Neymar: 'Quando se está à vontade e confiante tem tudo para jogar bem' Atleta diz que time está no caminho certo para atingir os objetivos e revela de onde saiu inspiração para a comemoração do primeiro gol do Brasil



Neymar marcou um gol e deu duas assistências na vitória do Brasil por 4 a 1 sobre os Estados Unidos, nesta quarta-feira, em Washington. Não teve caneta ou chapéu, mas o jogador foi um dos líderes da equipe no confronto na FedEx Field. E na opinião do jogador, o bom desempenho individual e coletivo aconteceram por conta de dois sentimentos absorvidos por ele e pelo grupo.
- O time está à vontade. Quando se está à vontade e com confiança o time sempre vai se sair bem. Estamos no caminho certo. O time está bem, todos se empenhando ao máximo, marcando, fazendo os gols. Isso é fundamental - disse o atacante.
Neymar comentou o pouco tempo de trabalho que teve ao lado dos companheiros. Mesmo assim, ele afirmou que todos se entenderam bem por conta das outras oportunidades em que estiveram na seleção principal ou nas categorias de base.
Jogadores comemoram o primeiro gol da 
Seleção no jogo diante dos EUA (Foto: Reuters)
No fim, o atacante ainda explicou a comemoração do primeiro gol da seleção.
- Foi para o irmão do Sandro, que é cantor. O nome dele é Saimon. Não sei o motivo da dança. Você precisa perguntar ao Sandro (risos) .
No domingo, a Seleção vai encarar o México, em Dallas. O confronto será o terceiro do time canarinho na excusão à Alemanha e aos Estados Unidos. Nos dois primeiros compromissos, duas vitórias (4 a 1 sobre os americanos, em Washington, e 3 a 1 diante da Dinamarca, em Hamburgo). O duelo deste fim de semana será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em Tempo Real. 
   Varjota  Esportes - Ce.   /    Globoesporte

Roberto Carlos tem seis automóveis confiscados pela Justiça Lateral é obrigado a pagar R$ 360,3 mil a ex-funcionária, mas Justiça não encontra o valor nas contas bancárias e parte para os bens do atleta


Roberto Carlos tenta chegar a um acordo
(Foto: Getty Images)
O lateral-esquerdo Roberto Carlos, do Anzhi, teve seis carros bloqueados pela Justiça do Trabalho por causa de um processo movido por uma ex-funcionária da RCS Empreendimentos, empresa que pertence ao jogador e a seu pai, Oscar Pereira Silva. O processo prevê uma execução trabalhista de R$ 360,3 mil.
Como a quantia não foi encontrada em nenhuma das contas bancárias do jogador, a justiça decretou que o valor fosse buscado entre os bens de Roberto e Oscar. Com isso, ohouve autorização nesta quarta-feira para confiscar os automóveis. No entanto, caso o valor dos carros não chegue a R$ 360,3 mil, outros bens poderão entrar na lista.
Advogados das duas partes tentam chegar a um acordo. Na primeira reunião, realizada na última quarta-feira, no entanto, ainda não houve uma conclusão. Roberto Carlos se manifestou sobre o caso através do Twitter, lamentando que a história tenha chegado até a imprensa.
- Vou resolver da melhor maneira possível. É uma pena sair na imprensa sobre dinheiro. Que pena! Vou resolver com calma, tá? Deus vê tudo - declarou.
O caso
A condenação aconteceu em 2007, em uma ação proposta por uma mulher exigindo reconhecimento de vínculo empregatício com a RCS Empreendimentos e Participações, da qual Roberto Carlos é sócio majoritário, e seu pai, Oscar Pereira da Silva, minoritário. Confirmada a razão da requerente, a Justiça determinou o pagamento de verbas trabalhistas devidas e indenização por conta do tempo trabalhado sem pagamento regular.
Contudo, a Justiça não encontrou bens no nome da entidade para penhorar e realizar o pagamento e, assim, partiu para penhora nas contas pessoas dos proprietários. Caso o valor não seja encontrado, a Justiça determinou que o sigilo fiscal de Roberto Carlos seja quebrado pela Receita Federal. Assim, será feita uma busca em cartórios por imóveis do jogador para que eles sejam penhorados para o pagamento das dívidas. 
  Varjota  Esportes - Ce.  /   Globoesporte

Deco abriga jovem que fugiu de casa no ES para fazer teste em clube do Rio M. T. passou a tarde no portão das Laranjeiras e sensibilizou meia com sua história. Ele ganhou uma camisa do Fluminense e foi para a casa do jogador


