Palmeiras, Boca, Real Madrid e 'Super-La Coruña': a história do Mundial de Clubes da Fifa 2001

Mundial de Clubes 2001 teria times como Palmeiras, Real Madrid, Boca e La Coruña © ESPN Mundial de Clubes 2001 teria times como Palmeiras, Real Madrid, Boca e La Coruña
Em janeiro de 2000, o Corinthians venceu o Vasco nos pênaltis e conquistou a 1ª edição do Mundial de Clubes da Fifa.
A entidade gostou da repercussão gerada em torno do torneio, que também reuniu gigantes como Real Madrid e Manchester United, e já marcou uma nova edição para 2001.
Vicente Calderón, antigo estádio do Atlético, era uma das sedes do Mundial de 2001 © Getty Images Vicente Calderón, antigo estádio do Atlético, era uma das sedes do Mundial de 2001
O torneio seria organizado em três cidades da Espanha, e as datas foram acertadas: início em 28 de julho e final em 12 de agosto.
No certame, haveria três grupos de quatro clubes, e a tabela de jogos já havia sido até formatada pela Fifa.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante coletiva em 29 de maio de 2001 © Getty Images O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante coletiva em 29 de maio de 2001
A expectativa era enorme, já que a competição reuniria vários timaços, e prometia ser de altíssimo nível.
No entanto, a competição nunca ocorreu, já que foi cancelada pouco antes de seu início por Joseph Blatter, então presidente da entidade máxima do futebol.
Mas, afinal, o que aconteceu para o Mundial de 2001 ter sido cortado em cima da hora?
Quais eram os clubes classificados, e quem era o favoritaço àquele cobiçado troféu?
Veja abaixo todas as respostas:

COMO SERIA O MUNDIAL DE 2001?

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante coletiva em 29 de maio de 2001 © Getty Images Jogadores do La Coruña comemoram gol sobre o PSG, pela Champions, em 2000
Em relação à edição de 2000, o campeonato de 2001 passaria por uma ampliação, passando a contar com 12 equipes (e se aproximando um pouco do formato que a Fifa pretende adotar em seu novo Super-Mundial de Clubes, que tinha estreia prevista para 2021, mas teve que ser adiado devido à pandemia de coronavírus).
Riquelme, do Boca, e Alex do Palmeiras, disputam jogada na Libertadores 2001 © Getty Images Riquelme, do Boca, e Alex do Palmeiras, disputam jogada na Libertadores 2001
Os critérios de classificação para o certame foram um tanto confusos, já que envolviam clubes que conquistaram títulos em 1999, 2000 e 2001 (leia mais abaixo sobre o caso específico do Palmeiras).
Palmeiras posado antes de jogo contra o Sport Boys, pela Libertadores 2001 © Gazeta Press Palmeiras posado antes de jogo contra o Sport Boys, pela Libertadores 2001
Quanto ao formato da competição, classificavam-se para as semifinais os líderes de cada grupo, mais o melhor 2º colocado. Em seguida, cruzavam-se o 1º do grupo A com o 1º do B, e na outra chave o 1º do C contra o melhor 2º posicionado.
A grande final seria em 12 de agosto de 2001, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri.
Roberto Frizzo, vice do Palmeiras, durante desembarque do time em São Paulo © Gazeta Press Roberto Frizzo, vice do Palmeiras, durante desembarque do time em São Paulo
Os classificados:
Deportivo La Coruña (ESP): campeão de LaLiga 1999/00
Real Madrid (ESP): campeão da Champions 1999/00
Galatasaray (TUR): campeão da Copa da Uefa 1999/00
Boca Juniors (ARG): campeão da Libertadores 2000
Palmeiras (BRA): campeão da Libertadores 1999
Los Angeles Galaxy (EUA): campeão da Concacaf Champions Cup 2000
Olimpia (HON): vice da Concacaf Champions Cup 2000
Hearts of Oak (GAN): campeão da CAF Champions League 2000
Zamalek (EGI): campeão da Copa dos Campeões da África 2000
Al-Hilal (SAU): campeão da Copa dos Campeões da Ásia 2000
Júbilo Iwata (JAP): campeão da Copa dos Campeões da Ásia 1999
- Wollongong Wolves (AUS): campeão da OFC Club Championship 2001
Os grupos:
GRUPO A (A Coruña/Santiago de Compostela)
Boca Juniors
Deportivo La Coruña
Wollongong Wolves
Zamalek
GRUPO B (Madri)
Al-Hilal
Galatasaray
Olimpia
Palmeiras
GRUPO C (Madri)
Hearts of Oak
Júbilo Iwata
Los Angeles Galaxy
Real Madrid
SEMIFINAL
JOGO 19: 1º do grupo A x 1º do grupo B (estádio Riazor)
JOGO 20: 1º do grupo C x Melhor 2º colocado (estádio Santiago Bernabéu)
FINAL
Vencedor JOGO 19 x Vencedor JOGO 20 (estádio Santiago Bernabéu)
As sedes:
Estádio Santiago Bernabéu (Madri): 85.000 torcedores
Estádio Vicente Calderón (Madri): 54,907 torcedores
Estádio Riazor (A Coruña): 32.660 torcedores 
Estádio San Lazaro (Santiago de Compostela): 12.000 torcedores

