O jogo de dois times atrás de reabilitaçãos sugeria uma partida truncada e sem muitas chances de gol. Mas Santos e Ponte Preta, dentro das suas limitações, fizeram partida para lá de emocionante neste domingo, na Vila Belmiro. No final, o Peixe encerrou a seca de quatro jogos sem gols e vitórias, e aos 40 minutos do segundo tempo conseguiu a suada vitória por 2 a 1, com gols de Bruno Peres e Miralles, além de Roger para a Macaca.
O resultado tirou o Alvinegro Praiano da zona de rebaixamento. Agora, o Santos soma 13 pontos, na 16ª colocação do Brasileirão, enquanto o time de Campinas estacionou nos 16 pontos, na 10ª posição.
A Macaca, aliás, que começou criando pouco e só se defendendo, cresceu no segundo tempo, complicou a partida e lutou até o último minuto pelo empate, mas amargou seu quarto jogo em jejum de vitórias.
A partida, que marcou a estreia como titular do garoto Victor Andrade, de 16 anos, reservou ao jogador um passe de letra para o primeiro gol santista, e uma substituição inusitada no segundo tempo, por um pedido dele mesmo, gerando protestos da torcida santista.
Agora, os dois times descansam durante uma semana para compromissos fora de casa. O Santos vai ao Recife no próximo domingo, para encarar o Náutico, no Estádio dos Aflitos, enquanto a Ponte Preta enfrenta o Cruzeiro, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, no mesmo dia e horário.
Santos domina e abre o placar
O Santos dominou as ações na etapa inicial. Em casa, o Peixe conseguiu se impôr sobre a Ponte Preta. Com Adriano recuado e atuando em alguns momentos na zaga, Henrique e Arouca eram os responsáveis pela transição e saída de bola, auxiliando Felipe Anderson na armação das jogadas. Tudo para municiar Bill e Victor Andrade, estreante como titular.
Fechada, a Ponte Preta não dava espaços para penetração. A fórmula encontrada pelos santistas foram os chutes de fora da área. Bill e Bruno Peres não levaram perigo, mas Henrique obrigou Roberto a fazer defesa no susto em uma bomba no centro do gol.
Já a Ponte Preta estava armada para os contra-ataques. Recuado, Baraka era o principal responsável pela contenção do ataque santista, auxiliado por Somália, segundo volante. Com isso, Renê Júnior tinha mais liberdade para ajudar Nikão na criação, mas todos estavam pouco inspirados. Com isso, Roger e André Luis tinham poucas oportunidades.
Assim, o jeito foi esperar os erros do Peixe. E um deles veio logo pelos pés de Aranha, identificado com a Ponte, clube em que atuou por muito tempo. O goleiro canhoto saiu jogando com o pé direito e deu presente para André Luis, que finalizou fraco e não aproveitou.
Depois disso, o time de Campinas praticamente só se defendeu até sucumbir. Bill e Felipe Anderson, duas vezes, tentaram, mas pararam ou na falta de pontaria, ou nas defesas de Roberto. O Santos precisava da ousadia de um Neymar para furar a defesa da Macaca, mas o craque está longe, com a Seleção em Londres. Quem veste sua camisa 11, no entanto, não deixou a desejar: Victor Andrade. O garoto de 16 anos fez o "algo mais" que a equipe precisava, ao dar passe de letra para Bruno Peres invadir a área e bater cruzado no canto direito de Roberto, abrindo o placar aos 37 do primeiro tempo.
O gol colocou fogo no jogo e acordou a Ponte Preta. Parecia que a Macaca precisava de um "chacoalhão" para voltar a ameaçar. E quase empatou com Roger, de falta, e André Luis, que parou em Aranha. O volante Somália por pouco não acertou o ângulo direito do goleiro santista em um chute forte de fora da área. E quando finalmente o time de Campinas conseguiu o empate com Marcinho, que substituiu Nikão, lesionado, o meia-atacante estava impedido.
Macaca cresce e empata
Precisando do resultado e há três partidas sem vencer, a Ponte Preta cresceu na volta para o segundo tempo. O time de Campinas adiantou a marcação e pressionou o Peixe na saída de bola, o que inicialmente surtiu efeito. Marcinho, em falta perigosa, só não marcou por conta de mais uma boa intervenção de Aranha.
Apesar da vontade da Macaca, poucas chances de gol eram criadas. Com o jogo truncado e o Santos mais cauteloso, o lance que animou a etapa final foi inusitado. Victor Andrade, um dos melhores em campo, pediu para sair. Muricy Ramalho, então, atendeu ao pedido do jogador e colocou o argentino Miralles em seu lugar, para desespero e vaias da torcida do Santos, que não entendeu a substituição. Léo e o próprio Victor Andrade pediram calma aos fanáticos, e explicaram que o garoto havia requisitado a mudança. O fato inusitado chegou até a arrancar risos do sisudo Muricy. No primeiro lance de Miralles, o atacante isolou uma finalização para muito longe, gerando mais vaias dos santistas.
Curiosamente, depois da substituição a Macaca voltou a crescer e pressionar. Marcinho, um dos melhores da Ponte, fez boa jogada individual, mas foi travado na hora da conclusão. Somália aproveitou a sobra e obrigou Aranha a fazer nova boa defesa.
Gilson Kleina, então, fez duas substituições: Caio no lugar de Renê Júnior, e Rildo na vaga de André Luis. O time de Campinas seguiu melhor e continuou pressionando. Em sequência, a Ponte criou três ótimas chances, e enfim chegou ao empate. Primeiro Tiago Alves desviou de cabeça para o travessão. Depois, Roger obrigou Aranha a fazer nova ótima defesa, em uma bomba de fora da área. Mas na última não teve jeito: Rildo enfiou Roger e o centroavante bateu no canto esquerdo do goleiro, sem chances.
O gol irritou os torcedores e o empate parecia certo na Vila Belmiro. Mas o Santos encontrou forças no fim para se superar e ainda vencer. Miralles, criticado e vaiado no momento da substituição no lugar de Victor Andrade, ganhou dividida de Roberto e, com o gol vazio, completou para as redes, aos 40 minutos do segundo tempo.
A Ponte até lutou, mas o Santos administrou a vantagem e segurou o resultado nos momentos finais.
Caio e Rildo entraram
Victor Andrade de fora da área Roberto edfende
20 minutos
Léo pediu calma, torcida vaiou Muricy deu risada
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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