O sonho de M. T. S, de 14 anos, sempre foi brilhar nos campos de futebol. Mas, vindo de uma família humilde, não conseguia colocar em prática o objetivo. Foi aí que resolveu sair do Espírito Santo e tentar a sorte no Rio de Janeiro. O garoto disse ter fugido de casa na última semana, esbarrado em uma série de contratempos e, com isso, conseguiu chamar atenção nas Laranjeiras. E em meio a jogadores consagrados, fez sua história chegar aos ouvidos de um dos maiores deles: Deco. O apoiador do Fluminense se sensibilizou com o que foi relatado pelo adolescente, abrigou-o em seu apartamento e vai pessoalmente tentar conseguir nesta quinta-feira o sonhado teste para o jovem em Xerém.
M.T. no Flu com a camisa que ganhou de Deco (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
M. passou a tarde inteira da última quarta em frente ao portão de entrada dos carros dos jogadores nas Laranjeiras. Contou sua história para alguns funcionários do clube, que repassaram para os jogadores. O primeiro a ouvir foi Edinho, que chegou a oferecer R$ 200 para ajudá-lo. O menino não aceitou. Dizia que queria apenas a oportunidade de realizar um teste. Deco então resolveu parar e escutar o que o menino tinha para dizer.
Ele disse que joga para caramba, não é? Vamos ver então "
Deco
O jovem contou que não conseguiu chance de mostrar seu futebol em Barra de São Francisco, cidade onde nasceu e foi criado no Espírito Santo. Com isso, disse ter fugido de casa escondido em um ônibus e sem avisar a sua mãe. Em Colatina, o motorista descobriu o esconderijo e o expulsou. O aspirante a jogador contou sua história para os demais passageiros que se uniram e pagaram a passagem para o Rio de Janeiro. Ao chegar à cidade na semana passada, disse que acabou assaltado.
Desconfiado ao ouvir a história, Deco pegou o telefone e entrou em contato com a família de M. Para não fazer estardalhaço, se identificou como "Anderson" e ouviu da mãe do menino que tudo era verdade. Por mais de uma vez, Deco disse que estava tudo bem e pedia calma à mãe do garoto, que acompanhava o diálogo com as mãos fechadas na altura do queixo demonstrando ansiedade.
- Eu vou ajudar, fique tranquila - dizia Deco, que só foi se identificar como jogador do Fluminense na hora de se despedir.
Após o diálogo, o camisa 20 tricolor colocou M. no telefone. Pelo que contou o garoto, que sonha ser meia como o próprio Deco, era o primeiro contato em pouco mais de uma semana. Emocionado, ele tranquilizou a mãe e disse que está mais perto do sonho.
- Fica tranquila. O pessoal no Fluminense é muito legal. Eles me ofereceram dinheiro, mas eu não queria. Meu sonho é ser jogador, e o Deco acreditou. Ele vai me ajudar. Vou provar para todo mundo que ria de mim que posso jogar futebol - disse M. ao telefone.
Maicon Theodoro, menino que ganhou camisa do Deco  (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)M.T. com o chinelo do Flamengo
(Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
Deco acompanhou tudo com emoção. O jogador fez questão de providenciar para M. uma camisa do Fluminense, comprada por um funcionário do clube na loja oficial enquanto a conversa acontecia e disse que ele passaria a noite em sua casa. Neste meio tempo, tentava viabilizar via telefone a possibilidade de ele fazer o sonhado teste em Xerém. Ele preferiu não conceder entrevista antes de tudo se concretizar, mas, com o sorriso no rosto, resolveu apostar e pelo menos tentar ajudá-lo a realizar o sonho.
- Ele disse que joga para caramba, não é? Vamos ver então - disse rapidamente antes de entrar com o garoto em seu carro para levá-lo ao seu apartamento.
Antes das Laranjeiras, M. tentou o Flamengo
O Fluminense não foi a primeira opção do adolescente. Antes de tentar a sorte nas Laranjeiras, ele foi até a Gávea, sede do rival Flamengo. Chegando lá, não teve acesso aos jogadores. Com apenas a roupa do corpo, já que disse ter sido assaltado na rodoviária, ganhou de funcionários do clube um par de chinelos e uma camisa.
A camisa, por sinal, rendeu uma situação inusitada. Para poder contar sua história para os jogadores do Flu, M. teve de vestir o uniforme rubro-negro do avesso, já que nas Laranjeiras é expressamente proibido o uso de uma camisa do rival. Ele ainda ouviu piadinhas enquanto relatava sua saga.
- Agora teu time é Fluminense. Olha o teu padrinho - brincou um funcionário do clube. 
  Varjota  Esportes - Ce.   /   Globosporte

Inter vê barreira financeira, mas insiste na contratação de Nilmar Luigi diz que clube não pagaria 10 milhões de euros pelo atacante


Nilmar deseja retornar ao Inter (Foto: AFP)
Nilmar deseja o Inter. E o clube sonha que o atacante volte a vestir vermelho. No entanto, há um grande empecilho para que a transação com o Villarreal seja realmente efetivada: € 10 milhões (R$ 25 milhões). O clube gaúcho descarta pagar essa quantia aos espanhóis, de acordo com o presidente Giovanni Luigi.

