Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do São Paulo, comentou sobre a Democracia Corintiana, em entrevista ao site Infobae, da Argentina, e fez elogios a Socrátes, grande nome do clube alvinegro que faleceu em 2011.
“O Corinthians é meu maior rival aqui (no Brasil). Sócrates era um fenômeno, uma besta como jogador. Foi um momento muito particular da sociedade brasileira”, declarou o ex-zagueiro, que hoje é dirigente do São Paulo ao lado de Raí, irmão de Sócrates. “Ele tinha uma forma de se expressar, um carisma e uma preocupação social notável".
Lugano ainda fez uma ponderação, citando o caso de Emerson Leão, que foi seu treinador no time tricolor.
“Eu também escutei Emerson Leão, uma personalidade forte, que era parte da Democracia. Disse que era muito linda a Democracia Corintiana, mas que não o deixavam treinar”, afirmou.
“É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar, e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas temos que dar a dimensão necessária.”
Outro assunto abordado na entrevista foi a presença de jogadores homossexuais no futebol. Lugano falou que já atuou com um atleta gay, mas não revelou o nome ou em qual time.
“Eu tive um companheiro homossexual e houve polêmica a princípio, mas depende muito da conduta. Se é eficiente, se é boa pessoa, se faz seu trabalho e não prejudica ninguém, não importa (a orientação sexual)”, afirmou.
“O futebol teoricamente é um ambiente machista, creio que todos tivemos uma experiência de ter compartilhado (o trabalho) com algum jogador homossexual. Que faça o melhor de sua vida para ser feliz. Vejo de forma muito natural.”
Varjota Esportes - Ce. / MSN.
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