COM CHUVA, LAMA E POLÊMICA, VASCO E CORINTHIANS FICAM NO ZERO NO RIO Equipe carioca tem gol anulado e se revolta. Duelo que decide quem avança à semifinal da Libertadores será na próxima quarta, no Pacaembu


Com muita lama, chuva e um lance polêmico, Vasco e Corinthians empataram por 0 a 0 nesta quarta-feira, em São Januário, pelo primeiro jogo das quartas de final da Libertadores. Os cruz-maltinos, que tiveram dificuldades para penetrar no sólido sistema defensivo do Timão, reclamaram de um gol anulado de Alecsandro no segundo tempo, após a marcação de impedimento. Foi a primeira vez que o time da Colina não fez gol no ano. Já o atual campeão brasileiro segue como único invicto da competição. O jogo teve 17.259 pagantes (20.510 presentes) e uma renda de R$ 911.670,00.
No próximo duelo, quarta-feira, no Pacaembu, o novo empate sem gols leva a decisão para os pênaltis. Igualdade com gols favorece o time carioca. Quem passar deste confronto vai enfrentar na semifinal quem passar de Santos e Vélez Sarfield, que fazem nesta quinta, na Argentina, o primeiro jogo.
Em campo, os times fizeram uma partida nervosa e que foi prejudicada pelo estado do gramado, castigado pela chuva que caiu no Rio de Janeiro. Os jogadores também sofreram com a grande quantidade de lama no campo.
Muita lama e poucas chances de gol
Com o gramado molhado e enlameado por causa da chuva, a partida começou bastante truncada e com muitas faltas. Nos primeiros 25 minutos, a bola ficou parada 50% do tempo. Diante da dificuldade de entrar na defesa adversária, os dois times tentaram arriscar chutes de média e longa distância. Fábio Santos, pelo lado corintiano, e Romulo, pelo vascaíno, assustaram os goleiros.
Sem uma referência na frente, o Corinthians apostava na velocidade de Jorge Henrique e nas jogadas individuais de Emerson, mas os dois pouco ameaçavam. Bastante avançado, Alex também tinha dificuldade para passar pela marcação do Vasco. No time cruz-maltino, que tinha mais a iniciativa do jogo, Eder Luis e Fagner, pela direita, eram os que davam mais trabalho para os marcadores.
Jorge Henrique e Diego Souza disputam jogada, e Chicão observa (Foto: Livia Villas Boas / Ag. Estado)
No último lance da primeira etapa, houve a chance mais clara. O corintiano Alessandro recebeu sem marcação pela direita, entrou na área e bateu cruzado. A pontaria é que não foi boa. Até então, as melhores oportunidades foram em bolas paradas com Alex, do Corinthians, e Juninho, do Vasco. Fernando Prass e Cássio, no entanto, fizeram as defesas.

Aos 23 minutos de jogo, uma garrafa plástica foi atirada no gramado. O árbitro Sandro Meira Ricci paralisou o jogo para retirá-la após ser alertado por um dos assistentes.

Vasco tem gol anulado
A segunda etapa começou com mais emoção, principalmente porque o Vasco melhorou e passou a ser mais incisivo nos ataques. Logo no início, Diego Souza deu grande passe para Eder Luis, que recebeu em velocidade e finalizou. O chute de perna esquerda não saiu forte e facilitou a defesa de Cássio. Pouco depois, Juninho chegou na linha de fundo e rolou para trás na direção de Alecsandro, que foi travado por Chicão na hora do chute. Vendo que o time carioca levava perigo pela direita, Tite inverteu o lado de Jorge Henrique, que passou a ajudar na marcação por este setor.
A resposta corintiana veio em forma de blitz. Após tabela com Alex, Jorge Henrique deu um peixinho e só não fez o gol porque Prass salvou. No rebote, Ralf pegou de primeira e Rodolfo colocou o pé no caminho para desviar o trajeto da bola e colocar para fora.
Aos 26, o Vasco balançou a rede, mas não comemorou. Após um cruzamento de Thiago Feltri da esquerda, Diego Souza mandou de cabeça, Alecsandro desviou para o gol e marcou. O assistente Alessandro Rocha Matos assinalou impedimento. O time da casa reclamou que o atacante Emerson daria condição perto da lateral.
Para dar mais criatividade ao Vasco, o técnico Cristóvão Borges colocou Felipe e Carlos Alberto e tirou Juninho e Diego Souza. Já Tite apostou suas fichas na entrada de Douglas no lugar de Alex. O Vasco continuou mais perigoso e tentou pressionar até o fim. Carlos Alberto teve uma boa oportunidade, mas foi travado na hora de finalizar de frente para o gol. Nilton também esteve perto de marcar e foi atrapalhado pela zaga corintiana, que mais uma vez foi o ponto forte do Timão. 
  
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