O Inter insistirá na contratação do jogador. Buscará formas “criativas” de baixar o valor, como ceder percentual de atletas da base para o Villarreal.

- Não pagaria esse valor. O Inter tem interesse, é um grande jogador, mas estamos tratando do assunto com todo cuidado. Não gostaria de gerar uma expectativa ao nosso torcedor. É muito difícil já que ele tem opções fortes na Europa. Estamos examinando essa questão do Nilmar. Assim como tentamos o Lúcio, só que recebemos a informação de que a preferência dele é a Europa - contou Luigi.

Inter não pensa em revender Nilmar
Luigi não está otimista com a possibilidade de um investidor ajudar na transação. Acha que a idade de Nilmar, 27 anos (faz 28 em julho), não é atrativa para revendas.

- O investidor gosta de atletas com 18, 20 anos, com potencial para sair para Europa. Pode acontecer, mas é pouco provável. O Nilmar viria realmente para ficar.

Nesta quarta-feira, Nilmar voltou a manifestar o desejo de retornar para Porto Alegre. Em tom de brincadeira, disse que assinaria o contrato.

- Ô, presidente, vamos assinar o contrato agora. Eu ainda tenho desejo de permanecer na Europa, mas no Brasil a prioridade é do Inter - disse Nilmar para a Rádio Guaíba, dirigindo-se a Luigi. 

  Varjota  Esportes - Ce.  /    Globoesporte

Em conversa com torcedores, vice de futebol diz sobre R10: 'Está afastado' Paulo Cesar Coutinho condena fato de jogador não ter dado satisfação para não viajar e diz que camisa 10 não joga 'p... nenhuma'


 Ronaldinho Gaúcho está afastado do Flamengo. Essa foi a declaração dada pelo vice-presidente de futebol, Paulo Cesar Coutinho, a torcedores que foram pedir explicações sobre a ausência do camisa 10. A conversa com o dirigente registrada em vídeo aconteceu na porta do hotel onde o time está hospedado em Teresina, para o amistoso desta quinta-feira contra a seleção do Piauí. Um dos torcedores registrou o diálogo que aconteceu já na madrugada desta quinta, por volta de 2h. O afastamento, segundo Coutinho, deu-se pelo fato de o camisa 10 não ter dado satisfação por não ter embarcado com o grupo.
- Se ele ligasse: “Coutinho, estou mal de cabeça pelo caso da minha mãe”. Eu iria falar: “Pode segurar a onda”. Agora, não aparecer e não dar nenhuma satisfação?!
Um torcedor, então, diz:
- Acho que ele tem que ser afastado.
Coutinho, que momentos antes havia falado com Patricia Amorim no celular, responde:
- Acabei de falar com a presidente do Flamengo. Já está afastado. Patricia pediu para se desculpar com o povo do Piauí.
O vice de futebol segue o diálogo com o grupo de torcedores:
Ronaldinho desembarca no Rio na noite de quarta
(Foto: Alexandre Vidal / Twitter)
- Eu achei que ele poderia não vir por causa do problema com a mãe dele. Mas nem atendeu o telefone, nem ligou.
Quando um torcedor fala sobre uma suposta guerra entre Ronaldinho e Flamengo, Coutinho afirma:
- Quem você acha que vai ganhar? O Flamengo tem 100 anos. O Ronaldinho não joga porra nenhuma.
Ao surgir o nome de Joel, Coutinho diz:
- O Joel não está na discussão. Está chateado com que o Ronaldo fez também. Deixa ele fora dessa briga.
Por fim, Coutinho pede licença ao grupo com a alegação:
- Pessoal, ainda tenho que conversar com o Zinho para resolver justamente isso (sobre afastamento de Ronaldinho).

