Palmeiras define caso Valdivia até quarta; oferta do Qatar é analisada Sampaio reafirma que intenção é manter o Mago, mas, pressionado pela esposa, jogador pode sair. 'É a mulher que manda', diz o dirigente


Valdivia, em treino do Palmeiras (Foto: Ag. Estado)
O princípio de novela envolvendo a permanência ou não do meia Valdivia tem data para terminar. A janela de transferências do Qatar fecha à meia-noite de quinta-feira (18h de quarta-feira no Brasil), e um clube do país que fez sondagens sobre o camisa 10 do Palmeiras já enviou proposta oficial ao presidente Arnaldo Tirone. Os valores chegam perto dos 5 milhões de euros (R$ 12 milhões), e a pressão interna é grande para que o jogador seja negociado – mesmo com o clube faturando pouco com a transferência.
Nesta terça-feira, o gerente de futebol César Sampaio voltou a afirmar que existem apenas sondagens em relação a Valdivia, mas demonstrou surpresa pelas declarações do Mago após a vitória por 3 a 0 sobre o Náutico, no domingo – o jogador disse que “contrato existe para ser quebrado”. O principal entrave é mesmo financeiro, já que o Palmeiras quer recuperar pelo menos uma parte do investimento feito em julho de 2010 para repatriar o meia, que estava no Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
Os direitos econômicos de Valdivia estão divididos da seguinte forma: 54% para o Palmeiras, 36% para o conselheiro Osório Furlan Junior, e 10% para o próprio jogador. Em tese, o clube faturaria mais de R$ 6 milhões com o negócio, mas uma cláusula do contrato ainda pesa contra a negociação. Para liberar o Mago em 2010, o Al-Ain exigiu um ressarcimento caso o jogador fosse vendido no futuro para uma equipe do Oriente Médio – principalmente Qatar ou Emirados Árabes. Essa contrapartida preocupa os dirigentes.
–  O Palmeiras sabe o quanto investiu no Valdivia, mas tem muitos interesses por trás. Por enquanto tratamos como uma sondagem, mas tem até amanhã (quarta-feira) para resolver. Ele tem contrato até 2015, uma possibilidade de Libertadores, algo sólido. Mas pelo que ele disse, o maior problema é mesmo familiar – disse César Sampaio.
A gente sabe que em casa é a mulher que manda, então ela deve ter dito algo para ele"
César Sampaio
A mulher de Valdivia, Daniela Aranguiz, não quer mais voltar para o Brasil depois de um sequestro-relâmpago sofrido no início de junho. Ela está no Chile com os filhos do casal, e essa é a principal justificativa do Mago para cogitar a saída.
–  Eu mesmo não conseguiria ficar sem a minha família. O convívio familiar é importante para o atleta. Mas eu fiquei surpreso pelo fato de ele ter voltado a sorrir, as próprias declarações depois da Copa do Brasil, dizendo que ficaria. E agora voltou atrás. A gente sabe que em casa é a mulher que manda, então ela deve ter dito algo para ele – afirmou Sampaio.
Apesar do pouco tempo para a negociação se concretizar, o gerente de futebol diz que o prazo é o menor problema. Se o Palmeiras aceitar a proposta vinda do Qatar e o Mago acertar a parte salarial, o jogador deixará o clube sem maiores obstáculos.
–  Com o Valdivia querendo sair, e o valor atendendo aos interesses do Palmeiras, tempo é o de menos. Já vi negociações que duraram cinco, dez minutos. O caso do Obina mesmo, foi resolvido em duas horas. Quando os pilares são respeitados, a negociação sai com rapidez – ressaltou César Sampaio.
Valdivia não treinou nesta terça-feira, ficou em tratamento na sala de fisioterapia e depois fez uma leve sessão de musculação. O procedimento é normal com o jogador, que tem uma incidência maior de lesões e precisa de uma carga diferente de treinos. Sua presença no jogo de quinta-feira contra o Bahia, na Arena Barueri, é tratada como incerta.  

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