Paulo Henrique Ganso tem tudo para se tornar um grande maestro no São
Paulo. Não à toa, a sua estreia levou 62.207 pessoas ao Morumbi neste domingo,
dando ao clube um novo recorde de público neste Campeonato Brasileiro. Mas quem
assegurou a vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Náutico, pela 36ª rodada, foi
o maior de todos os comandantes do Tricolor: Rogério Ceni (Luis Fabiano fez o
outro).
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Com o resultado, o São Paulo foi a 62 pontos, manteve a quarta colocação
e se garantiu na fase prévia da Libertadores, beneficiado pela derrota do
Botafogo para o Sport. O Tricolor sonha terminar o Brasileiro em segundo para
entrar diretamente na fase de grupos do torneio sul-americano. O Náutico,
por sua vez, segue com 45 pontos, ainda com risco pequeno de rebaixamento à
Série B.
Em sua estreia, Ganso, obviamente, não teve uma atuação brilhante. Ainda
sem ritmo de jogo, o meia tocou muito de lado e arriscou alguns lançamentos e
passes mais ousados. Não estava fácil para o camisa 8 e para ninguém do
Tricolor, tamanha era a retranca do Timbu. O jogo só fluiu mais para os donos
da casa, melhores o tempo todo, quando Ceni virou a partida.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, a penúltima da competição, o
São Paulo encara a Ponte Preta, em Campinas, às 17h, no domingo. No mesmo dia e
horário, o Náutico visita o Bahia, no estádio de Pituaçu, em Salvador.
Ganso entra em campo no lugar de Jadson
no segundo tempo (Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)
Retranca x posse de bola
Se nas arquibancadas do Morumbi havia mais de 62 mil são-paulinos, a impressão que o São Paulo teve dentro de campo era de que o Náutico estava com milhares de defensores. Na retranca, o time pernambucano deu muito pouco espaço aos donos da casa. Do outro lado, Rogério Ceni foi um mero espectador.
Se nas arquibancadas do Morumbi havia mais de 62 mil são-paulinos, a impressão que o São Paulo teve dentro de campo era de que o Náutico estava com milhares de defensores. Na retranca, o time pernambucano deu muito pouco espaço aos donos da casa. Do outro lado, Rogério Ceni foi um mero espectador.
Com 68% de posse de bola no primeiro tempo, o Tricolor finalizou dez
vezes. Quem mais tentou pelo lado são-paulino foi Lucas. Com cinco chutes a
gol, o meia-atacante foi a principal arma do time anfitrião. Paulo Miranda, de
volta à lateral direita, também fez um ótimo primeiro tempo.
Diante da dificuldade pelo meio de campo, as jogadas pelas laterais
apareciam como alternativa. Foi assim com Paulo Miranda, com Cortês e também
com Osvaldo. O atacante apareceu algumas vezes pela esquerda na tentativa de
surpreender a zaga do Timbu. Mas faltava capricho nas finalizações.
Em dia de festa pela presença de Paulo Henrique Ganso no banco de
reservas, a torcida do São Paulo manteve a paciência. Mas aos 30 minutos deixou
o seu recado ao técnico Ney Franco: “Ô lê, lê, ô, lá, lá, o Ganso vem aí e o
bicho vai pegar”. O meia talvez fosse capaz de ajudar a furar a retranca
pernambucana.
Retranca, aliás, que veio com um toque de catimba. Aos 43 minutos, Luis
Fabiano atingiu o braço no braço de Alemão, mas o jogador do Náutico caiu
colocando a mão no rosto. O árbitro, então, puniu o camisa 9 do São Paulo com o
cartão amarelo. A torcida, eufórica, novamente apoiou e gritou o nome do
jogador.
Wellington, do São Paulo, recebe a marcação de Souza, do Náutico (Foto:
Marcos Bezerra / Agência Estado)
Ceni: sempre com a batuta
A expectativa dos torcedores do São Paulo era de que o time voltasse para o segundo tempo com Paulo Henrique Ganso. Mas a única alteração foi a entrada de Edson Silva no lugar de Rafael Toloi. O zagueiro sentiu o tornozelo durante a etapa inicial e não teve condições de voltar ao campo.
A expectativa dos torcedores do São Paulo era de que o time voltasse para o segundo tempo com Paulo Henrique Ganso. Mas a única alteração foi a entrada de Edson Silva no lugar de Rafael Toloi. O zagueiro sentiu o tornozelo durante a etapa inicial e não teve condições de voltar ao campo.
É claro que a ausência de Ganso causou frustração nos mais de 60 mil
são-paulinos, muito embora o planejamento fosse para que o meia entrasse com a
etapa final em andamento, mas o gol do Náutico, aos três minutos, foi pior.
Souza, em cobrança de falta, acertou o canto direito de Rogério Ceni.
Se a frustração tinha sido em dose dupla, a euforia foi compensada da
mesma maneira. Aos nove minutos, o técnico Ney Franco chamou Paulo Henrique
Ganso para entrar no lugar de Jadson e “explodiu” o Morumbi, que segundos
depois viu Luis Fabiano cabecear após cruzamento de Osvaldo e empatar a
partida.
Em campo, o maestro Paulo Henrique Ganso passou a ser a referência do
time. A maioria das bolas começaram a passar por ele, que arriscou alguns
toques rápidos e lançamentos de longa distância. Mas a virada saiu dos pés de
alguém que está bem acostumado a ser estrela: Rogério Ceni, o maior regente da
torcida tricolor.
O goleiro fez 2 a 1, de pênalti, aos 26 minutos. Quem sofreu a
penalidade foi o artilheiro Luis Fabiano, depois de linda jogada individual de
Lucas. Com mais um gol, Ceni chegou a 107 na carreira. Recentemente, aliás, o
camisa 1 renovou seu contrato com o Tricolor até o fim de 2013.
Sem poder ficar mais na retranca, como na maior parte do jogo, o Náutico
teve de sair um pouco da defesa e deu mais espaços ao São Paulo. Só que o
placar final não saiu do 2 a 1 para os donos da casa, que festejaram a volta à
Libertadores.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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