Na noite destinada aos namorados, 1.182 torcedores pagaram ingresso no Canindé para demonstrar seu amor a Portuguesa e Fluminense, em jogo adiado da segunda rodada do Brasileirão. Coube aos fãs da Lusa deixar o estádio com sabor de conquista. A vitória por 2 a 1, gols de Souza e Diogo, tirou a Portuguesa da zona de rebaixamento (está em 12º lugar, com seis pontos) antes da paralisação do campeonato para a disputa da Copa das Confederações. Rafael Sobis fez o gol dos cariocas, que perderam a chance de assumir a liderança e estão em quarto lugar, com nove pontos, dois atrás do Coritiba, primeiro colocado. O público é o menor do Brasileirão até aqui, com renda de R$ 29.690.
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O resultado também pode ajudar a manter o técnico Edson Pimenta no comando da Portuguesa. O treinador destinou palavras ofensivas à torcida através da imprensa durante a semana e sofreu com xingamentos da arquibancada durante toda a partida. Os times agora só voltam a jogar no início de julho, depois da paralisação para a Copa das Confederações. A Portuguesa recebe o Cruzeiro, no Canindé, no dia 6, enquanto o Fluminense tem pela frente o clássico contra o Botafogo, no dia 7, ainda com local a definir.
- Nosso time sentiu muito a parte física neste jogo. Corremos muito nas últimas partidas, e só Deus sabe o que estamos passando. Para nós essa vitória tem um sabor especial. O elenco vem trabalhando bastante e estávamos merecendo - disse o atacante Diogo, autor do gol da vitória da Portuguesa.
No lado do Fluminense, Rafael Sobis destacou o empenho da equipe, que atuou muito defalcada.
- Infelizmente perdemos. Mas da forma que foi, como nossa equipe jogou, temos que dar os méritos para o adversário, que teve uma chance e aproveitou. Nosso time é competitivo. Com 12 ou 13 desfalques, mostrou isso, que para ganhar da gente tem que suar muito.
Gols em chutes de longe
A Portuguesa começou o jogo sob forte pressão, precisando da vitória para tentar fugir da zona de degola, com direito a protesto da torcida contra o técnico Edson Pimenta - protesto que se estendeu durante os 90 minutos. Do outro lado, o Fluminense cheio de desfalques: um time inteiro entre lesionados, suspensos e jogadores servindo à seleção brasileira. O resultado foi um início instável dos dois lados. Com 25 passes errados em 20 minutos, não havia como o futebol fluir.
Diante desse cenário, é normal que tenham sido chutes de longe os responsáveis pelos gols. No da Lusa, Souza mostrou agilidade e precisão em sua finalização para a abrir o placar, aos 22. E foram mais 15 minutos até Sobis receber sua chance. Cobrança de falta quase da intermediária e o atacante acertou um chute seco, cheio de veneno, que ganhou umas curvas a mais com a polêmica bola do Brasileiro. Com o 1 a 1 no placar, os times pareceram se empolgar. Em um intervalo de poucos minutos, Sobis e Luis Ricardo perderam chances claras, na frente do gol, uma para cada lado.
Diogo decide para a Lusa
O intervalo pareceu ter esfriado os ânimos, e os erros de passe voltaram a comprometer no início da etapa final. Mesmo longe ser brilhante, o Fluminense se posicionou mais à frente e conseguiu certo domínio territorial, com mais posse de bola. O time, no entanto, claramente sentia a falta de entrosamento e não conseguia tramar jogadas, ficando limitado a lampejos individuais. Liderada por Souza, a Lusa tentava chegar ao ataque, mas esbarrava na deficiência técnica de seus jogadores. Impaciente, sua torcida protestava.
Sem armas de peso no banco para mudar o panorama do jogo, o técnico Abel Braga apelou para as promessas de Xerém. Eduardo e Denílson ganharam uma oportunidade, mas não conseguiram encontrar alternativas para o time carioca chegar à vitória. A Portuguesa se posicionou bem na defesa e conseguiu o gol da vitória no contra-ataque, já no fim do jogo. Rogério recebeu na esquerda e cruzou na medida para Diogo arrematar de cabeça, aos 38. Alívio dos torcedores no Canindé e Lusa fora da zona de rebaixamento.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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