Ronaldinho passou dois dias em Porto Alegre para acompanhar a recuperação da mãe, dona Miguelina, que foi operada para retirada de um tumor. Ele foi liberado dos treinos pelo diretor de futebol Zinho, mas era esperado pela diretoria no Piauí. O jogador, no entanto, desembarcou no Rio de Janeiro, acompanhado pelo irmão e empresário Assis, no fim da noite dessa quarta-feira. Zinho disse, ainda no embarque da delegação, que não havia conseguido entrar em contato com o craque.
A ausência não justificada do camisa 10 repercutiu muito mal no Flamengo. A cúpula de futebol entende que deu todo apoio e foi compreensiva por conta da operação de Miguelina, mãe do jogador, ficando incomodada com o fato de Ronaldinho chegar ao Rio justamente quando a delegação estava a caminho de Teresina, sem comunicar seu paradeiro. 
   Varjota  Esportes - Ce.   /    Globoesporte

Seleção encara EUA no reencontro de Mano com o rival de sua estreia Treinador escala Neymar no lugar de Lucas, promove a estreia de Rafael no gol e planeja lançar Pato no segundo tempo do amistoso em Washington


O adversário é o mesmo da estreia em agosto de 2010. Naquele momento, Mano Menezes iniciava a sua trajetória na seleção brasileira. Agora, 22 jogos depois, os Estados Unidos vão cruzar novamente o caminho do treinador. Nesta quarta-feira, a partir das 21h (de Brasília), na FedEx Field, em Washington, o time canarinho terá pela frente os donos da casa, desta vez orientados pelo alemão Jürgen Klinsmann. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM, que também acompanha o duelo em Tempo Real.
Mano Menezes Brasil (Foto: Mowa Press)Mano Menezes orienta os seus comandados no treino de terça-feira (Foto: Mowa Press)
Na partida de 2010, o Brasil venceu por 2 a 0, com gols de Pato e Neymar. Os dois também estarão presentes em Washington, mas apenas o craque do Santos será titular. O camisa 11, por sinal, desembarcou nos Estados Unidos com outro status. O atacante pouco conhecido internacionalmente na estreia de Mano Menezes deu lugar ao melhor jogador do futebol brasileiro na atualidade.
- É o mesmo adversário, mas em outro momento. É claro que ele será lembrado como o adversário da minha estreia em um trabalho que começou em 2010 – afirmou o treinador.
Até bem pouco tempo, a atuação diante dos americanos em Nova Jersey era tida como a melhor da era Mano. Na opinião do treinador, realmente foi um grande jogo. Mas, para ele, as situações agora são bem diferentes.
- Fizemos um grande jogo, sem dúvida nenhuma. Encontramos um adversário no mês de agosto, com muitos jogadores retornando das férias. Existia uma diferença física que vai ser diferente nessa partida de agora – analisou.
De acordo com os organizadores da partida, que terá uma homenagem a alguns astros do futebol do país, como o ex-goleiro Tony Meola, já foram vendidos 60 mil dos 70 mil ingressos colocados à venda.
Duas alterações no time de Mano
Treinador orienta Neymar durante a atividade do
Brasil nesta terça-feira (Foto: Mowa Press)
O treinador decidiu fazer duas mudanças na equipe para o jogo desta quarta-feira. No gol, Jefferson dá lugar a Rafael, do Santos. E no ataque, Lucas deixa a equipe para a entrada de Neymar, que não participou da vitória por 3 a 1 sobre a Dinamarca, em Hamburgo, por ter atuado dois dias antes com a camisa do Santos.
Na coletiva na véspera do confronto, Mano fez questão de elogiar Lucas. Porém, na opinião do treinador, Neymar vive um momento mágico na carreira.
- O posicionamento tático básico é o mesmo contra a Dinamarca. A diferença é que Neymar vive um momento à frente do Lucas hoje, embora se tenha muita expectativa sobre o Lucas e eu me incluo nesse grupo. Mas temos que reconhecer que Neymar está em outro patamar.
Certo também é que o treinador mexerá na equipe no segundo tempo. Mano confirmou a intenção de utilizar Pato no duelo desta quarta-feira.
- O meu plano inicial é de utilizá-lo durante o segundo tempo. Mas o jogo de futebol é assim. Às vezes, você tem boas intenções, mas acaba tendo que mudar algumas coisas do planejamento - revelou o comandante.
A primeira vez de Klinsmann contra o Brasil
Quero que eles corram atrás daquelas camisas amarelas"
Klinsmann
Esta será a primeira oportunidade que o técnico Jürgen Klinsmann terá de enfrentar o Brasil como treinador. Na Copa da Alemanha, em 2006, a equipe canarinho sucumbiu antes de poder enfrentar os anfitriões, naquela época comandados pelo ex-atacante.
Mesmo com menos de um ano à frente dos Estados Unidos, Klinsmann tem tentado dar a sua cara à equipe. E, nesta quarta-feira, ele tentará superar os brasileiros em Washington.
- Estamos trabalhando muito duro. Quero que eles continuem com fome, quero que eles corram atrás daquelas camisas amarelas. É bom trabalhar com esses caras, infelizmente não os temos por mais tempo à disposição - disse o treinador alemão. 
  Varjota  Esportes - Ce.   /   Globoesporte
ESTADOS UNIDOS X BRASIL
Tim Howard; Steve Cherundolo, Geoff Cameron, Carlos Bocanegra e Fabian Johnson; Maurice Edu, Michael Bradley, Jermaine Jones e Landon Donovan; Clint Dempsey e José Torre.Rafael, Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião
Técnico: Jürgen KlinsmannTécnico: Mano Menezes
Árbitro: Silviu Petrescu (Canadá)
Auxiliares: Não divulgados
Local: FedEx Field, em Washington (EUA)
Transmissão: TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM transmitem a partida ao vivo. O site também acompanha o confronto em Tempo Real

