Bruno Henrique, do Palmeiras, é suspenso por um ano na Itália por uso de passaporte falso

Bruno Henrique durante treino do Palmeiras, na Academia de Futebol© Ag Palmeiras Bruno Henrique durante treino  do Palmeiras, na Academia de Futebol
O volante Bruno Henrique, do Palmeiras, foi suspenso nesta quinta-feira por um ano pela FIGC (Federação Italiana de Futebol), segundo divulgou a organização em comunicado.
A punição ocorre pelo fato do meio-campista ter atuado com um passaporte italiano falso enquanto jogava pelo Palermo, clube que defendeu entre 2016 e 2017, após ser vendido pelo Corinthians (leia mais abaixo).O comunicado da Federação Italiana de Futebol sobre o Caso Bruno Henrique© Reprodução O comunicado da Federação Italiana  de Futebol sobre o Caso Bruno Henrique
Bruno foi contratado pelo "Verdão" em junho de 2017, por 3,5 milhões de euros (à época, cerca de R$ 13 milhões).
Atualmente titular do técnico Roger Machado, ele soma 34 jogos e seis gols com a camisa palestrina.
O Palmeiras informou que ainda não foi notificado sobre o caso e também não disse se o gancho imposto pela FIGC é válido também no Brasil.
Segundo o advogado João Henrique Chiminazzo, especialista em direito esportivo, se a punição foi feita por uma entidade esportiva, caso da Federação Italiana, a suspensão também será válida para outros países.
"Essa suspensão é transportada a qualquer país que ele vá. Quando é feito o TMS (registro de transferência da Fifa) ou se a decisão é posterior ao TMS, a Federação Italiana via comunicar à CBF que o atleta sofreu uma punição no âmbito da Justiça desportiva de um ano, dizendo que já cumpriu tantos meses ou que precisa começar a cumprir, e que terá que cumprir essa pena aqui", explicou, à ESPN.
Também procurada, a assessoria de Bruno Henrique ainda não se posicionou sobre o tema.

RELEMBRE O CASO

Em abril de 2017, a polícia italiana começou a desarmar um esquema de fabricação de passaportes europeus através de propinas que existia na cidade de Castello di Cisterna, perto de Nápoles. No processo, em que aparecem mais de 300 pessoas, figuram vários jogadores de futebol e futsal brasileiros.
No esquema, diversas pessoas conseguiram passaportes italianos, mesmo não tendo as qualificações exigidas pela lei. Foram presos o chefe da Secretaria de Estado Civil de Brusciano, no sul da Itália, e o titular de uma agência de práticas administrativas de Terni, no centro do país.
Alguns dos jogadores brasileiros envolvidos foram o volante Bruno Henrique, ex-Corinthians e atualmente no Palmeiras, e o meia Gabriel Boschilia, ex-São Paulo e hoje atleta do Monaco.
Outros nomes famosos são Eduardo Sasha e Gustavo Ferrareis, ambos ex-Internacional, e Eduardo Henrique, então no Atlético-MG. Também aparecem atletas menos conhecidos, como Guilherme Lazaroni, então do Red Bull Brasil.
Nos últimos meses, a Justiça do país tem feito diversas ações contra irregularidades na concessão de cidadania. Em janeiro de 2017, por exemplo, um policial foi preso por facilitar a certificação de residência para estrangeiros, em especial brasileiros. 

 Varjota Esportes - Ce.        /         MSN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário