Brasil sofre com gigante canadense e perde a segunda na Liga Mundial Com grande atuação do oposto Schmitt, de 2,08m, seleção não resiste ao Canadá e cai em Toronto por 3 sets a 2 (25/23, 20/25, 25/20, 24/26 e 15/10)


Foram duas horas e treze minutos de instabilidade. Assim como na estreia, contra a Polônia, o Brasil desfilou uma série de erros diante do Canadá, pela segunda rodada do grupo B na Liga Mundial. Com uma equipe sem ritmo, Bernardinho usou todas as peças que tinha à disposição, mas a seleção sofreu. E muito. Encontrou um gigante do outro lado, o oposto Gavin Schmitt, de 2,08m, em tarde inspirada. Com 33 pontos, o atacante canadense liderou sua equipe em Toronto e impôs a segunda derrota dos brasileiros na competição, em 3 sets a 2, parciais 25/23, 20/25, 25/20, 24/26 e 15/10.
Em sua segunda partida no retorno à seleção, Ricardinho começou novamente como titular. Mas, depois de um início ruim, viu Bruninho assumir sua posição logo no primeiro set. Durante toda a partida, se revezou entre o banco e a quadra e, assim como o restante da equipe, sofreu com a instabilidade.
O Brasil volta à quadra neste domingo. A seleção se despede de Toronto contra a Finlândia, às 17h (horário de Brasília. O SporTV transmite o duelo ao vivo.
Theo e Maurício lamentam mais um ponto canadense na Liga Mundial (Foto: Divulgação / FIVB)
O jogo
Os passes não saíam, e o ritmo estava longe do ideal. Ricardinho tentava, mas errava o tempo. No levantamento para Lucão, uma bola baixa, sem chances para o ataque do central brasileiro. E a seleção enfrentava um oposto inspirado. Gavin Schmitt não encontrou problemas para superar bloqueio e defesa rivais e abrir 6/2 logo no início. Bruninho foi para quadra antes mesmo do primeiro tempo técnico, quando os canadenses venciam por 8/2.
O Brasil cresceu. Bruninho acertou bom passe para Dante, que diminuiu com uma pancada. O ponteiro foi para o saque, e a seleção ficou a apenas dois pontos do empate. Só que o Canadá disparou novamente. Até o final do set, com Ricardinho de volta à quadra, o Brasil teve algumas tentativas de reação, mas esbarrava nas próprias falhas de recepção. No total, os canadenses ganharam dez pontos de graça, apenas em erros dos rivais. Os brasileiros ainda salvaram dois set points, mas de nada valeu: 25/23.
No retorno à quadra, Dante explorou o bloqueio canadense e abriu o placar. E o Brasil voltou melhor. O bloqueio passou a funcionar, assim como a recepção. A parceria entre Ricardinho e Wallace também começou a dar liga. O oposto do Cruzeiro virava todas as bolas sem encontrar defesa no lado canadense. No saque de Howatson na rede, o Brasil fechou o set em 25/20 e empatou o duelo.
O terceiro set foi o da instabilidade. O Brasil começou bem, mantendo o ritmo da parcial anterior. Os passes de Ricardinho voltaram precisos para Wallace e Dante, mas o Canadá se recuperou. Abriu vantagem duas vezes, e a seleção de Bernardinho precisou buscar. Na terceira, porém, foi fatal. Em erros de Dante e Sidão, o Canadá chegou ao set point. Sozinho, sem bloqueio, Brinkman fechou: 25/20.
O Brasil voltou para o quarto set com uma formação totalmente diferente da do início da partida. Bruninho, Thiago Alves, Rodrigão, Theo e o novato Lucarelli, que fez sua estreia em Ligas Mundiais, ganharam a missão de forçar o tie-break. A seleção começou melhor e abriu 6/2, mas o Canadá voltou a encostar. Na pancada do incansável Schimtt, diminuiu a diferença para apenas um ponto: 8/7.
O bloqueio voltou a funcionar. Foram dois seguidos em cima de Schmitt e, depois de um erro de ataque do Canadá, a diferença voltou a ser confortável: 13/9. Mas os canadenses não desistiram. Chegaram ao empate com o mesmo Schmitt em 17/17. Howatson foi para o saque e, em uma pancada em cima de Serginho, fez 19/18 para sua seleção. Na marra, Thiago Alves cresceu e, com três pontos, conseguiu retomar a ponta para o Brasil.
Lucarelli mandou uma pancada para fora, mas o árbitro flagrou um toque dos canadenses na rede, e o Brasil chegou ao set point. Os canadenses salvaram, depois de um erro de Theo. Rodrigão devolveu a vantagem para o Brasil, que respirou na sequência, depois de ataque para fora de Howatson: 26/24.
No tie-break, o Brasil abriu dois pontos de vantagem em duas invasões canadenses. Só que os rivais não se importaram. Dono do jogo, Schmitt levou o Canadá a 8/4 com extrema facilidade. A equipe brasileira também ajudava. Theo errou quatro ataques seguidos, e os canadenses dispararam. A seleção ensaiou uma reação depois de um ace de Sidão, mas não passou de uma tentativa. Com um ataque para fora de Thiago Alves, o placar estava definido: 15/10. 
  
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