– Acho que o problema não é o treinador. É ruim chegar aqui e ser meu próprio advogado. Quando tem o insucesso, é um pouco de cada coisa. Hoje estou como treinador do São Paulo, mas o cargo é do clube. Tenho firmeza em continuar, mas não sou eu que tomo algumas decisões – afirmou Ney.De quem é a culpa pela temporada irregular do São Paulo até agora? Depois da derrota para o Goiás (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado), a primeira no Campeonato Brasileiro, o técnico Ney Franco e a diretoria mostraram que divergem em alguns pontos. Para o comandante, o erro não é do treinador. Já para o vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, a culpa não é dos jogadores.
O técnico começou a cobrar a chegada de reforços no início do ano, logo após perder Lucas. A reposição, porém, não foi à altura. A diretoria optou por jogadores menos badalados, como Aloísio, Silvinho e Roni, mas garante que está no mercado de olho em atletas de renome que hoje atuam no futebol internacional. Vágner Love, do CSKA, é um deles.
– Não é falta de jogador. O São Paulo tem bons jogadores, indiscutivelmente. Contra o Goiás não estiveram em campo alguns de grande categoria, como Rafael Toloi e Denilson. A questão tática pode ser discutida, mas não sou eu a pessoa abalizada para responder isso – disse Leco, que hoje não faz mais parte do departamento de futebol.
Quando tinha poderes no setor, o dirigente foi um dos responsáveis pela saída de Muricy Ramalho em 2009. Curiosamente, o nome do técnico foi gritado pela torcida durante a derrota por 1 a 0 em casa para o Esmeraldino. Leco, porém, vê a postura dos tricolores como normal.
– É uma reação natural, ainda mais por ser um técnico como o Muricy, com a história que tem, como jogador, sócio, homem são-paulino, que conquistou um tricampeonato brasileiro. É um peso grande (para Ney Franco). Não significa que vá acontecer qualquer coisa no sentido de contratação ou que se desenvolva alguma coisa nesse sentido.
Ney garante que o trabalho continuará normalmente no Tricolor e que, até o momento, não notou qualquer mudança nos planos traçados pela diretoria. Mas deixa o futuro em aberto.
– Tem de saber avaliar. Se eu chegar a uma definição de que sou o problema, sou o primeiro a dar o boné. Não quero atrapalhar o São Paulo.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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