Mais dinheiro, sede no Brasil e rebelião contra Conmebol: Liga Sul-Americana 'ataca'


 Santa Fé é o grande campeão da Sul-Americana
© Getty Santa Fé é o grande campeão da Sul-Americana
Com mais de 30 clubes presentes no estádio do Morumbi, em São Paulo, a Liga Sul-Americana de Clubes realizou a sua terceira reunião nesta quinta-feira para discutir, dentre outros assuntos, a divisão do dinheiro arrecadado pela Conmebol com a Libertadores e outras competições. Uma das exigências é para que as cotas pagas ao mandantes por partida cheguem a US$ 900 mil (R$ 3,1 milhão).
Foi feita a sugestão para que os encontros sejam centralizados no Brasil. Porto Alegre, que, a princípio, havia sido indicada como sede, é uma das alternativas.
Mesmo com aumento recente após pressão inicial, o valor hoje não supera U$$ 600 mil (R$ 2,1 milhões) por jogo.
Em termos de comparação, a receita segue sendo inferior aos estadios mais lucrativos do país, caso do Paulistão, por exemplo.
"É um absurdo. a Libertadores, em termos técnicos, é o principal campeonato da América do Sul, mas paga tão pouco a ponto de pagar menos do que um campeonato estadual", desabafou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.
O Corinthians não quer que seja estabelecido um teto para aumento do repasse.
A estimativa atual é de que a Conmebol entregue aos times somente 1/3 de toda a grana faturada com acordos de publicidade e, sobretudo, de direitos televisivos.
"Não dá para falar que estamos insatisfeitos porque era mais do que tinha, mas achar que é o ideal, não", afirmou o mandatário alvinegro Roberto de Andrade. "A meta é o máximo que puder. Conmebol não tem dono. Os donos são os clubes. O dinheiro tem que ser para eles. Quem faz o evento são os clubes. Não tem sentido isso", prosseguiu, antes de falar sobre a abertura dos números pela entidade.
"É isso que queremos saber porque também não sabemos. A negociação não é feita com os clubes. É direto com a Conmebol e sem qualquer transparência. Não tenho dúvida de que isso está errado. Somos nós que participamos", completou.

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Modesto Roma, do Santos, também fez coro aos colegas.
"Não podemos ser comandados. Temos de comandar", disse.
Como prévia do encontro, uma reunião entre os advogados dos clubes aconteceu na última quarta-feira, também em São Paulo, para definir o seu estatuto. Existe a possibilidade de que pesos diferentes sejam distribuído às equipes.
"Temos essa discussão sobre o estatuto, se seguiremos um modelo europeu ou outro, mais peso aos clubes tradicionais, por exemplo. Nada disso está fechado", explicou Romildo Bolzan Jr., do Grêmio.
Foram realizados anteriormente eventos em Montevidéu e Buenos Aires - o primeiro com a presença de brasileiros.
Hoje, vieram ao todo representantes de 11 times locais ao Morumbi - além do anfitrião São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter.
A expectativa é encaminhar as pautas para marcar uma ida à Conmebol. 

  Varjota  Esportes - Ce.           /          MSN.

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