Dez anos depois do 1º duelo, Bolt e Gatlin voltam a protagonizar os 200m Finalistas em Helsinque, jamaicano e americano são as principais estrelas das eliminatórias no Ninho do Pássaro, que começam às 8h30 desta terça


Usain Bolt e o adversário Justin Gatlin após a final dos 100m  (Foto: Reuters) 

Dez anos atrás, Usain Bolt era um jovem campeão mundial júnior estreando entre os grandes. Em Helsinque, o jamaicano de 18 anos disputava sua primeira final de Mundial correndo os 200m. Começou bem e seguiu junto dos ídolos até metade da prova, mas sofreu uma lesão na coxa direita e terminou em último. Viu Justin Gatlin, na época com 23 anos, conquistar seu segundo título na competição.  

De lá para cá, o mundo deu voltas. Bolt tornou-se o mais rápido da história, venceu este mesmo evento três vezes seguidas em Mundiais e acumulou vitórias sobre Gatlin – a última neste domingo, em um duelo de tirar o fôlego nos 100m. O americano enfrentou uma longa suspensão por doping, mas hoje figura como o velocista mais rápido da temporada nas duas distâncias.  

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Atletismo Usain Bolt mundial de helsinque 2005 (Foto: Agência Getty Images)
Usain Bolt, ainda bem jovem, em ação no Mundial de 2005 (Foto: Agência Getty Images) 

A partir das 8h30 (horário de Brasília) desta terça-feira, os dois voltam a medir forças no Ninho do Pássaro. É a prova favorita do Raio, a chance de conquistar um inédito tetracampeonato, mas que também pode ser a ocasião perfeita para o troco de Gatlin. 

Naquele duelo entre os dois em Helsinque, Gatlin cravou 20s04. Bolt, que chegou à linha final mancando, fez 26s27. Depois, os dois não se cruzaram mais nos 200m em eventos deste porte. Suspenso por doping de 2006 a 2010, o americano só voltou aos Mundiais Daegu, sendo vice-campeão nos 100m em Moscou.  


Atletismo Justin Gatlin mundial de helsinque 2005 (Foto: Agência Getty Images)Justin Gatlin em ação naquele Mundia
l há 10 anos(Foto: Agência Getty Images) 

Nesta temporada, Gatlin lidera os rankings mundiais tanto nos 100m quanto nos 200m. Na prova mais nobre, não fez valer seu favoritismo e foi batido por Bolt na final. Pelo menos nas estatísticas, a vantagem do americano é maior sobre o jamaicano na prova mais longa. Tem as duas marcas mais baixas do ano (19s57 e 19s68), enquanto o Raio tem apenas o 19º tempo, com 20s13 alcançados em Ostrava, em maio. 

Com 33 anos e pouco mais de um dia de recuperação até voltar à pista, Gatlin foca no descanso e na preparação mental para se reerguer e buscar a revanche. 

- Se eu tivesse ganhado os 100m, voltaria para o hotel, jantaria e ficaria pronto para os 200m. Quando você perde, tem que fazer o mesmo. Para os 200m são 100m extras, tenho que manter o foco para isso. Significa ir mais rápido. Os 100m estão terminados, ficam para trás. Agora é outra prova. 

A missão de desbancar o recordista mundial do evento não será fácil. Embalado pela vitória espetacular nos 100m, Bolt conta com o apoio total da torcida chinesa. No Ninho do Pássaro, teve seu nome gritado nas arquibancadas, e os telões reprisaram sua vitória olímpica na distância em 2008. Algo bem provável de se repetir antes dos 200m. 

- O título dos 200m é algo que quero ainda mais. Meu objetivo é ser o maior sempre, é minha vontade, meu f oco. Se eu continuar dominar o esporte, continuar a fazer grandes coisas, definitivamente vou ficar feliz. Quero mais ouros para mim e, se continuar fazendo meu melhor, terei mais – disse Bolt. 


Usain Bolt e o adversário Justin Gatlin após a final dos 100m  (Foto: Reuters)
Usain Bolt e o adversário Justin Gatlin após a final dos 100m (Foto: Reuters) 



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