A paralisação do futebol brasileiro caminha para a conclusão da terceira semana e os reflexos já são notados nas equipes, jogadores e agora até nas instituições que organizam o esporte. A Liga do Nordeste é a primeira a admitir que alguns patrocinadores suspenderam pagamentos. A revelação foi feita pelo presidente Eduardo Rocha em entrevista ao Diário de Pernambuco e confirmação ao Esportes O POVO.
Questionado sobre o valor que a Liga deixou de receber, o dirigente disse que “ainda não há um número preciso, pois alguns ficaram de resolver a situação dentro de até 25 dias”, mas garante não ser um valor muito representativo. “Nada que não seja recuperado quando a competição for retomada”, disse o presidente.
Dessa forma, o repasse aos clubes referentes à primeira fase da competição também não sofreu impacto significante, mas algumas coisas ficaram pendentes. O Ceará, por exemplo, que deveria ter recebido R$ 2,2 milhões tem ainda algo pendente a receber junto a Liga, mas a quantidade é irrisória, segundo o diretor financeiro do clube. Já o Fortaleza tinha como cota inicial R$ 1,7 milhões e alega ter recebido o valor na integralidade.
“Nós já recebemos praticamente o referente ao que nós entregamos, que foi 87,5% da competição referente à primeira fase. Ficou faltando apenas uma rodada, que não foi por culpa nossa. Com isso tivemos pequenas dificuldades, mas estamos contornando. Aos clubes o que prometemos entregar, nós entregamos. Um repasse proporcional a primeira fase”, destacou Eduardo Rocha, ao DP.
Para as fases seguintes do torneio, a Liga do Nordeste ainda terá que distribuir R$ 5,4 milhões de reais. Diferentemente da primeira fase, em que as cotas variam por categorias, das quartas de final em diante os valores são igualitários.
Sobre a quantidade de patrocinadores a suspender o pagamento, Eduardo Rocha disse que não poderia comentar por questões de confidencialidade contratual, mas aproveitou para destacar que nenhum contrato com a Liga foi rompido.
Quanto ao retorno da Copa do Nordeste, o presidente da Liga disse estar aguardando a CBF se pronunciar sobre o assunto. “Óbvio que não depende dela porque ninguém sabe quando as coisas vão normalizar”, disse, no entanto.
Varjota Esportes - Ce. / O Povo.
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