No duelo entre Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, deu CR7. Com sobras!
Nesta quarta-feira, o atacante fez história, marcou um gol, deu uma assistência e comandou a vitória por 2 a 0 de Portugal sobre País de Gales, que levou os lusos à final da Eurocopa.
Com o tento, o camisa 7 chegou a nove gols marcados na história da Euro, igualando o lendário Michel Platini como maior anotador de todos os tempos no torneio da Uefa.
Antes da atual edição, Cristiano deixou sua marca duas vezes na Euro-2004, contra Grécia e Holanda, uma vez na edição de 2008, contra a República Tcheca, e três na Euro-2012: dois tentos contra a Holanda, um contra a República Tcheca.
Na França, ele havia marcado duas vezes no empate por 3 a 3 com a Hungria, pela última rodada da fase de grupos, na partida em que entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes, como primeiro atleta a anotar em quatro edições diferentes.
Já Gales foi valente no primeiro tempo, no qual Bale fez grandes jogadas e criou ótimas chances. No entanto, o time comandado por Chris Coleman sentiu muita falta do armador Ramsey, suspenso por acúmulo de cartões, e foi anulado na segunda etapa pelo treinador luso Fernando Santos, conhecido por ser um mestre da defesa.
Agora, Portugal pega o vencedor de França x Alemanha na grande decisão, marcada para o próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), no Stade de France.
CRISTIANO RONALDO X GARETH BALE
Com todos os olhos fixos nos craques Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, os times começaram se estudando, com marcações pesadas em cima dos atletas: Danilo e Adrien Silva no galês, Collins e Ashley Williams no português.
Aos 9 minutos, CR7 apareceu pela primeira vez. O cruzamento veio da esquerda, ele se enroscou com Collins e ficou pedindo pênalti, que o juiz não deu. Depois, mais uma centrada e o atacante tentou uma bicicleta, mas errou a pedalada.
Com os lusos melhores no iníco, Ronaldo ainda mostrou espírito de equipe e fez boa tabela com João Mário, aos 15 minutos. O camisa 10 invadiu a área e bateu cruzado, errrando o alvo - por pouco Nani não chegou no carrinho para empurrar para dentro.
A partir daí, só de Gareth Bale e Gales.
O primeiro momento foi aos 18, em jogada ensaiada de escanteio rasteiro: o jogador do Real Madrid se desvencilhou da marcação e disparou uma bomba, mas para fora.
Na sequência, dois ótimos lances do camisa 11. Primeiro, puxando pela direita e cruzando para King chegar no carrinho, mas Rui Patrício cortou antes. Logo em seguida, o "foguete galês" arrancou do próprio campo, levou até a área lusa e disparou uma bomba, que o goleiro agarrou firme, sem dar rebote ao rival.
Os britânicos ainda tiveram mais uma boa oportunidade, desta vez em jogada de Robson-Kanu pela direita, saindo um pouco da área. Ele "chuveirou" para King, que faria o gol se Bruno Alves não tivesse chegado em cima do lance para tirar.
Depois disso, a partida ficou morna por 20 minutos, sem grandes oportunidades, até Adrian Silva proporcionar o último lance de perigo aos 43: ele pedalou pela direita e cruzou bem para Cristiano Ronaldo, que conseguiu o cabeceio, mas a bola saiu alta.
O MAIOR ARTILHEIRO DA EURO
Foram precisos apenas cinco minutos de segundo tempo para Cristiano Ronaldo fazer história mais uma vez em sua vitoriosa carreira.
Aproveitando escanteio, ele subiu no quinto andar e cabeceou firme para o fundo do gol. Com isso, chegou a nove nas quatro Eurocopas que disputou, igualando o francês Michel Platini como maior artilheiro da competição em todos os tempos.
A única diferença é que Platini fez todos os seus gols em apenas uma edição, a de 1984 (que teve França campeã), enquanto Cristiano dividiu seus gols em quatro torneios diferentes: 2004, 2008, 2012 e 2016 - ele, inclusive, entrou para o Guinness Book como primeiro a fazer isso.
Não deu tempo nem de Gales se recuperar do baque e já saiu o segundo. Ronaldo, mais uma vez, recebeu na entrava da área, fugiu da marcação e chutou fraco. Só que, no meio do caminho, Nani desviou e tirou completamente de Hennessey: 2 a 0.
E o gajo estava ocm a corda toda: aos 17, foi a vez dele bater falta com muito efeito, assustando o arqueiro galês. A bola, porém, passou roçando o travessão.
Completamente atordoado, Gales não era nem sombra do time do primeiro tempo, e escapou por pouco de levar o terceiro depois que Hennessey bateu roupa em chute de Nani e João Mário, completamente livre, despediçou no rebote.
Os britânicos ainda mexeram no time e tentaram uma reação. Aos 31, Bale voltou a arriscar um chute venenoso de fora da área, mas Rui Patrício estava esperto.
Mas os portugueses já tinham o duelo ganho e apenas seguraram o resultado até o fim, voltando à decisão da Eurocopa após 12 anos da tragédia contra a Grécia, em 2004.
E CR7 ainda quase fez mais um nos últimos minutos, mas acertou o lado de fora da rede, após driblar o goleiro Hennessey. Seria o gol que o tornaria artilheiro isolado na história.
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