Rivaldo vende Mogi para empresário e fica livre para fechar com o Azulão Atleta negocia seus 50% do clube com Hélio Vasone Júnior, que já detinha a outra metade. Meia está com a proposta do São Caetano em mãos


Rivaldo estava à frente do Mogi Mirim desde 2010
(Foto: Reprodução / Globo Nordeste)
Nada mais impede Rivaldo de decidir seu próximo clube. O último empecilho era o vínculo com o Mogi Mirim, onde era presidente e possuia direito sobre metade do clube. O problema foi resolvido com a venda de 50% para o empresário Hélio Vasone Júnior, proprietário da empresa Energy Sports,  que gerencia a carreira de atletas. Assim, o pentacampeão fica ainda mais perto do São Caetano.
Com a negociação, Vasone passa a ser dono do Mogi, uma vez que já era detentor de 50% do Sapo. O valor da transação não foi divulgado. Estima-se que tenha girado em torno de R$ 8 milhões. O anúncio oficial e os detalhes da nova administração serão passados durante a entrevista coletiva nesta terça, quando o Sapo também vai apresentar o elenco para a disputa do Campeonato Paulista.
As negociações entre Rivaldo e Vasone começaram no final do ano passado. Desde a última semana, o empresário já responde sozinho pelo Mogi Mirim, tanto que ele foi o representante do Sapo em um evento com patrocinadores da Federação Paulista de Futebol (FPF). A Energy Sports começou a ganhar espaço no clube na última temporada, quando foi responsável por montar o elenco campeão do Interior e posteriormente o grupo que subiu para a Série C. O lateral-esquerdo João Paulo, hoje no Flamengo, e os volantes Baraka, agora na Ponte, e Renê Júnior, reforço do Santos para 2013, chegaram ao Sapo por intermédio da Energy.
No início da tarde desta segunda-feira, Rivaldo já havia deixado no ar alguma novidade sobre sua situação junto ao Sapão.
- Gostaria de informar que amanhã (terça-feira) teremos uma definição sobre minha permanência no Mogi Mirim. Meu advogado Wilson Bonetti estará me representando – escreveu Rivaldo no Twitter.
Rivaldo estava no comando do Mogi em 2010. Sua passagem extra-campo pelo clube, porém, foi marcada por decisões polêmicas. A principal delas foi a troca do nome do estádio de João Paulo II para Romildo Ferreira, nome do pai do pentacampeão. Ele também prometeu defender a equipe no Paulistão de 2011, mas, antes mesmo de reestrear pelo Sapo, foi seduzido por uma proposta do São Paulo. Durante a trajetória no Tricolor, até o fim de 2011, e depois no período em que defendeu o Kabuscorp, da Angola, Rivaldo ficou licenciado da presidência. Wilson Bonetti foi o seu substituto.
Fora do Mogi, Rivaldo fica livre para dar sequência à carreira de jogador. Seu provável destino é o São Caetano. Com uma proposta em mãos, ele tem tudo apalavrado com o Azulão e só esperava se desligar oficialmente do Sapo para confirmar o acerto. O Santa Cruz também sonha com o retorno do meia, mas reconhece que as chances são mínimas.
rivaldo brasil bélgica copa do mundo 2002 (Foto: Agência Getty Images)Rivaldo foi pentacampeão com a Seleção, em 2002 (Foto: Agência Getty Images)
A carreira de Rivaldo
O São Caetano será o 14º clube da carreira de Rivaldo Vitor Borba Ferreira. Revelado na base do Santa Cruz, em 1991, ele se destacou pelo Mogi Mirim, no time que ficou conhecido como Carrossel Caipira, em 1992. Depois, passou por Corinthians e Palmeiras, onde se projetou para o futebol europeu.
Rivaldo assinou com o La Coruña, mas ficou apenas uma temporada, já que se transferiu em seguida para o Barcelona. No Camp Nou, viveu seu auge, ao ser eleito melhor jogador do mundo em 1999. Trocou o clube catalão pelo Milan após a Copa do Mundo de 2002.
Sem sucesso na rápida passagem pela Itália, o pentacampeão voltou ao Brasil para atuar pelo Cruzeiro, em 2004. A passagem pelo futebol mineiro durou apenas um semestre, até que Rivaldo decidiu voltar à Europa. Por lá, defendeu Olympiakos e AEK Atenas, da Grécia. Também jogou pelo Bunyodkor, do Uzbequistão, da Ásia.
O jogador voltou ao Brasil em 2011 para defender o Mogi Mirim, após assumir a presidência do Sapo, mas acabou acertando com o São Paulo, a pedido do amigo Rogério Ceni. No Morumbi, ficou por um ano e se envolveu em polêmicas com o técnico Paulo César Carpegiani. No fim de 2011, sem contrato com o Tricolor, partiu para a Angola.
Além da trajetória nos clubes, Rivaldo brilhou pela Seleção. Estreou com Carlos Alberto Parreira, no início dos anos 90, e foi titular a partir do título da Copa das Confederações, em 1997. Com a camisa amarela, o meia disputou duas Copas e ganhou uma, em 2002. Participou do elenco canarinho até as Eliminatórias da Copa de 2006. 

 Varjota  Esportes - Ce.           /           Globoesporte

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