POR QUE FOI CANCELADO?

Foram dois os motivos principais do cancelamento da competição.
O primeiro foi a falência da ISL (International Sport and Leisure), empresa de marketing esportivo que cuidava dos direitos de transmissão tanto da Fifa quanto do COI (Comitê Olímpico Internacional).
A companhia suíça, que foi criada por Horst Dassler, chefão da Adidas, sucumbiu em 21 de maio de 2011 (portanto, pouco menos de dois meses antes do Mundial de 2001), com dívidas acumuladas de 153 milhões de libras (R$ 1,028 bilhão, na cotação atual).
O grupo francês Vivendi (dono do famoso Canal+) até chegou a abrir negociações para assumir o espólio da ISL. No entanto, acabou desistindo, o que levou a Fifa a também encerrar sua relação com a antiga parceira.
A isso, somaram-se as reclamações, principalmente dos times europeus, quanto ao calendário, já que o Mundial seria disputado nas férias entre as temporadas 2000/01 e 2001/02 no "Velho Continente".
Ademais, havia competições internacionais, como a Copa América de 2001, na Colômbia, que poderiam causar "estragos" ainda maiores aos elencos da equipes recheadas de craques selecionáveis, como o Real Madrid.
"A decisão de não levar à frente o evento que já estava marcado ocorreu por uma série de fatores", explicou à época o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
"A falência da ISL fez com que a Fifa tivesse que arcar com responsabilidades adicionais", ressaltou.
"Além disso, o período em que a competição estava marcado acabou ficando particularmente inconveniente, do ponto de vista de partidas nacionais e internacionais. Seria inconveniente para clubes e seleções", apontou.
"Por fim, as crises econômicas que afetam alguns dos países cujos clubes iriam participar no torneio ampliaram as dificuldades comerciais já existentes", complementou.
No fim das contas, a Fifa pagou uma indenização de US$ 750 mil (R$ 4 milhões, na cotação atual) como compensação pelo cancelamento do torneio na Espanha.
O valor, porém, ficou muito aquém do que foi prometido a cada agremiação só pela participação no certame: US$ 2,7 milhões (R$ 14,41 milhões, na cotação atual) - havia ainda outros bônus para quem chegasse à semifinal e à final.
Como consequência de tudo isso, a Copa Intercontinental (Copa Toyota) seguiu como único Mundial de Clubes, sendo vencido em 2001 pelo Bayern de Munique, em 2002 pelo Real Madrid, em 2003 pelo Boca Juniors e em 2004 pelo Porto.
A Fifa, por sua vez, retormou em 2004 as conversas para tentar revitalizar seu próprio Mundial, e entrou em acordo com os organizadores da Intercontinental para realizar uma competição única a partir de 2005, no Japão, com todos os campeões continentais.
De 2005 em diante, portanto, passou a ocorrer anualmente o Mundial de Clubes da Fifa, que, em sua edição inaugural, viu o São Paulo bater o Liverpool na final.