Zinho revela papo com Ronaldinho: 'Ele disse que dívida não atrapalha' Diretor de futebol do Flamengo diz que chegou a dar a opção de um afastamento temporário ao jogador até que a pendência seja resolvida



O diretor de futebol do Flamengo, Zinho, disse nesta terça-feira que tem conversado com Ronaldinho Gaúchosobre o atraso no pagamento do salário do atacante. Apesar de o irmão e empresário do jogador, Roberto Assis, ter canal aberto com a presidente Patricia Amorim e o vice de finanças Michel Levy, o diretor virou uma espécie de interlocutor do jogador,que ainda não treinou esta semana, já que foi liberado pelo clube para ir a Porto Alegre ver a mãe, Miguelina, recém-operada para a retirada de um tumor.

O dirigente contou que recentemente teve uma conversa com R10 sobre o assunto. Quis saber do jogador se a pendência financeira prejudica o desempenho dele em campo e chegou a dar a opção de um afastamento.

- Eu perguntei para ele: está te atrapalhando? Quer ficar fora até resolver isso? Ele disse que quer que o clube acerte isso, como qualquer profissional gostaria, mas disse que isso não atrapalha o rendimento dele. Ele quer receber, mas disse que confia no clube. O clube está trabalhando para resolver o problema dele e outras pendências com jogadores. O clube está trabalhando para buscar recursos. É um trabalho nosso.
 
Ronaldinho Gaúcho no treino do Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)Segundo o diretor, Ronaldinho se colocou à
disposição mesmo com a situação indefinida
(Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Assis e Ronaldinho cobram cerca de R$ 5 milhões do Flamengo de salários e direitos de imagem. O clube, no entanto, diz que o valor é menor: R$ 2,25 milhões. O agente já notificou o Rubro-Negro extrajudicialmente e estuda levar o caso à Justiça.

Zinho disse que, como o camisa 10 se colocou à disposição para treinar e jogar normalmente, terá que assumir as responsabilidades.

- A partir do momento que definimos que ele vai confiar no clube, esperar o acerto, a cobrança é igual. A nossa diretoria está trabalhando muito para buscar soluções para os problemas financeiros para que os jogadores não tenham o que contestar.

Nesta quinta-feira, o Flamengo vai disputar um amistoso em Teresina, às 19h30m (de Brasília), contra a Seleção do Piauí. Parte da verba que será recebida pelo clube, cerca de R$ 700 mil, será usada para quitar prêmios atrasados dos jogadores. A participação de Ronaldinho Gaúcho é incerta. 

 Varjota  Esportes - Ce.   /   Globoesporte

O bi de Mané: há 50 anos, Garrincha iniciava conquista da Copa (e de Elza) História de amor e de sombras, de alegrias e tristezas, teve Copa do Mundo do Chile como cenário. Meio século depois, restam lembranças e dores


