Após um início ruim da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o técnico Dunga voltou a sofrer com as críticas que o levaram a deixar o cargo após o Mundial de 2010, na África do Sul, e que aumentaram com a eliminação precoce do Brasil para o Paraguai, na Copa América. Tendo que conviver com a instabilidade da posição de comandante de uma equipe abalada pelo maior vexame de sua história, jogando em casa, e sendo goleada por 7 a 1 na semifinal, Dunga vê nomes como Tite, Marcelo Oliveira, Cuca, Abel Braga e Muricy Ramalho ganharem força a cada novo fracasso canarinho.
Dentre aqueles que mais têm o nome sugerido pelos torcedores para assumir o comando da Seleção, Tite mostra gratidão pelo reconhecimento de seu trabalho, mas pede para que a direção da CBF mantenha Dunga como técnico do Brasil até o final da Copa do Mundo de 2018. De acordo com o treinador do Corinthians, é necessário que haja respeito pelo ciclo profissional também no cargo da seleção brasileira.
Líder com o Corinthians, Tite pede continuidade a Dunga (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
- Muitos corintianos dizem que eu mereço ir para a seleção brasileira, mas logo complementam pedindo para ficar no Corinthians. Esse carinho é impagável. Torço, peço e coloco de maneira muito clara que deem todas as condições à essa comissão técnica de trabalhar, porque o ciclo no futebol deve ser respeitado. É o ciclo do Dunga na Seleção até o final. Em um outro momento, após a próxima Copa do Mundo, vou estar postulante ao cargo e que se dê todas as condições ao profissional que ali estiver - disse Tite.
Líder do Campeonato Brasileiro com cinco pontos de vantagem para o segundo colocado, melhor defesa e segundo melhor ataque (um gol a menos que o time que mais fez gols), Tite vê na atual temporada o reflexo do período sabático que tirou em 2014. Para o técnico do Corinthians, que não esperava retornar ao Parque São Jorge apenas uma temporada após sua saída, o tempo que tirou longe do futebol foi importante para estudar e, principalmente, melhorar alguns conceitos, que prefere chamar de "deficiência".
- Passado algum tempo, como foi bom (ficar uma temporada afastado). Eu não fiquei um ano parado, eu investi na minha carreira. Durante esse período, batia a sensação de que eu estava lendo, estudando táticas, mas sentia falta da adrenalina do campo. Porém, ficar fora me trouxe uma série de benefícios, inclusive, para trabalhar aquilo que era uma deficiência minha, que são os treinamentos específicos para agredir o adversário, para concluir, atacar espaço, infiltrar, o processo ofensivo melhor e maior da equipe - comentou.
Aproveitando o raro tempo livre para treinos no calendário do futebol brasileiro, em virtude dos jogos do Brasil pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa 2018, Tite volta com o Corinthians na próxima quinta-feira, às 19h30, na Arena de Itaquera, contra o Goiás. A equipe paulista lidera a competição com 61 pontos, sendo seguida pelo Atlético-MG, com 56 pontos.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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