QUEM ERAM OS 'FAVORITAÇOS'?

Real Madrid e Deportivo La Coruña, por terem times fortíssimos e ainda jogarem em casa, pintavam como grandes "favoritaços" ao título do Mundial de 2001.
Os merengues estavam no início da era dos "galácticos", e haviam acabado de contratar ninguém menos do que Zinedine Zidane da Juventus. O francês se somaria a outros craques como Iker Casillas, Roberto Carlos, Raúl e Luís Figo, além de ótimos jogadores como Flávio Conceição, Steve McManaman, Claude Makelélé, Guti, Fernando Morientes e Fernando Hierro.
Será que alguém seria páreo para o Real?
"A gente tinha vencido a Champions League em 1999/00 e, em 2000/01, ganhamos o Campeonato Espanhol. Nosso time estava em um ótimo momento", destacou o meia-atacante Sávio, uma das estrelas daquela equipe, em entrevista à ESPN.
No entanto, os blancos não eram a única potência espanhola naquele torneio, já que o La Coruña possuía uma equipe fortíssima, que havia vencido LaLiga na temporada 1999/00, deixando Real Madrid, Barcelona e Valencia para trás.
Esse time, que ficou conhecido como "Super-Depor", tinha presença marcante de atletas brasileiros, como Mauro Silva, Djalminha e Donato, e vários atletas de extrema qualidade no meio e no ataque, como os espanhóis Fran, Valerón e Diego Tristán, o holandês Roy Makaay e o uruguaio Walter Pandiani.
Em entrevista à ESPN, Mauro Silva garantiu que o La Coruña tinha todas as condições de se sagrar campeão.
"A gente tinha um grande time, e éramos os atuais campeões de LaLiga. Para conseguir superar Real Madrid e Barcelona em 38 rodadas você precisa não só ter um time muito bom, mas um elenco muito bom. É claro que, quanto é um jogo único, a gente sempre tinha condições de vencer, como fizemos na Copa do Rei de 2001/02 [vitória por 2 a 1 sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, no centenário merengue]. Mas, naquela temporada, éramos muito fortes, mesmo", assegurou.
"Você vencendo gigantes como Real e Barça te credencia a ser campeão do Mundial, com certeza. Com essa base montada entre o final dos anos 90 e o começo dos 2000, fomos semifinalistas da Champions em 2004, e merecíamos inclusive ter vencido uma Liga dos Campeões", observou.
Mauro Silva recorda, inclusive, que houve bastante empolgação na cidade de A Coruña quando veio a notícia de que o estádio Riazor, casa do Deportivo, seria uma das sedes do Mundial de 2001. No entanto, a frustração veio logo na sequência, com o cancelamento do certame pela Fifa.
