O Corinthians apresentou nesta terça-feira pela manhã, no Museu do
Futebol, em São Paulo, seu novo patrocinador principal. O clube estampará a
marca da Caixa Econômica Federal em seu uniforme até o fim da temporada de
2013, com direito de renovação até fim de 2014 (os contratos já estão acertados
para que isto aconteça). O valor total envolvido na transação chegou a R$ 31
milhões anuais. O clube receberá R$ 1 milhão esse ano e mais R$ 2,5 milhões por
mês a partir de 2013.
Presidente posa com Danilo, Romarinho e Zizao na exibição da camisa do
Corinthians com novo patrocinador (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O evento contou com a presença do presidente do Corinthians, Mário Gobbi
Filho, do vice Luis Paulo Rosenberg e do diretor de marketing do clube, Ivan
Marques. Representaram o banco o vice de finanças e mercado Marcio Percival e o
diretor de publicidad Clauir Santos. Rosenberg, aliás, aproveitou para mandar
um recado para os opositores, que alimentam rumores de que o clube recebeu
ajuda de Andrés Sanches e do ex-presidente Lula para conseguir patrocinador.
- Essa parceria não tem pai e nem mãe! Quem conseguiu foi o Corinthians!
Não tem varinha mágica! O Corinthians trouxe o parceiro pela força do
Corinthians! Que isso fique claro aqui! - revidou.
Mário Gobbi na apresentação do patrocinador
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A exibição do logotipo da empresa na camisa alvinegra começa a ser feita
neste sábado, no clássico contra o Santos, às 19h30m, no Pacaembu, pela
penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. A empresa será também a única no
manto corintiano no Mundial de Clubes, já que a Fifa proíbe mais de uma
propaganda – Fisk (barra) e Tim (número) não estarão.
A responsabilidade de apresentar a camisa principal do Timão com o novo
patrocinador ficou para o atacante Zizao. Ele subiu ao palco no fim da
cerimônia acompanhado por Romarinho, que vestia o uniforme reserva, preto, e
Danilo, de camisa cinza.
A presença do chinês chamou atenção dos fotógrafos e até de uma
jornalista chinesa, que indagou o presidente Mário Gobbi e o vice, Luiz Paulo
Rosenberg, sobre iniciativas de marketing na China. Rosenberg afirmou que, além
da contratação de Zizao, outros tipos de parcerias com o país foram estudados e
iniciados, e deverão ser consolidados em 2013, embora tenha usado uma expressão
pouco delicada para definir os atletas chineses.
- A Fiel se apaixonou pelo Zizao, a repercussão dos minutos que ele
jogou, numa partida sem importância, foi enorme. E mérito para o Tite e para o
Edu. Naquele país de pernas de pau, o que eles viram de vídeo para achar o
Zizao não foi brincadeira. Nós fizemos viagens à China, alguns projetos de
intercâmbio, mandamos dois treinadores de primeira linha para o esporte amador
do país. E isso deve se intensificar no próximo ano - disse o vice.
Sete meses
sem patrocínio máster
O Timão estava sem um patrocinador máster desde que foi eliminado pela
Ponte Preta nas quartas de final do Campeonato Paulista, em abril. Neste
período, o clube fez ações pontuais com outras empresas, como a Iveco, nos
últimos jogos da Libertadores. A Apito Promocional, parceira em rodadas do
Brasileirão, deve cerca de R$ 900 mil ao clube por não pagar parcelas do
acordo.
O período sem o patrocínio principal trouxe algum desconforto entre os
dirigentes corintianos, principalmente com o atual vice e ex-diretor de
marketing Luis Paulo Rosenberg, desafeto da cúpula que dirige o futebol,
formada por Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves. Havia uma grande
pressão sobre o setor para que um novo contratado fosse obtido antes do
Mundial.
- Patrocínio não é fazer um lance na padaria. A camisa do Corinthians
tem um valor, queridos! Eu não vou vender a camisa por um preço vil. Por isso,
ficamos oito meses sem patrocínio. Arriscamos até o fim e vencemos. Não tem
preço o valor de um anúncio na camisa do Corinthians. É um dos maiores cartazes
de propaganda do Brasil e caminha para ser do mundo. As pessoas precisam vestir
as sandálias da humildade e confiar no trabalho que está sendo feito. Como nós
subimos muito, esse é o maior patrocínio do futebol brasileiro. Não se compra
na esquina - justificou Rosenberg, em tom duro.
O contrato prevê ainda ações em áreas que envolverão a torcida do
Corinthians. A Caixa será a responsável por centralizar as movimentações
financeiras do clube e, no futuro, deve lançar um cartão de crédito voltado aos
alvinegros. A intenção do clube é de que ele seja o único a ser utilizado nas
vendas de ingressos pelo plano Fiel Torcedor.
- Vamos marcar uma reunião mais detalhada para a próxima semana. A venda
de ingressos pode estar nessa pauta. Temos também interesse na
internacionalização da marca. A ida do clube para o Mundial com certeza pesou
nessa decisão - explicou José Henrique Marques da Cruz, vice-presidente de
distribuição, atendimento e negócios da Caixa.
Alavancado pelo contrato de R$ 38 milhões com o antigo anunciante, o
Corinthians especulou no mercado que só aceitaria ofertas acima de R$ 50
milhões por toda a camisa – R$ 35 milhões somente pelo espaço maior -, mas não
conseguiu atingir a meta.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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