O presidente do Santos, José Carlos Peres, impôs uma condição para liberar um novo empréstimo de Vitor Bueno, atualmente no Dínamo de Kiev-UCR.
O técnico Jorge Sampaoli pediu pelo retorno de Bueno e, inclusive, ligou para o jogador em duas oportunidades. Peres, porém, prefere usar a provável volta ao Brasil para tentar melhorar a situação de Derlis González.
Sem interesse no reaproveitamento de Vitor Bueno, o presidente pediu ao empresário, Juliano Leonel, para negociar um valor de compra fixado no contrato do paraguaio de 6 milhões de dólares (R$ 23,5 mi). Ambos foram trocados para vínculo até julho de 2020, sem nenhuma quantia estipulada para permanência em definitivo.
A Gazeta Esportiva teve acesso à troca de mensagens entre o presidente e o agente. Peres faz a exigência, Juliano diz que não é possível e, depois de uma discussão, é bloqueado no WhatsApp.
Juliano Leonel vê a exigência como chantagem. Até porque o Dínamo contratou Derlis junto ao Basel, da Suíça, por 10 milhões de euros (R$ 44 mi, na cotação atual), em 2015, bem mais do que os 6 milhões de dólares solicitados.
“Quando o presidente precisava contratar o Derlis, ele me ligava o tempo todo, mensagens toda hora. Vitor Bueno não queria ir para a Ucrânia, mas foi convencido por causa do salário de quase três vezes mais na Ucrânia. O presidente disse que ele seria reserva e marcou os exames de Derlis antes do Dínamo conversar comigo. Com a pressão e o salário maior, o Bueno aceitou. Agora, a situação mudou porque sou eu quem procuro. E vejo falta de respeito”, afirma Juliano Leonel.
“Houve uma situação recente para ele em um clube do Sul. Como não havia valor de compra fixado e a pedida foi alta, o empréstimo não foi possível. Agora, eu tentei negociar uma quantia para a compra para ter uma definição e podermos negociar melhor para ambos os lados. Tive uma reunião na última quarta-feira, na Vila Belmiro, e ele fez a chantagem de eu negociar o valor com o Dínamo para liberar o jogador. Mas eu não sou o empresário do Derlis, o que eu tenho a ver com isso? Disse que não seria possível, até pelos 6 milhões de dólares serem bem abaixo do que foi pago antes. Como não houve acordo, eu chamei para conversar. Bueno não quer ficar e não é bom para o Santos ele não jogar na Ucrânia. Mas ele insistiu com a chantagem, não quis conversar, eu disse que o Santos seria barriga de aluguel do Dínamo. Ele insistiu em um novo empréstimo apenas com 6 milhões de dólares fixados para os dois e disse que eu perderia tempo sem isso. Eu argumentei e ele acabou me bloqueando”, completou.
O presidente José Carlos Peres não vê chantagem e explica a sua versão dos fatos.
“Eu não pedi nada a ele. Ocorre que ele quer colocar o Vitor Bueno que está emprestado para o Dynamo de Kiev para outro clube.Como na época o Dynamo não queria colocar valor na opção de compra, ambos os jogadores ficaram sem fixação de valor. O Santos só concorda com o reempréstimo se o Dynamo colocar opção de compra com valor determinado para ambas as partes”, explicou.
“Chantagem está fazendo este sujeito, querendo mandar no clube. É fazer valer a intenção dele. Ele ameaçou ir à imprensa, não entendi qual a alegação dele. Mas, na verdade, quer criar tumulto”, concluiu o presidente.
Diante do impasse e do fechamento da janela de transferências para o Brasil já na próxima terça-feira, o empresário tentará contato com a diretoria do Santos neste domingo, na Arena Corinthians, em busca de uma liberação para outro clube ou mesmo para o retorno ao Peixe.
Depois da chegada à Ucrânia, Bueno entrou em campo contra Chornomorets, Desna e Mynai entre agosto e outubro do ano passado. Três partidas saindo do banco de reservas e sem marcar gol ou dar assistência. Uma lesão muscular na inter temporada dificultou ainda mais a afirmação no elenco.
Varjota Esportes - Ce. / Gazeta Esportiva.
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