Para a paz momentânea virar duradoura, a diretoria do São Paulo terá que ser transparente e voltar a agir com a grandeza.
O ultimato foi dado em reunião convocada pelo uruguaio Diego Lugano e que reuniu todo o elenco, o técnico Edgardo Bauza, o presidente Carlos Augusto de Barros Silva e os dois principais cartolas do futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro e Gustavo Oliveira.
Além de articular o encontro, Lugano foi o único, por parte do elenco, a falar na reunião, que aconteceu na última sexta-feira, o mesmo dia em que a ESPN divulgou que o time havia rachado após a decisão de fazer greve de silêncio em protesto por salários atrasados.
E ele foi bastante duro com os dirigentes são-paulinos. Primeiro, exigiu transparência. Fez isso principalmente motivado pelas promessas não cumpridas, que começaram já na gestão de Carlos Miguel Aidar, de pagamento de salários atrasados. Os jogadores também querem uma "comunicação mais direta", diminuindo o número de intermediários entre cúpula e atletas.
Depois, disse que a diretoria do clube deveria voltar a agir com a "grandeza" que parece perdida no Morumbi. Os jogadores não admitem mais a bagunça política são-paulina, com brigas que antes eram de bastidores, mas agora são públicas. E principalmente atos como o do assessor de Leco, Rodrigo Gaspar, que após a derrota para o The Strongest, pela Libertadores, postou em uma rede social que Michel Bastos e Milton Cruz, hoje afastado do futebol profissional, eram "ervas daninhas" e que o zagueiro Rodrigo Caio é um " jogador de condômínio". Gaspar não foi demitido após o incidente.
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