"Lembro que, quando surgiu a notícia de que teria o Mundial, todo mundo ficou feliz na cidade, mas, infelizmente, durou muito pouco. Nem deu pra ter muita festa e comemoração, porque pouco tempos depois eles desmarcaram tudo", rememorou.
Para os atletas do La Coruña, a "morte" do Mundial também foi muito lamentada.
"A gente ficou chateado, sim, quando ficamos sabendo que não ia mais ter o torneio. Seria muito bacana receber jogos de tanto nível técnico. A gente vinha jogando sempre na Champions, então seria um atrativo a mais para uma cidade de 250 mil habitantes. A gente tinha ficado 19 anos na 2ª divisão, e só voltou à elite em 1991. Então, todos esses eventos grandiosos despertavam uma atenção muito grande", finalizou.
Entre os outros clubes, Palmeiras, Boca Juniors e Galatasaray apareciam como principais forças.
O Verdão, que vivia o ocaso da "era Parmalat", já não tinha um elenco mais tão potente como em outros anos, mas ainda assim tinha nomes como o goleiro Marcos, o lateral-direito Arce, o lateral-esquerdo Felipe, os volantes Magrão, Taddei e Galeano, os meias Alex e Lopes (que viviam grande fase) e o atacante Fábio Júnior.
Com esse plantel, o Alviverde chegou à semifinal da Libertadores em 2001, mas viu ocorrer um verdadeiro "desmanche" logo depois. Caso o Mundial de 2001 não tivesse sido cancelado, porém, parte dos jogadores poderia ter sido mantida, visando uma boa participação no torneio da Fifa, com possibilidade de "internacionalização da marca", sonho dos dirigentes à época.
O Boca, por sua vez, possuía um timaço.
Em 2000, a equipe havia chocado o mundo ao vencer o Real Madrid na Copa Intercontinental, e, apesar de ter perdido o artilheiro Martín Palermo e o xerife Jorge Bermúdez (vendidos a Villarreal e Olympiakos, respectivamente), ainda tinha jogadores como Juan Román Riquelme, Óscar Córdoba, Rolando Schiavi, Nicolás Burdisso, Mauricio Serna, Guillermo Barros Schelotto e Marcelo Delgado.
Vale lembrar que, em 2001, os xeneizes deram um sufoco danado no Bayern na final da Copa Toyota, em dezembro, perdendo apenas por 1 a 0, na prorrogação.
Por fim, o Galatasaray tinha sido campeão da Copa da Uefa em 1999/00 batendo o Arsenal na final, e com um esquadrão em campo: Taffarel, Gheorghe Hagi e Hakan Sükür eram alguns dos craques do elenco.
Em 2001, boa parte dos medalhões já havia deixado o clube de Istambul, mas ainda havia vários bons jogadores, que inclusive formariam a base da seleção da Turquia que foi 3ª colocada na Copa do Mundo de 2002, como Ergün Penbe, Hasan Sas, Bülent Korkmaz e Ümit Davala, além do zagueiro brasileiro Capone e do lendário goleiro colombiano Faryd Mondragón.