header 50 anos do Bi (Foto: arte esporte)
Um Garrincha em miniatura, de sete centímetros, encontra moradia na palma da mão de Elza Soares. Os óculos não são suficientemente escuros para esconder: o olhar dela é roubado pelo bonequinho. Ela fala com a imagem como se ali estivesse o próprio Mané, morto há quase três décadas.
- Querido... Você precisa me ajudar. Só eu posso te defender por aqui.
A cena tem um misto de beleza e tristeza. Faz sentido: toda a história de Elza Soares com Garrincha foi justamente um misto de beleza e tristeza. O conto de fadas encontrou seu choque de realidade. A cantora não foi sempre princesa; o craque teve seus momentos de sapo. A união dos dois resultou em um caso raro, para o bem e para o mal. E iniciado há exatos 50 anos, enquanto o Mané deixava adversários mais tortos do que suas próprias pernas para carregar o Brasil rumo ao bicampeonato mundial - trajetória que começou em 30 de maio de 1962, com vitória de 2 a 0 sobre o México em Viña del Mar.
Elza Soares, Brasil, 1962 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Elza e o Garrincha em miniatura: olhar roubado pelas lembranças (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Aquela Copa do Mundo uniu os dois. O destino deles foi desenhado no Chile, enquanto o mundo ficava boquiaberto com a genialidade daquele sujeito de drible fácil, de fala mansa, de vida simples. Conforme o Brasil avançava no Mundial, aumentava a proximidade entre Elza e Garrincha. Até que uma frase dele serviu como laço definitivo. Mané olhou para aquela mulata atrevida, sedutora, e avisou: “Eu vou ganhar a Copa para você”.
E ganhou. Garrincha foi o maior gênio daquela equipe, campeã invicta, com cinco vitórias e um empate. Quando Pelé se machucou, no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, o Mané concentrou em suas chuteiras todo o temor dos adversários diante de um futebol que parecia diferente de todos os outros – jogado com outra noção de tempo e espaço. Encantou o tempo todo. E foi decisivo no mata-mata.
Garrincha fez quatro gols: dois nas quartas de final, em vitória de 3 a 1 sobre a Inglaterra, outros dois nas semifinais, em triunfo de 4 a 2 contra o Chile. Tudo sob os olhos de Elza Soares, com a empolgação de um romance que ainda engatinhava.
Faz 50 anos. Depois de caminhar devagar, em passos quase de formiga, e se acomodar em sua poltrona preferida, com quadros de sua carreira ao fundo, Elza Soares se mostra incrédula com a rigidez da matemática.
- Passou tão rápido...
Elza Soares, Brasil, 1962 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Elza com quadro de Garrincha ao fundo: memórias
de 62 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ela olha em volta, como se procurasse o passado na sala de seu apartamento no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. É uma sala ampla, mas o passado não cabe ali. Está esparramado por vários cantos. Inclusive pelo Chile, onde, simplificados os fatos, tudo realmente começou.
- Eu lembro do Mané com febre antes da final. Lembro dele me dizendo que ganharia a Copa para mim. Foi o Mané que deu aquela Copa para o Brasil, e pouca gente lembra disso hoje. Para mim, eram 11 Manés dentro de campo. Eu lembro da pureza e da inocência dele: do quanto ele foi ingênuo, do quanto ele podia nos dar e do quanto ele nos deu.
Garrincha e Elza se conheciam desde antes do Mundial. Ela diz que foi convidada a defender Mané em uma campanha que presentearia o ganhador com um carro. Conta que recebeu um bloco de rifas para vender entre eventuais admiradores do craque. Comprou, ela própria, todos os números. A situação os aproximou.
Mas Elza Soares não foi ao Chile por causa de Garrincha. O que a motivou a ir ao Mundial foi o convite de um empresário uruguaio, disposto a transformar a artista em madrinha da Seleção Brasileira. Ver Mané foi complemento. Ela nega que tenha circulado livremente pela concentração, que tenha entrado com frequência no vestiário. Mas admite que esteve em ambos, mesmo que por pouco tempo.
 - Fui para o Chile para ser madrinha da Seleção, não para ver o Mané. Fui convidada por um empresário uruguaio, e aceitei. Fui assistir a dois treinos em Teresópolis e depois o visitei na concentração. Mas apenas conversávamos. É claro que tinha aquela coisa (entre Elza e Garrincha), mas não era nada ainda. No Chile, não ficava visitando o Mané na concentração. Não tinha isso. Sempre houve o respeito. Mas foi lá que o Mané me prometeu e me deu a Copa de presente. Fiquei com um pouco de medo. Não acreditei. Eu nem sabia direito o que era uma Copa...
