Imagine só a situação: você é diretor de futebol, função que contrata e rescinde com atletas e comissão técnica. Ao mesmo tempo, você também é auxiliar do treinador que você contratou. E na hora de demitir o técnico, como faz?
Esse dilema, Cerezo espera não passar no Maracanã, caçula da Primeirona Cearense na temporada 2013 (veja no vídeo).
- Sempre fui muito parceiro de todos os técnicos que passaram por aqui. A gente sabe que futebol é resultado e que isso pode vir a acontecer. Mas não espero passar nunca por essa situação. Se ocorrer, será feita com o maior profissionalismo possível - conta Cerezo .
Cerezo foi auxiliar técnico de Argeu dos Santos na última temporada, quando o Maracanã subiu para a Primeirona. O time da Região Metropolitana de Fortaleza foi campeão da divisão de acesso depois de bater duas vezes na trave. Em 2010, por exemplo, precisava apenas de um ponto em três jogos e não conseguiu.
- Tínhamos uma equipe relativamente boa e isso deixou engasgado o torcedor, e até nós mesmos que fazemos parte do Maracanã. Sentimos a obrigaçao de, no ano seguinte, começar a traballhar bem mais cedo, pra gente chegar bem na reta final, que era o ponto onde a gente acabava perdendo - admite o dirigente.
Cerezo admite que torcia pelo Ceará (Foto: Diego
Morais / Globoesporte.com)
Desafio é se manter na eliteMorais / Globoesporte.com)
Diferente do que aconteceu com os caçulas no ano passado (Crateús e Trairiense), o Maracanã não quer subir para, em seguida, ser rebaixado. Fundado em 2005, é um clube bem jovem e que tem que garimpar muito no mercado e usar a credibilidade financeira para não ficar para trás.
- Graças a Deus nós temos uma credibilidade muito grande com os atletas. Aqui sempre trabalhamos também como uma familia. Sempre procuramos pagar o pessoal em dia. A gente procurou trazer para o Maracanã atletas que são cidadãos. A gente observa muito o lado do atleta fora de campo. Para que lá dentro ele se sinta em casa - revela Cerezo.
A meta, segundo Cerezo, é se manter entre os seis primeiros e avançar para o hexagonal final para ter a oportunidade de enfrentar os grandes Ceará e Fortaleza. Por falar em grandes, o dirigente e auxiliar técnico admite que já torceu pelo Vovô, mas que agora seu amor é todo dedicado ao Maracnã.
- Eu era torcedor ferrenho do Ceará. Hoje sou torcedor do Maracanã porque a gente vai disputar juntos o mesmo campeonato. E eu vejo que muitos maracanauenses tomaram a mesma atitude. Hoje todo mundo que mora em Maracanaú tem orgulho de dizer que tem um time aqui para torcer.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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