Não é uma pergunta, uma afirmativa hiperbólica ou uma opinião infame . É uma constatação objetiva. Rogério Ceni é o maior treinador da história do centenário Fortaleza Esporte Clube. E o critério principal é simples: a relevância e o peso dos títulos.
O capítulo que dissipou qualquer dúvida sobre isto foi escrito na noite desta quarta-feira, 29 de maio de 2019, quando o Fortaleza venceu novamente o Botafogo-PB e, em sua primeira final de Copa do Nordeste, conquistou o título inédito.
Foi a segunda taça que Ceni e seus comandados garantiram de forma única para o Leão do Pici. Em novembro de 2018, o primeiro título nacional do clube, o Campeonato Brasileiro Série B, já havia sido alcançado de forma absoluta e recheada de recordes, em uma campanha incontestavelmente gigante.
O óbvio está posto: Rogério Ceni foi o treinador dos dois maiores títulos da história do Fortaleza. E com intervalo menor que 7 meses entre os erguimentos das taças.
Acrescente neste período o título do Campeonato Cearense, vencido na final sobre o Ceará, que lutava pelo tricampeonato, com direito a dois triunfos contra o maior rival (algo que não acontecia desde 1975).
No Fortaleza, Rogério Ceni disputou quatro competições e levantou três troféus (só não venceu o Campeonato Cearense em 2018, perdendo para o Alvinegro na decisão e ficando com o vice).
Some isso ao trabalho de manager, ao projeto implementado, às propostas recusadas para permanecer no clube, às participações em mudanças estruturais e ainda à possibilidade de classificar o clube a uma competição internacional pela primeira vez na história (caso consiga a Sul-Americana via Série A).
Sem falar que, nos últimos 17 meses, além do trabalho em campo, o paranaense de 46 anos ajudou a mudar o patamar do Leão fora das quatro linhas. O Fortaleza, hoje, é visto de forma diferente.
Isso não é diminuir a gigante história do clube centenário. É um fato.
Com destaque, obviamente, aos esforços hercúleos da diretoria, sobretudo do presidente Marcelo Paz, que faz gestão louvável. O Fortaleza cresceu em todos os setores, e o trabalho profissionalizante é a principal alavanca para isso, mas é inegável que o ex-goleiro é personagem fundamental neste processo.
Outro treinadores estarão sempre marcados na história do Fortaleza, como Moésio Gomes (tricampeão estadual e com um enorme laço afetivo com o clube), Caiçara (bicampeão estadual e personagem marcante), França (bicampeão estadual e vice-campeão da Taça Brasil em 1960), William Pontes (campeão da Copa Norte Nordeste de 1970), Zetti (treinador do acesso em 2006) e Ferdinando Teixeira (bicampeão estadual).
É importante destacar que todos foram muito relevantes em suas respectivas épocas. Mas há uma diferença.
"Os treinadores anteriores tiveram mais conquistas estaduais. Com a Série B, o Rogério já se credenciava a ser um dos maiores. E com a Copa do Nordeste, chegou a um patamar mais elevado", garante o pesquisador e historiador do Fortaleza Esporte Clube, David Barboza.
É a prova de que o que Rogério Ceni tem feito é algo que ficará para a eternidade. E seu legado não é só gigante. É o maior de todos.
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