticamente inofensivo. André Bahia e Gegê tentaram, mas sem ameaçar Aranha. No contra-ataque, o Botafogo escapava de levar gol graças a uma certa displicência santista. Mas Damião tinha vontade. O atacante, reserva durante quase todo o Brasileiro, tentou duas vezes até encher o pé e mandar de vez o Botafogo para a Segunda Divisão. Era um triste, mas previsível desfecho para o Alvinegro carioca. 


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37ª RODADA NO ADEUS DE KAKÁ, CENI ERRA FEIO, E SÃO PAULO E FIGUEIRENSE EMPATAM Goleiro aplica chapéu na intermediária, perde a bola e leva gol por cobertura, estragando a festa para o meia, que se despede do Tricolor


 

O jogo era de festa para Kaká. Emprestado pelo Orlando City até 31 de dezembro, o meia fez, contra o Figueirense, sua última partida pelo Tricolor no Morumbi, na tarde deste domingo. Saiu ovacionado de campo, aos 36 minutos do segundo tempo, substituído por Pato. E viu do banco de reservas um de seus melhores amigos no futebol, o capitão Rogério Ceni, estragar um pouco o clima de comemoração na casa tricolor. Com uma falha grotesca do goleiro são-paulino, o Figueirense empatou o jogo por 1 a 1, diminuindo a festa da torcida tricolor.
Kaka, São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)Kaká agradece o carinho da torcida na despedida do Morumbi, no jogo contra o Figueira. (Foto: Marcos Ribolli)
O que animava os são-paulinos era o sistema de som do Morumbi, que ia informando os gols do Fluminense sobre o Corinthians, no Maracanã. Com a derrota do rival alvinegro por 5 a 2, o São Paulo, mesmo com o empate em casa, assegurou a segunda colocação no Brasileirão, qualificando-se diretamente para a fase de grupos da Libertadores.
No fim, fogos de artifício saudaram a vaga tricolor e o adeus de Kaká. Emocionado, o meia agradeceu o carinho. Ele jogou com a braçadeira de capitão, uma cortesia de Rogério Ceni, que queria homenagear o amigo. O goleiro, porém, acabou falhando feio no gol de empate do Figueira. Na intermediária, o goleiro aplicou um chapéu em Marcão, mas esticou demais a bola, perdendo a posse para Mazola. Com o gol vazio, o meia, revelado no próprio São Paulo, mandou por cobertura para empatar a partida, aos 39 do segundo tempo. Edson Silva, de cabeça, havia aberto o placar pouco antes, aos 24.
- Tentei cavar, mas ela foi longa, e o jogador deles aproveitou e fez o gol. O erro foi meu - disse Rogério Ceni, que volta a campo no próximo domingo, na despedida do time do Brasileirão em Recife, contra o Sport. O Figueirense pega o Internacional no mesmo dia - o jogo será na Arena Condá, em Chapecó.
São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)Muita luta: Thiago Heleno e Alan Kardec disputam a bola no alto  (Foto: Marcos Ribolli)
O jogo
Como nenhum dos dois times tinha grandes aspirações, o jogo parecia um grande amistoso, em ritmo lento. O gramado irregular do Morumbi também parecia prejudicar as ações ofensivas. O São Paulo tinha Kardec pela direita, Luis Fabiano centralizado e Kaká na esquerda, com Ganso armando por trás. Mas a movimentação era pouca, quase nula. E o Tricolor só assustou em cobranças de falta, com Rafael Toloi. O Figueira tentava chegar nos contra-ataques. Faltava velocidade, porém, à dupla Pablo e Marcão.
O segundo tempo foi um pouco mais movimentado, com espaços para os dois lados. Pablo teve a melhor chance, aos 4. Luis Fabiano respondeu aos 5 e aos 10. Com a notícia de que o Corinthians perdia para o Flu no Rio, a insatisfação da torcida são-paulina foi diminuindo. Como a segunda colocação já estava garantida, a expectativa era apenas com um gol que pudesse coroar o bom momento da equipe. E ele veio aos 24 minutos, com Edson Silva completando de cabeça o escanteio cobrado por Osvaldo. A festa estava armada. Kaká foi substituído aos 36 e saiu aplaudido de pé, ovacionado. A vitória parecia garantida. Mas a falha de Ceni acabou comprometendo o resultado. Mazola fez golaço por cobertura aos 39 - e depois quase virou aos 44, com chutaço na trave. O empate acabou sendo mais justo.
Rogério Ceni São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)Rogério Ceni estreia uniforme na despedida de Kaká do Morumbi (Foto: Marcos Ribolli)

37ª RODADA FLUMINENSE GOLEIA, MAS CORINTHIANS SE GARANTE NA LIBERTADORES Em jogo tenso, com erro de arbitragem e discussão entre Mano Menezes e torcedores, Tricolor leva melhor por 5 a 2 e garante triunfo no 2º tempo


