Macaé reconhece entrada de Goiânia e Flu, mas diz: 'E se fosse conosco?' Ingresso dos dois clubes na sexta edição do NBB foi aprovada nesta quarta pelo Conselho de Administração da Liga Nacional de Basquete (LNB)

Leonardo Gomes abrandou disse reconhecer a
entrada das duas equipes (Foto: Divulgação)
O Macaé Basquete se pronunciou sobre a aprovação dos projetos e entrada do Fluminense e Goiânia na temporada 2013/2014 do NBB. No entanto, após dizer que repudiava a inclusão de novas equipes, o clube abrandou o tom e disse reconhecer a validade da ação aprovada nesta quarta-feira em uma reunião do Conselho de Administração da Liga Nacional de Basquete (LNB), entidade que organiza a principal competição da modalidade no país.
- Continuo não concordando, mas reconheço a validade legal da inclusão das duas equipes. Reconhecemos e respeitamos o regulamento. No entanto, fica a pergunta: e se fosse conosco? Será que o carinho seria o mesmo? - disse Leonardo Gomes, secretário de governo da prefeitura de Macaé, principal investidor da equipe, através de sua assessoria de imprensa.
Para conseguir a vaga no NBB 2013/2014, o Macaé Basquete precisou passar por três etapas. A primeira delas foi ficar entre os três primeiros na Copa Brasil Sudeste. A campanha garantiu o acesso à Supercopa Brasil, onde o clube assegurou o vice-campeonato e conquistou uma vaga no triangular de acesso ao NBB.
Na última etapa da caminhada, Macaé e Tijuca foram os vencedores da disputa e selaram um lugar na principal competição de basquete do Brasil. O Fluminense chegou perto de ter a vaga na próxima edição do NBB, mas perdeu para Macaé e Tijuca. O Goiânia, por sua vez, foi eliminado pelo próprio clube carioca nas semifinais da Supercopa Brasil, em duelo que foi para a prorrogação.
Convite foi aprovado nesta quarta-feira
Depois de não terem conseguido garantir as vagas em quadra, Fluminense e Goiânia tiveram suas entradas no NBB aprovadas. As duas equipes apresentaram projetos que foram considerados sólidos e, a exemplo do Basquete Cearense na temporada passada, também foram integrados à elite da modalidade.
De acordo com o estatuto, podem ser aceitos participantes que ajudem na evolução do torneio. O investimento de cada um será de cerca de R$ 4,5 milhões para a edição do NBB 6.
- Estamos muito felizes com a confirmação do convite e agora vamos sentar para fazer o planejamento para atenter às demandas e exigências impostas pela Liga nos próximos três anos para que nosso projeto seja crescente e sólido. Vamos conversar sobre nomes e, em duas ou três semanas, devemos ter novidades - afirmou Marcelo Bunte, supervisor do Fluminense.
Com as entradas do Tricolor e do Goiânia, a próxima edição do torneio terá a participação recorde de 20 clubes. Junto a essa decisão, a LNB também ratificou a criação da Segunda Divisão do NBB já para esta temporada, com a Supercopa Brasil passando a ser uma competição de acesso.
- Goiânia é uma das maiores capitais do interior do país e não tinha time lá. É uma cidade acostumada ao basquete, tem dois ginásios excelentes com capacidade para 6.000 e 12.000 pessoas, tradição e o time disputou vários anos  o campeonato brasileiro. É importante para a Liga. O projeto é de longo prazo, consistente e com patrocinadores que garantem uma equipe competitiva. O Fluminense tem apelo popular e história no basquete. O clube possui todas as categorias de base e história grande na categoria adulta. É um time de camisa, que não cai de paraquedas e dá um upgrade para a Liga. O projeto também é sólido e com investimento em longo prazo - disse Sérgio Domenici, gerente executivo da LNB.
Sobre os possíveis questionamentos por parte de adversários como Macaé e Tijuca, que ganharam na bola, e do público, Domenici explica.  
- A Liga tem compromisso com a CBB de que o vencedor da Supercopa disputaria um quadrangular e que os vencedores disputariam o NBB. Tanto Macaé e Tijuca estão garantidos. A questão regulamentar foi cumprida. A Liga tem a prerrogativa de convidar equipes que sejam importantes para a consolidação do basquete brasileiro. Esse ano foram duas. Aí vão perguntar: "Se tivesse entrado com pedido direto teria entrado no NBB?" Não, não é certo. Cada caso é um caso. Já tivemos pelo menos uns dez projetos que foram apresentados e que não foram aprovados - finalizou. 

 Varjota Esportes - Ce.            /           Globoesporte

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