Lodeiro brilha, Botafogo atropela o Audax e encosta no líder Vasco Uruguaio faz um gol e participa de outros dois na vitória por 4 a 0. Bolívar marca pela terceira vez em quatro partidas na Taça Guanabara




Pressionado por dois empates consecutivos, o Botafogo assumiu uma postura diferente e foi muito mais eficiente na tarde desta quarta-feira, no triunfo por 4 a 0 sobre o Audax (confira os gols), em Moça Bonita, pela quarta rodada da Taça Guanabara. O embalo teve o brilho deLodeiro, que fez um golaço e ainda participou de outros dois. Fellype Gabriel, Bruno Mendes e Bolívar completaram a melhor apresentação do time no ano.
A superioridade foi reconhecida pela própria torcida, que deu trégua na briga com o técnico Oswaldo de Oliveira e cantou músicas especiais para Vitinho, definindo-o como melhor do que o Neymar, e Bolívar, com a letra que foi de Dodô: "Uh, tá maneiro, o Bolívar é artilheiro".
O Botafogo pulou para a vice-liderança do Grupo A, com oito pontos, mas pode ser ultrapassado pelo Friburguense, que tem seis e enfrenta o Fluminense às 22h. O líder é o Vasco, que tem nove e pega o Flamengo nesta quinta. O Madureira, que bateu o Macaé por 2 a 1, também soma oito pontos, mas leva a pior no critério de saldo de gols. O Audax tem sete pontos no Grupo B, assim como Fluminense e Flamengo, mas ocupa o terceiro lugar.
O meia Andrezinho afirmou que o modo como a vitória saiu foi o mais importante.
- Acho que precisamos de uma vitória dessas, convencer da forma que convencemos. O espírito é esse, marcação forte, não diminuir o ritmo. Agora precisamos da vitória em Macaé para selar uma classificação que a gente vem lutando muito - resumiu.
Lodeiro comemora gol do Botafogo sobre o Audax (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Lodeiro comemora seu gol sobre o Audax (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Muitos erros e embalo com Lodeiro
Menos de uma semana depois, o Botafogo voltou a Moça Bonita e encontrou um campo ainda mais castigado e queimado, muito pelo princípio de excesso de uso. Consequência disso ou não, o duelo começou truncado, com erros e jogadas ríspidas. A marcação do time de Oswaldo de Oliveira era falha, e o Audax assustava, como em chute de longe de Andrade, que Jefferson espalmou, e em erro de saída do goleiro, mais tarde, salvo por Bolívar.
Aos poucos, porém, pelos pés de Lodeiro as chances começaram a pintar claramente para o Botafogo. Aos 21 minutos, o uruguaio abriu o placar com uma bomba de fora da área, que achou o ângulo direito. Com mais qualidade, o Glorioso se impos e aproveitou para ampliar, aos 34: Lodeiro roubou a bola e tocou para Fellype Gabriel concluir em batida cruzada. A partir daí, o mandante já tropeçava nas falhas do gramado e protagonizava lances bizarros.
Banho de bola alvinegro
O técnico Maurício Barbieri tentou mudar o panorama do jogo com a entrada do atacante Ivan Junior na vaga do meia Hyuri, um dos mais participativos da equipe, sempre pelo lado direito. E, por necessidade, troucou o goleiro Douglas Leite, machucou, por Rafael. Mas logo recebeu um balde de água fria com o terceiro gol. Lodeiro, novamente, assistiu Vitinho, que arriscou já de dentro da área e, após rebatida da defesa, Bruno Mendes desencantou na temporada.
Seedorf na partida do Botafogo contra o Audax (Foto: Satiro Sodré / Agif)Seedorf estreou no acanhado estádio de Moça 
Bonita nesta quarta (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Sem reação, o clube de São João de Meriti se desorganizou de vez e abriu caminho para o pequeno show alvinegro. Bolívar fez questão de anotar o seu, ratificando a fama de zagueiro-artilheiro: são três em quatro rodadas. A trama ensaiada foi semelhante à que resultou em gol sobre o Duque de Caxias, na estreia, só que, agora, pelo alto. O Botafogo ainda colocou duas bolas na trave no mesmo ataque, com Vitinho, em grande jogada individual, e Andrezinho, da meia-lua, além da ilustre presença de Seedorf, que entrou aos 26. Vitinho teve também um gol anulado por impedimento.
Num período em que o Audax esteve perto de reduzir o placar e desperdiçou pelo menos duas oportunidades, devido ao relaxamento do visitante, o holandês assumiu a batuta e distribuiu passes açucarados em sua primeira tarde na acanhado estádio da Zona Oeste carioca. Mas Jadson, na principal chance, se enrolou todo. E o próprio camisa 10, aos 38, dominou na área, enganou o zagueiro, mas errou o alvo por pouco. 

 Varjota   Esporte - Ce,            /          Globoesporte

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