'Não gostaria de estar nesta situação', diz Ari Rezende sobre crise no Sergipe Presidente interino fala sobre os desafios de, assim como em 2010, assumir o comando do colorado para apagar incêndio. 'É hora dos amigos aparecerem'


Visivelmente abalado, Ari Rezende, agora presidente interino do Sergipe, comandou sua primeira reunião como mandatário do clube colorado nesta quinta-feira. O encontro iniciou-se duas horas antes da possível prestação de contas do ex-presidente, Genisson Silva, que não aconteceu.
Ser o bombeiro do 'incêndio' no Complexo João Hora não é novidade para o professor. Em 2010, ele também comandou o clube interinamente, após justiça intervir no clube e acabar com o mandato de Antônio Soares da Mota, o Motinha.
- É uma situação difícil. Sem dinheiro, patrocínio e com apenas 14 jogadores contratados. Não gostaria de estar nesta situação novamente. Meu desejo é ver o clube forte, mas aconteceu e é hora de mostrar nosso amor pelo Sergipe. E é só por amor mesmo. Agora é a hora de os amigos aparecerem para mudar esta história - disse Ari Rezende.
Ari Rezende diz que não queria estar nesta situação (Foto: João Áquila, GLOBOESPORTE.COM)
Apesar dos motivos serem diferentes, Ari Rezende encontra semelhanças na intervenção judicial de 2010 com a renúncia de Genisson Silva em 2012: disputar uma competição sem dinheiro. O time estreia no Campeonato Sergipano dia 13 de janeiro, no Batistão, contra o América.
- Em 2010 todos lembram como foi nossa campanha no Nordestão. Assumimos o clube após briga judicial. Fomos obrigados a participar do torneio, caso contrário, teríamos que pagar multa de 500 mil reais, acabamos em último. Desta vez é um pouquinho diferente, mas a dor é a mesma. Faltam menos de 20 dias e só temos 14 jogadores - lembrou o presidente interino.
Não gostaria de estar nesta situação novamente"
Ari Rezende, presidente interino do Sergipe
Com as turbulências, a pergunta que ecoa no João Hora é: como fica o clube com a nova administração. Tudo indica que Sidrack Marinho, Joaquim Feitosa e alguns assessores não vão continuar. Mas o presidente interino prefere analisar as contas de Genisson Silva para depois decidir o futuro dos funcionários. Apenas os jogadores, o técnico e o preparador físico estão garantidos.
- Vou conversar com Genisson Silva, preciso analisar sua administração para saber o que está acontecendo. Depois disso é que vamos tomar as devidas providências. Enquanto isso, todos continuam em seus cargos - afirmou.
Um dos idealizadores da campanha de Genisson Silva em 2011, Ari Rezende acredita ele vai continuar ajudando o clube. Viu como positivo seu mandato de 18 meses e fala em mágoa do ex-comandante.
Conselheiros se reúnem com técnico Givanildo Sales (Foto: João Áquila, GLOBOESPORTE.COM)Ari Rezende se reúne com técnico Givanildo Sales (Foto: João Áquila, GLOBOESPORTE.COM)
- Confio em Genisson. Apesar das campanhas dentro de campo, ele fez um trabalho que parecia impossível. Resolveu 70% das dívidas do clube e deixou bem encaminhado os outros 30%. Ficou magoado com algumas pessoas, mas sei do seu amor por este clube e ele vai continuar nos ajudando. 

       Varjota  Esportes - Ce.          /           Globoesporte

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