 

O Fluminense entrou em campo neste domingo, no Maracanã, pela penúltima rodada do Brasileirão, apenas para cumprir tabela. Afinal, já não tem mais chances de classificação à Taça Libertadores. O Corinthians ainda brigava para tentar se garantir na competição continental, e conseguiu, mesmo perdendo. O Alvinegro até começou bem, abrindo o placar logo no início, mas o Tricolor virou, venceu por 5 a 2. Fred (2), Ralf (contra), Edson e Conca marcaram para a equipe das Laranjeiras. Guerrero e Danilo descontaram para o Alvinegro, que ainda perdeu um pênanlti. O Corinthians se classificou graças à derrota do Grêmio para o Bahia, em Salvador.
Os corintianos deixaram o gramado reclamando muito da arbitragem de Wilton Pereira Sampaio, que marcou penalidade inexistente a favor do Fluminense (a falta de Fábio Santos em Kennedy foi fora da área). Mano Menezes, que acabaria expulso por reclamação, ainda discutiu com um torcedor e avisou que está mesmo deixando o clube.
Com o resultado, o Corinthians segue com 66 pontos, em quarto lugar. A vaga no G-4 está garantida. O que falta definir é a posição. O Inter, também com 66, está em terceiro. Quem terminar o Brasileiro "no pódio" vai direto para a fase de grupos da Libertadores. Quem ficar em quarto terá de disputar a fase prévia da competição. Na última rodada, o Corinthians joga contra o Criciúma, em São Paulo. Já o Inter pega o Figueirense, em Santa Catarina. O Fluminense, com 61, cumprirá tabela com o campeão Cruzeiro, em Belo Horizonte.
Fred comemora gol do Fluminense contra o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)Fred comemora gol do Fluminense contra o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

O jogo
O Corinthians foi melhor durante boa parte do primeiro tempo. Com marcação firme no meio-campo, a equipe paulista dificultava as ações do Fluminense, que tinha mais a bola mas tocava de lado, sem conseguir furar o bloqueio alvinegro. Quando teve a bola nos pés, o Timão mostrou qualidade no passe e entrosamento. O gol de Guerrero, logo aos 4 minutos, mostrou isso: lindo passe de Renato Augusto para Malcom, que tentou marcar com um leve toque de bico. Cavalieri espalmou, e a bola sobrou para o peruano abrir o placar. Como a entrada da área do Corinthians estava congestionada, o Flu tentava pelo alto. Aos poucos, foi se aproximando do gol. Fred chegou a marcar aos 35, mas estava impedido e teve o lance anulado. Aos 39, de tanto insistir, os cariocas chegaram ao empate: Sobis cobrou falta da esquerda, e Ralf subiu para cortar, mas fez contra.
O segundo tempo foi todo do Fluminense. O Corinthians entrou em parafuso e passou a apresentar falhas defensivas. O Tricolor se aproveitou e desandou a marcar gols. A virada surgiu pelo alto, onde o Timão era mais vulnerável. Aos 12, Carlinhos cruzou da esquerda, e Edson subiu mais que Fábio Santos para marcar. Nervosos, os alvinegros perderam o controle. Aos 17, Gil derrubou Conca na área: pênalti, que Fred converteu. A essa altura, Mano Menezes era xingado e discutia com torcedores corintianos no Maracanã. A um deles, respondeu, de acordo com relato do repórter Bruno Laurence, da TV Globo:
- Pode deixar que já, já eu vou sair - disse, dando a impressão de que se referia à sua saída do Corinthians. Depois, ele explicou que estava falando sobre sua saída de campo, pois previa sua expulsão.
O Fluminense, se aproveitando dessa pane dos corintianos, fez mais um, aos 25, novamente com Fred cobrando pênalti. Aliás, uma jogada bem polêmica e que acabou provocando a expulsão do técnico corintiano. Fábio Santos derrubou Kennedy fora da área, mas a arbitragem assinalou a penalidade. Inconformado, Mano reclamou muito. O jogo ficou paralisado por cinco minutos até que o treinador deixasse o campo. Os últimos minutos foram alucinantes: aos 37, o Corinthians teve pênalti a favor, mas Cavalieri defendeu cobrança de Fábio Santos. No minuto seguinte, Danilo diminuiu de cabeça, após cruzamento de Jadson - dois reservas que haviam acabado de entrar. O Timão poderia até ter empatado a partida, mas Cavalieri fez duas grandes defesas. No fim, o Flu, mesmo com um a menos (Marlon foi expulso), conseguiu chegar ao quinto gol, com Conca, já aos 46.
Renato Augusto, Fluminense X Corinthians (Foto: Andre Durão)Renato Augusto lamenta chance perdida para o Timão no Maracanã (Foto: Andre Durão) 

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