Elza lembra que a relação se tornou pública por culpa de Di Stéfano, craque argentino que defendeu a Espanha – viajou para a Copa de 62, mas não foi a campo, por causa de uma lesão. Uma provocação dele rendeu uma reação de Garrincha. Pelas lembranças da cantora, Mané soube que o rival zombara dele, dizendo que o Brasil perderia o Mundial mesmo se tivesse 11 Garrinchas em campo.
- Contaram isso para ele num almoço. Aí ele se levantou e falou: “Gente boa, acabo de pedir a Elza em namoro e vou jogar para ela”.
Foram os tempos mais felizes para o casal. Depois da final, Elza invadiu o vestiário. Os jogadores estavam tomando banho. Mas ela diz que não viu ninguém nu. Só viu Mané.
- Eu estava louca para agradecer. Ganhei a Copa de presente. E o Mané foi aquela coisa sagrada em campo...
No abraço dos dois, parecia estar desenhado um futuro de alegria. Enquanto o Brasil celebrava a confirmação de que tinha o melhor futebol do planeta, o romance entre a artista de voz firme e o gênio de pernas tortas tinha um momento típico de filme.
Um filme de drama.
De amor e de sombras
Elza Soares e Mané Garrincha ficaram juntos mais de 16 anos, entre idas e vindas, até a morte do gênio. O alcoolismo dele fez duas vítimas: o próprio Mané e o relacionamento do casal. Nenhum deles resistiu ao vício do craque. O amor entre eles morreu primeiro, no final dos anos 70, depois de (mais) uma agressão de Garrincha a Elza. O ex-jogador deixou a vida em 1983 – driblou todo mundo, menos a si próprio.
Elza Soares, Brasil, 1962 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)História iniciada há 50 anos ainda mexe com Elza Soares (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Até o fim trágico de Garrincha, pequenos percalços paralelos minaram a vida do casal. O relacionamento deles parecia fadado a não dar certo. Eles caíram em uma roda-gigante de infortúnios: conforme o jogador mergulhava em decadência, a artista via os dedos da sociedade indicarem que ela era a culpada; conforme ela levava a culpa, se tornavam mais escassos seus shows e despencava a venda de seus discos; conforme ela perdia popularidade, diminuía o dinheiro; conforme diminuía o dinheiro, mais Garrincha bebia; conforme mais Garrincha bebia, mais difícil ficava sua recuperação, maior era sua decadência, maior era a culpa apontada para Elza.
A cantora, meio século depois de conhecer Garrincha, ainda se defende das acusações de que contribuiu para a ruína dele. Foi o contrário, argumenta ela. Elza diz que Mané não sabia o que fazer com o dinheiro que recebia - que mal compreendia por que era pago para jogar futebol. Garante que sustentava a casa, e inclusive os filhos do casamento anterior de Garrincha, com o que ganhava em sua carreira artística. Lembra que ele sequer tinha carteira de identidade até conhecê-la.
E lamenta que o relacionamento não tenha sido aceito. Elza diz que eles foram perseguidos, que mal podiam sair de casa, que desafiaram o conservadorismo da época.
- Os dois eram grandes ídolos. E isso incomodou. Eu cheguei incomodando como cantora, mulher, uma menina negra cheia de suingue e vontade. E o Mané era aquele índio maravilhoso que se tornou um grande jogador de futebol. Isso incomodava muito as pessoas. A gente fazia às claras o que todos faziam escondidos, debaixo dos panos. Acho que nem Nelson Rodrigues conseguiria descrever isso aí. Moralismo total...
Há relatos até de agressões. Elza chega a rir da situação.
Elza Soares, Brasil, 1962 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Elza relata histórias de perseguição pela relação
com Mané (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Teve uma ocasião em que fui ser madrinha de uma marca de elevadores, perto do morro da Mangueira. Quando descobriram que eu estava lá, não passava mas ninguém na rua. Era pau, era pedra... O vizinho viu que estavam tentando me agredir. Tive que subir um muro, umas grades... Isso tinha que ser filmado. Isso hoje daria um seriado do cão (risos). Eu subindo com as calças do cara amarradas. Era um cara gordão. Caí do outro lado da rua. Meu motorista deu a volta, foi me buscar do outro lado. Fiquei caída no meio da rua.
Também houve boas lembranças. No auge da Ditadura Militar, em 1969, o casal foi parar na Itália. Em Roma, recebeu a proteção de Chico Buarque, exilado no país. Foram tempos de conversas sobre música e futebol. Com Garrincha já aposentado, depois de passar rapidamente, sem sucesso, por diferentes clubes, a carreira de Elza foi o suporte do casal.
