Mayra Aguiar comemora a vitória em Paris (Foto: Divulgação / IJF)
Kayla Harrison estava lá, pronta para mais um duelo. Mayra Aguiar sabia bem o tamanho do problema que teria pela frente se quisesse iniciar o ano olímpico com a medalha de ouro na categoria até 78kg. Entrou concentrada e resolveu a questão rapidamente, com um golpe perfeito. A poderosa americana, campeã nos Jogos de Londres 2012, balançava a cabeça enquanto Mayra comemorava o feito no Grand Slam de Paris batendo palmas e com sorriso aberto. Neste domingo, ela aumentou a vantagem no retrospecto contra a maior rival (oito triunfos em 15 confrontos) e colocou o segundo título da competição em sua galeria. O primeiro foi conquistado há quatro anos.
Mayra iniciou a caminhada com um ippon contra Sarra Mzougui, da Tunísia; passou pela eslovena Anamari Velensek, número 3 do mundo, nas oitavas; depois pela espanhola Laia Talarn; na semifinal bateu a britânica Gemma Gibbons, vice-campeã olímpica.
- Estou muito feliz com esse começo de ano. Primeira competição e ainda tem muito o que trabalhar. O foco está nas Olimpíadas. Este é o nosso ano e estou dando o melhor de mim a cada competição e treinamento - disse.
Horas depois de ter amargado a derrota, Kayla Harrison postou uma mensagem em seu perfil numa rede social. "Eu não sou perfeita.Tenho falhas. Fico indecisa às vezes e há momentos em que essas verdades se tornam evidentes. Hoje foi um deles. Sempre acho que uma derrota vai me derrubar. Cada vez que isso acontece dói muito e a dor é quase insuportável, mas eu sei por experiência que isso vai me deixar mais forte. Que esse momento vai ajudar a me definir e que por causa disso, no dia que contar, eu vou ser perfeita".
MAIS DOIS BRONZES NA CONTA
O Brasil também esteve no pódio com Victor Penalber. Terceiro melhor judoca da categoria até 81kg no Mundial de Astana, no ano passado, ele não deu chances ao russo Alan Khubetsov. Encaixou um estrangulamento e ficou com o bronze.
- Essa medalha foi muito importante, principalmente por ser minha primeira competição depois que me recuperei de uma lesão. A categoria estava bem cheia, mas procurei pensar uma luta de cada vez. O bronze é gostoso, mas fica a sensação de que poderia ter ido mais longe. Então, é voltar a trabalhar para que os resultados continuem melhorando neste ano - avaliou Penalber.
No peso-pesado, David Moura garantiu o seu depois que Levani Matiashvili, da Geórgia, foi desclassificado após ter recebido o quarto shido (punição por falta de combatividade). Rochele Nunes também estaria na briga pelo terceiro degrau do pódio (+78kg), mas saiu machucada da semifinal contra a japonesa Megumi Tachimoto e foi poupada da disputa de medalha, terminando, assim, em quinto lugar.
- Acredito que estou evoluindo bastante. Isso está me deixando muito confiante no meu judô e no meu trabalho. E, nesse jogo, confiança conta muito. Estou muito feliz com meus resultados, mas sei que tenho que continuar trabalhando e evoluindo - disse David.
O Brasil termina a participação no torneio com cinco medalhas. No sábado, Sarah Menezes e Rafaela Silva conquistaram duas medalhas de bronze.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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