O Vitória confirmou a boa fase na temporada na noite deste sábado. Atuando pela primeira vez no Barradão neste Campeonato Brasileiro, a equipe baiana se impôs diante do assustado Vasco, ganhou por 2 a 0, manteve-se invicta após três rodadas e chegou à liderança provisória da competição, com sete pontos - só pode ser ultrapassado por São Paulo e Inter no domingo. De quebra, manteve longa escrita contra os cruz-maltinos: são nove triunfos em igual número de jogos contra o time carioca dentro do seu estádio pelo nacional.
Para chegar a mais um resultado positivo, o Rubro-Negro contou com a boa fase de seu ataque. Desta vez, quem brilhou foi o centroavante Dinei, autor dos dois gols. Ele ainda teve um anulado em posição duvidosa no primeiro tempo.
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Por sinal, os auxiliares tiveram trabalho. Foram 13 impedimentos marcados ao longo do jogo - sete dos baianos e seis dos cariocas. O torcedor vascaíno pode reclamar de dois gols mal invalidados no segundo tempo, um de Dakson e outro de Edmilson. O time dirigido por Paulo Autuori, que vinha de goleada sofrida por 5 a 1 para o São Paulo, tem apenas três pontos na tabela e voltou a demonstrar enorme fragilidade.
- Se eu não tivesse feito o pênalti, a gente teria virado. Depois do pênalti a equipe deu uma murchada. Se alguém tem responsabilidade na derrota, sou eu. O time fez um bom segundo tempo - avaliou Renato Silva, que agarrou Victor Ramos na área em cobrança de escanteio.
O volante Neto Coruja, autor de quatro roubadas de bola na partida, destacou a importância de um bom rendimento na primeira parte do Brasileirão, antes da parada para a Copa das Confederações, após a quinta rodada.
- Quem não vier com uma pontuação boa pode se atrapalhar no campeonato. São mais três pontos.
Na quarta rodada, o Vitória encara o Grêmio em Porto Alegre, às 21h de quarta-feira. O Vasco joga contra o Atlético-MG no Raulino de Oliveira, no mesmo horário.
Dinei faz dois, mas só vale um
Quando a bola rolou, em nenhum momento o Vasco se sentiu à vontade. Os rápidos avanços do Vitória pelas laterais e as constantes trocas de posições de seus atacantes deixaram os cruz-maltinos perdidos, especialmente o lateral-direito Elsinho, que voltou ao time nesta partida. Apesar do predomínio, os baianos demoraram a abrir o marcador, até porque chutaram pouco na primeira etapa: apenas quatro vezes, contras duas dos cariocas. Aos 11 minutos, Dinei chegou a balançar a rede, mas o auxiliar apontou impedimento em lance duvidoso.
O gol só foi sair aos 31, e em grande estilo. Gabriel Paulista descolou primoroso lançamento para Escudero na esquerda. Elsinho escorregou, e o meia-atacante avançou livre na área, rolando para Dinei marcar. Sem força ofensiva e com Edmilson, substituto do barrado Eder Luis, restou ao Vasco arrematar duas vezes de fora da área com Dakson, ambas pela linha de fundo.
Vasco faz dois, mas nenhum vale
O Vasco deu a falsa impressão de que teria nova postura no segundo tempo. Em nove minutos, marcou duas vezes, mas o auxiliar José Roberto Larroyd, de Santa Catarina, anulou as duas jogadas. Na primeira, o chute de Dakson desviou na zaga e entrou, mas o bandeira alegou que Tenorio participou do lance. Na segunda, Edmilson recebeu livre e encobriu o goleiro, mas o impedimento foi assinalado.
Somente a partir daí o Vitória superou a preguiça e liquidou o jogo. Aos 14, o árbitro Heber Roberto Lopes marcou puxão de Renato Silva em Victor Ramos. Pênalti: Dinei deslocou Michel Alves e ampliou. O Vasco novamente acusou o golpe e não esboçou reação. A equipe, sem criatividade e força ofensiva, novamente se limitou a chutes de fora da área com Dakson. Os mandantes, segurando a bola na frente, seguraram o tranquilo triunfo.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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