Mas, entre as lembranças, há mais motivos para chorar do que para rir, admite Elza. O alcoolismo de Mané parecia invencível. Elza não conseguiu superá-lo. Passados quase 30 anos da morte de Garrincha, a viúva dele não vê motivos psicológicos para o vício do craque. Ela duvida que ele bebesse por tristeza ou por alegria. Recorda que o próprio Garrincha dizia que aprendeu a beber quando tinha cinco anos. A influência foi do pai dele.
Depois da morte de Mané, Elza teria outra dor, ainda relacionada ao craque. O filho deles, Manuel Garrincha dos Santos Júnior, com apenas nove anos, perdeu a vida em um acidente de carro. Foi em 1986, três anos depois da morte do craque.
- Aquilo me enlouqueceu. Acabou a minha cabeça, acabou meu mundo. O Garrinchinha, para o Mané, era tudo. Tenho muita saudade do meu filho. E também do Garrincha, do jogador que ele era, do ser humano...
De Pelé a Ronaldo: incômodos e mágoas
Elza Soares, Brasil, 1962 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Elza Soares brinca com bola na sala de casa, no
Rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
A cena citada no início desta matéria, de Elza dizendo ao bonequinho de Garrincha que só ela pode defendê-lo, tem a ver com uma mágoa da artista. Ela acredita que Mané não é devidamente reconhecido por aquilo que fez pelo futebol brasileiro.
E isso inclui outros ídolos brasileiros. E inclui Pelé. E também Ronaldo. Para o Fenômeno, envolvido na organização da Copa do Mundo de 2014, Elza deixa um pedido.
- Eu vejo as pessoas falando da grande Copa. Ronaldo, gosto muito de você e te respeito muito. Mas queria que você também se lembrasse do Mané. Se vocês chegaram onde chegaram, foi porque existia uma cama feita para todo mundo.
Com Pelé, a mágoa soa maior. Ela gostaria que o Rei falasse mais de seu antigo colega de Seleção.
- Queria que falassem mais do Mané. Até o próprio Pelé. O Mané não vai competir mais com ele, até porque está morto. Está na hora de falar mais do Mané. Precisamos fazer uma grande homenagem ao Mané nessa Copa no Brasil. Isso está na história. Ninguém vai conseguir destruir.
Elza sugere que a relação entre Garrincha e Pelé não era das mais próximas. E garante que Mané jamais teve um pingo de preocupação em superar o camisa 10.
- O Mané nunca falou muito disso (da relação com Pelé). Nunca tocou no assunto. Ele não ligava muito para isso. Não tinha essa preocupação de ser o melhor. Ele falava: “Ô, gente boa, você quer ser rei, seja rei. Quer ser príncipe, seja príncipe. Eu não quero nada disso”. A ambição dele era muito pouca, ou nenhuma. Esse tipo de comportamento não trouxe nenhum benefício para ele. Isso era dele. Ele nunca teve grandes ambições. Ele não tinha noção nenhuma do tamanho dele. Não tinha noção do que ele era. Nunca se importou com isso. O Mané queria uma bermuda, um chinelo e uma camiseta. O Mané era índio.Todos sabem disso. Nunca quis terras, apartamentos, carros. Sempre teve uma vida muito tranquila.
Uma Copa ganha por Elza
Alegria e tristeza: romance viveu altos e baixos
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Elza Soares tem mais de 70 anos. Uma dica: não ouse perguntar a idade dela, tampouco chamá-la de senhora. Ela segue fazendo shows, apesar da dificuldade para caminhar, consequência de uma cirurgia na cervical. Mas a voz segue fiel, e ela espera que continue assim pelo menos até 2014. É ano de Copa do Mundo. E no Brasil. Com tantas lembranças ligadas à competição, Elza tem um sonho: quer cantar na cerimônia de abertura, como aconteceu no Pan-Americano do Rio, em 2007.
Até lá, quanto mais se fala em Copa, mais Elza lembra de 1962. Lembra de um Garrincha febril, à espera da final. E sente orgulho.
- Sem ele, o Brasil não ganharia aquela final. O Amarildo entrou no lugar do Pelé, mas quem ganhou essa Copa foi o Mané. E a de 1958 também. Fui há pouco para a Suécia, e o consagrado, o endeusado, é o Mane. Falam do Garrincha até hoje na Suécia. Ele é um deus.
Se tudo der certo, o Brasil será hexacampeão mundial dentro de dois anos, mantendo aquela linhagem dos tempos de Garrincha. Elza promete vibrar como só vibram aqueles que sabem o que é ganhar uma Copa do Mundo. E ela não tem dúvida: em 1962, com a promessa feita a ela por Mané, fez parte do título.
- Acho que a minha presença valeu muito para ele. Ganhei a Copa de 1962. Mas o Brasil todo ganhou. Aquilo foi lindo demais...   

 Varjota  Esportes - Ce.   /   Globoesporte