A 'CASA PALMEIRAS'

Mas, afinal, por que o Palmeiras disputaria o Mundial de 2021 se havia sido campeão da Libertadores de 1999, dois anos antes?
Há duas vertentes que explicam isso.
A primeira, referendada pelo então presidente alviverde, Mustafá Contursi, que dizia que, em 2000, Fifa e Conmebol entraram em acordo para ter Corinthians (campeão brasileiro de 1999) e Vasco (campeão da Libertadores de 1998) no Mundial, já que era necessário um time de São Paulo e outro do Rio de Janeiro, e tudo já estava "casado".
Essa decisão teria sido tomada um dia antes da final da Libertadores de 1999, e foi comunicado ao Verdão que, pelo fato do Vasco jogar em 2000, a presença palestrina já estaria confirmada na edição de 2001, o que foi aceito pelo clube do Palestra Itália.
Outra versão, esta contada pelos opositores de Mustafá, afirma que o mandatário topou ceder a vaga ao Cruzmaltino em 2000, de olho na competição de 2021, que seria na Espanha e permitiria alavancar o projeto de internacionalização da marca.
No entanto, os oposicionistas garantem que o experiente cartola tomou um "passa moleque", já que ficou sem disputar o torneio da Fifa nos dois anos.
A reportagem procurou Mustafá Contursi na terça-feira e na quarta-feira. No entanto, com saúde fragilizada, o ex-presidente não pode comentar.
Fato é que o Mundial de 2001 era aguardado com enorme ansiedade pelos dirigentes palestrinos. 
Prova disso é que já havia até material de divulgação feito pelo Verdão para o torneio, e estavam inclusive sendo vendidos pacotes de viagens em quatro operadoras de turismo para os torcedores que quisessem ir à Espanha acompanhar a competição in loco.
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 © Fornecido por ESPN
Ademais, o clube palestrino preparava a criação da "Casa Palmeiras", que seria um ponto de encontro para os fãs.
Quem conta é Roberto Frizzo, ex-vice de futebol alviverde, que à época era membro do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do clube.
Em 2000, Frizzo, que não tinha cargo na gestão Mustafá, foi a Madri com o amigo e jornalista Arnaldo Branco para visitar possíveis locais que receberiam a "casa Palmeiras".
Nos planos originais, ela seria uma espécie de consulado do clube e do Brasil na capital da Espanha.
Por meio de exposições, mostraria a história da agremiação e também serviria para expôr marcar nacionais, num misto de pavilhão cultural e de negócios.
"Eu fui com recursos próprios, como um conselheiro interessado em ajudar no processo", contou Frizzo, em entrevista à ESPN.
"Fomos às nossas custas, para procurar o local para fazer a 'Casa Palmeiras' e também para ver como ia ser CT, alojamento, etc. Dias depois, chegaram Mustafá e o Américo Faria [então supervisor de futebol]", recordou.
"Ficamos uns dias em Madri procurando um local adequado e fechamos com o Crowne Plaza, em frente ao Palácio Real. Havia um salão perfeito para a 'Casa Palmeiras'. Com a vinda do presidente, fomos também ao Atlético de Madrid, conversamos, e eles cederiam o CT deles em Majadahonda, na região metropolitana de Madri. Visitamos para saber como alojar os atletas, tudo em andamento", relatou.
"Já faz muitos anos, não lembro quais eram os valores, mas era tudo factível, orçamento não era problema. A ideia era mostrar o Palmeiras para a Espanha e para o mundo. A ideia era fazer algo como a Casa Brasil na França, na Copa de 1998", explicou.
Frizzo conta que os dirigentes palestrinos foram "surpreendidos" com o cancelamento do Mundial de 2001.
E, tantos anos depois, insiste que o Verdão deveria ter batido o pé para disputar o torneio da Fifa em 2000.
Quer dizer, mais ou menos...
"Fomos totalmente surpreendidos com a quebra da ISL, e logo em seguida, com o anúncio da Fifa sobre o cancelamento", lamentou.
"Eu creio que deveríamos ter resistido para jogar o (Mundial) de 2000. De qualquer maneira, como foi feita a decisão (por Corinthians e Vasco), teve participação da CBF e da Conmebol também. E também, jogar aquele torneio de verão em 2000 não teria sido tão gratificante, pois não tinha essa pegada de Mundial. Os times europeus vieram passar férias", disparou.
Daquela viagem à Espanha, que acabou não servindo para nada, sobrou apenas uma história divertida, que até hoje arranca risos de Frizzo.
"Um dia, retornamos ao hotel em que estávamos hospedados e, quanto entro no meu quarto, parecia estar tudo normal. A camareira sempre deixava um chocolatinho e eu guardava no armário. Só que, quando abri, achei meu bilhete aéreo fora do cofre, onde eu tinha deixado", relembrou.
"Tinham arrebentado o cofre! A sorte minha é que não tinha dinheiro e passaporte, só o bilhete aéreo, que eles não pegaram. Fui olhar a fechadura do cofre e ela estava forçada. Chamei a recepção e veio a segurança do hotel", prosseguiu
"O segurança perguntou o que havia no cofre, e eu falei que tinha um Rolex de ouro e US$ 5 mil. Eles arregalaram os olhos, mas eu falei que era mentira, não tinha nada (risos). Mas eu disse: 'Imagina o trabalho que eu poderia causar a vocês se tivesse algo de valor ali?'", brincou.
"Depois, eles mandaram flores e champagne. Após aquele primeiro instante, de receio e surpresa, hoje isso virou uma história pitoresca. Na última vez que estive lá, passamos de carro em frente, meu filho e eu, e fiz questão de relembrar esse causo", encerrou, saudoso. 

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