Pelo quarto jogo consecutivo o São Paulo não venceu no Brasileirão. O empate sofrido no último minuto da partida contra o Ceará foi um castigo para um time que parecia implorar para levar um gol e sair de campo frustrado. O coletivo, que não jogava bem desde o início do duelo, estava sendo salvo pela individualidade de alguns jogadores, mas isso não foi suficiente para neutralizar as substituições infelizes de Fernando Diniz no segundo tempo.
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Sem Pablo, suspenso pelo terceiro amarelo, o treinador são-paulino optou pela escalação de Antony para atuar ao lado de Vitor Bueno no ataque, enquanto o meio-campo foi preenchido com Tchê Tchê, Liziero, Igor Gomes e Daniel Alves. Essa formação, porém, deixou o setor ofensivo muito isolado, além de a transição lenta desperdiçar inúmeras oportunidades de contra-ataque.
Ambos os times estavam muito espaçados dentro de campo, tanto o São Paulo quanto o Ceará achavam espaços nas defesas adversárias, mas tinham dificuldades para concatenar jogadas. A distância entre os jogadores aumentava os erros de passe e facilitava a retomada de bola pelas zagas. Era preciso um lampejo de qualidade de um dos lados para definir ao gol.
E foi assim que o Tricolor conseguir "achar" um tento ainda no primeiro tempo. Da entrada da área, Igor Gomes deu um passe espetacular para Juanfran, que cruzou de forma precisa para Vitor Bueno balançar a rede cearense. Antes, Igor havia recebido assistência milimétrica de Daniel Alves, mas mesmo livre de marcação isolou por cima da meta de Diogo Silva.
Na volta do segundo tempo, a atuação são-paulina piorou. Com a vantagem no placar, acabou se retraindo e chamou o Ceará para o jogo, porém ainda assim chegou a encontrar chances em contra-ataques. Daniel Alves e Igor Gomes tabelaram bem na frente da área, mas o camisa 10 preferiu o toque e Liziero escorregou na hora da finalização. Pouco depois, Antony partiu em velocidade e tocou para Dani, que perdeu o equilíbrio quando a bola chegou.
O desempenho tricolor, que já era ruim e extremamente defensivo, ficou ainda mais terrível quando Diniz optou por tirar Antony, a única opção de desafogo, para colocar Raniel, que não viu a cor da bola enquanto esteve em campo. No mesmo momento, Reinaldo pediu para sair e Léo o substituiu. Por fim, Liziero saiu para a entrada de Hudson, ou seja, mais um homem de marcação e mais um elemento para deixar o time sem saídas rápidas para o ataque.
Dessa forma, embalado pela torcida, com mais posse de bola e mais alternativas ofensivas, o Ceará foi para cima com tudo o que poderia e Tiago Volpi salvou o que deu para salvar, outra individualidade que estava garantindo três pontos importantíssimos para o São Paulo no Brasileirão.
Faltando poucos segundos para o fim, porém, após cobrar falta rápida na defesa, os cearenses puxaram o contra-ataque até a posse chegar em Felipe, que chutou para o gol, a bola desviou em Léo e encobriu Volpi, decretando o empate suado dos donos da casa e o castigo merecido dos visitantes.
O torcedor tricolor mais atento e realista já conseguia detectar que o time tomaria um gol a qualquer momento. A vitória era enganosa em uma partida em que o coletivo foi muito mal nos 90 minutos. Viver de lampejos individuais e acreditar que o resultado vai cair do céu pelo peso da camisa ou pela grandeza dos jogadores não vai levar essa equipe para lugar algum. Após mostrar ligeira evolução no segundo tempo contra o Santos, o São Paulo voltou a andar para trás e agora precisa se levantar para garantir o G6 nas rodadas finais.
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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