A chegada de Ronaldinho Gaúcho à Índia invadiu os notícários locais. Diversos jornais e sites correram para publicar a informações do craque por lá. Mas nem todos se deram bem na busca por dados. Na citação ao Galo, o clube foi chamado de 'Atletico Mineoro' pelo informativo Rediff Sports. Além disso, a passagem do meia pelo Flamengo foi classificada como exitosa e de 'múltiplos títulos'.
A estada do atleta no país se deve à participação em um filme de Bollywood, indústria de cinema indiana. Na animação, R49 aparece no papel principal combatendo alienígenas. A empresa responsável pelo projeto, a Bala Entertainment International, não revela mais detalhes da película, mas a imprensa da Índia coloca que a produção faz o estilo do filme Space Jam, protagonizado por Michael Jordan com o Pernalonga. Na entrevista coletiva, Ronaldinho disse ser um admirador do cinema local e revelou conhecer o maior astro de Bollywood, Salman Khan.
- Sim, já ouvi falar (sobre Salman Khan). A pronúncia dos nomes é um pouco diferente. Mas a gente vem acompanhando tudo que acontece aqui - disse ele.
Bollywood não é uma indústria qualquer quando o assunto é cinema. De acordo com o crítico de cinema Daniel Feix, as produções de lá são as únicas que podem rivalizar ou tentar alcançar Hollywood.
- Em quantidade de produção, de profissionais envolvidos e de recursos que movimenta, é a única indústria do mundo que pode ter algum tipo de comparação com Hollywood - disse Feix ao GLOBOESPORTE.COM.
Sobre a escolha de Ronaldinho, o analista classifica como natural já que é o caminho geralmente adotado pelas produções indianas.
- A indústria de Bollywood se afirmou sobre filmes populares, então é natural que explore figuras populares - argumentou.
Mas a ideia do projeto pode não ser exatamente o mercado interno da Índia. Segundo Feix, a aposta provavelmente é o faturamento com o mercado internacional. Isso justicaria a utlização de mais tecnologia e a aposta em recursos gráficos mais apurados.
- Talvez esse filme seja uma aposta num mercado internacional, com lucro potencialmente maior, coisa que o cinema indiano não costuma fazer, por isso quem sabe eles invistam mais - finalizou.
A Bala Entertainment International, que coordena a produção, pertence ao mesmo presidente do grupo Vencky´s e dono do clube inglês Blackburn.
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