Tite olha e não vê nenhum time acima do Corinthians, que
pegou liderança na penúltima rodada (Foto: Marcos Ribolli)
Planejamento é algo que precisa estar presente na rotina dos clubes de futebol. Mas nem todos conseguem tal feito, e as consequências são dentro de campo. Quem planeja tem retornos satisfatórios no fim dos campeonatos, garantem os números, que são a favor da continuidade de trabalho a longo prazo das comissões técnicas. Em 12 edições do Campeonato Brasileiro de pontos corridos, 75% dos campeões não mudaram de treinador até a virada de turno.
Em 2003, o Cruzeiro teve Vanderlei Luxemburgo na primeira rodada dos dois turnos. De 2006 a 2008, Muricy Ramalho comandou o São Paulo do início ao fim na conquista do tricampeonato. Em 2010, o Fluminense virou o turno com o mesmo técnico com quem começou: Muricy Ramalho. O Corinthians teve Tite em 2010, e o Flu, Abel Braga em 2012. Nas últimas duas temporadas, Marcelo Oliveira levou o Cruzeiro a duas conquistas.
Confira a tabela do Brasileirão!
As exceções foram o Santos, em 2004, Corinthians, em 2005, e Flamengo, em 2009. O Peixe iniciou a competição com Emerson Leão, mas virou o turno com Luxemburgo e ficou com a taça no fim. O Timão começou o Brasileirão com Daniel Passarella no comando, mas no returno o treinador já era Márcio Bittencourt (no fim da temporada estava com Antônio Lopes). O Rubro-Negro carioca tinha Cuca na primeira rodada e terminou com Andrade.
Este ano, o Corinthians ficou com o título simbólico do primeiro turno e é um dos seis times que ainda não mudaram de técnico. Os outros são: Atlético-MG (Levir Culpi), Sport (Eduardo Baptista), Atlético-PR (Milton Mendes), Chapecoense (Vinícius Eutrópio) e Avaí (Gilson Kleina).
G-4 com planejamento
Dos clubes que terminaram os campeonatos de pontos corridos no grupo dos quatro melhores, 60,5% optaram por não mudar de comando até a virada de turno. Em 2006, 2008 e 2014, todos os integrantes do G-4 mantiveram seus treinadores até a rodada inicial do returno. Nesta temporada, Corinthians e Atlético-MG, líder e vice, permanecem com os comandantes.
Z-4 no improviso
O levantamento também mostra que apenas 17% das equipes rebaixadas nos pontos corridos, desde 2003, viraram o turno com o mesmo técnico do início do campeonato. Em 2003 (ano que teve dois rebaixados), 2005, 2006, 2008 e 2013, por exemplo, todos os clubes rebaixados no fim trocaram de treinador pelo menos uma vez. No Z-4 deste ano, o "aproveitamento" é de 100%: Goiás, Coritiba, Joinville e Vasco estão pelo menos no segundo comandante. O Cruz-Maltino, inclusive, terá Jorginho na rodada de abertura do returno – o novo comandante estreou nesta quarta-feira com vitória sobre o Flamengo, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Antes dele estiveram no banco Doriva, atualmente na Ponte Preta, e Celso Roth.
Confira abaixo a classificação final do G-4 e do Z-4 dos Brasileirões desde 2003, quando começaram a ser disputados em pontos corridos – asterisco nos times/treinadores que permaneceram sem alteração de comando até a 20ª rodada (as equipes com mudanças podem ter tido mais alterações na comissão técnica, mas a lista só consta os treinadores da primeira partida do turno e a do returno).
ERRATA: a matéria foi originalmente publicada na terça-feira, 18 de agosto, mas havia informações erradas na base de dados da fonte (futpedia.globo.com) nos jogos do Brasileirão 2009. Andrade não comandou o Flamengo em toda a campanha do título, mas sim assumiu o comando rubro-negro na 14ª rodada, em substituição a Cuca. No G-4, o Inter teve dois treinadores (Tite e Mario Sérgio), e no Z-4 outras três equipes trabalharam com dois técnicos: Santo André (Sérgio Guedes e Sérgio Soares), Náutico (Márcio Bittencourt e Geninho) e Sport (Nelsinho Baptista e Levi Gomes).
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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