Uma emocionante virada nos acréscimos, em Maceió, fez com que a angústia
de CRB e Guarani dure mais uma semana, até a última rodada da Série B do
Campeonato Brasileiro. Com um jogador a mais em todo o segundo tempo, graças à
expulsão de Rodrigo Arroz, o Galo derrotou o Bugre por 2 a 1, no Estádio Rei
Pelé, e ao menos adiou o retorno à Terceira Divisão em mais alguns dias. Além
de se salvar temporariamente, o time alagoano deixou o rival paulista em
situação delicada, já que, apesar de depender apenas de seu resultado, enfrenta
o São Caetano, que ainda luta pelo acesso.
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Deslocado para o meio-campo com a volta de Oziel, Medina abriu o placar
ainda no primeiro tempo, deixando o Guarani próximo de evitar a queda e acabar
com a crise que ronda o Brinco de Ouro. Na etapa final, contudo, só deu CRB.
Apoiado pela expulsão de Arroz logo aos cinco minutos, o Galo foi para cima e
virou, com gols aos 39 (Denilson) e aos 46 minutos (Paulo Victor).
A vitória, porém, não alivia a situação do CRB, que ainda está mais
perto de ser rebaixado do que de comemorar a permanência na Série B. Na zona de
rebaixamento e com 39 pontos, o CRB precisa vencer o já tranquilo ASA no
próximo sábado, em Arapiraca, e torcer para que dois dos adversários diretos -
Bragantino (41 pontos), Guarani (41 pontos) e Guaratinguetá (40 pontos) -
tropecem.
O Bugre, por outro lado, depende de suas forças para seguir na Segunda
Divisão e evitar mais um capítulo negro em sua história. Uma vitória no Brinco
de Ouro, em Campinas, contra o São Caetano, que ainda luta para voltar à elite,
salva a equipe de Vilson Tadei. Caso empate ou seja derrotado, o Bugre terá que
torcer para que nem Guará, nem CRB ganhem seus jogos - o Guaratinguetá encara o
Barueri, já rebaixado.
Denilson divide com Arroz: zagueiro vira vilão de derrota bugrina (Foto:
Itawi Albuquerque / Agência Estado)
Medina
deixa o Bugre em vantagem
As polêmicas declarações de Juliano durante a semana deixaram os arredores do Rei Pelé literalmente em chamas. Por conta de um incêndio em um terreno ao lado do estádio alagoano, a partida foi paralisada algumas vezes no primeiro tempo. O fogo só foi controlado a partir do 20º minuto, quando o Guarani já era melhor em campo.
As polêmicas declarações de Juliano durante a semana deixaram os arredores do Rei Pelé literalmente em chamas. Por conta de um incêndio em um terreno ao lado do estádio alagoano, a partida foi paralisada algumas vezes no primeiro tempo. O fogo só foi controlado a partir do 20º minuto, quando o Guarani já era melhor em campo.
Sempre nos contra-ataques pelo lado direito, o Bugre levou perigo ao
CRB. Aos quatro minutos, Ronaldo rolou para Medina, que bateu travado. Pouco
tempo depois, o polivalente retribuiu passe e deixou o centroavante livre na
grande área. Ronaldo, porém, demorou para se decidir e foi travado pela
marcação.
O Galo só chegou com perigo aos 17 minutos. Edinei desviou cobrança de
falta de Jadilson, mas mandou à esquerda de Juliano. A dificuldade para atacar
era muito grande. Denilson, com dores, e Luiz Paulo não encontraram espaços na
defesa do Guarani, que, a pedido de Vilson Tadei, se postou bem atrás e
aproveitou o contra-ataque para abrir vantagem.
O gol saiu em participação de três atletas. Quase do meio-campo, Bruno
Recife lançou para Ronaldo, que desviou de cabeça e deixou Medina em boas
condições de marcar. O camisa 8, de primeira, subiu às costas da zaga e tocou
na saída do goleiro Cristiano, abrindo o placar no Rei Pelé.
Virada
improvável deixa CRB vivo e amolece o Bugre
Para evitar o eminente rebaixamento, o CRB voltou para o segundo tempo disposto a sufocar o Guarani. Criou boa chance em cobrança de falta de Geovane, aos dois minutos, que Juliano defendeu com eficiência. A pressão ficou ainda maior no ataque seguinte, quando Rodrigo Arroz - na função de último homem antes do goleiro - fez falta em Luiz Paulo. O zagueiro foi expulso e fez desmoronar o esquema de Vilson Tadei.
Para evitar o eminente rebaixamento, o CRB voltou para o segundo tempo disposto a sufocar o Guarani. Criou boa chance em cobrança de falta de Geovane, aos dois minutos, que Juliano defendeu com eficiência. A pressão ficou ainda maior no ataque seguinte, quando Rodrigo Arroz - na função de último homem antes do goleiro - fez falta em Luiz Paulo. O zagueiro foi expulso e fez desmoronar o esquema de Vilson Tadei.
Com um jogador a menos logo no início, o Guarani se retraiu. Tadei
improvisou o volante Willian Favoni como zagueiro. Já o CRB apostou no 4-2-4,
com as entradas de Paulo Victor e Aloísio Chulapa nos lugares de Jadilson e
Gilberto Santos, respectivamente. O jogo virou um autêntico ataque contra
defesa, ainda mais após a troca de Fumagalli (mais ofensivo) por Danilo Sacramento
(meia de mais marcação).
Àquela altura, a pressão do time da casa, porém, era mais pelo excesso
de atacantes do que por uma organização. O CRB só melhorou com a entrada de
mais um meia, Diego Palinha. Em sua primeira jogada, ele passou pela marcação e
arriscou chute de canhota. A bola raspou a trave direita de Juliano. Em
seguida, Aloísio Chulapa, de cabeça, quase acertou o ângulo esquerdo.
A partida mudou de rumo no final. Quando o Guarani já comemorava a
vitória, o CRB empatou aos 39 minutos. Ex-jogador do Bugre, Denilson subiu mais
que os marcadores e desviou de cabeça. Logo em seguida, a improvável virada.
Paulo Victor, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou falha da marcação,
dominou na entrada da área e acertou o ângulo esquerdo de Juliano.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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