Indiciado, Ryan Lochte avisa que não virá ao Rio depor: "Eu não vou voltar" Possível ausência do nadador não prejudica o processo, que seguirá normalmente até a sentença final. Americano também não pode ser interrogado nos Estados Unidos


Ryan Lochte reprodução (Foto: Reprodução)Ryan Lochte reprodução (Foto: Reprodução)
Depois das medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e toda a confusão que criou, o nadador americano Ryan Lochte foi indiciado por falsa comunicação de crime, perdeu todos os seus patrocinadores e ainda está ameaçado de ser punido pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Mesmo assim, em entrevista ao jornal "TMZ" nesta segunda-feira, o atleta afirmou categoricamente que, se for intimado a prestar depoimento no Rio de Janeiro, não voltará ao Brasil para cumprir determinação da Polícia Civil.
- Eu não vou voltar para sofrer punições - garantiu Lochte, enquanto esperava seu voo no saguão do aeroporto de Los Angeles.
Apesar de se negar a voltar ao Rio para esclarecer a mentira sobre os acontecimentos no posto de combustíveis, Ryan se mostrou resignado, reconheceu seu erro e assumiu a responsabilidade por toda a situação. Sobre uma eventual punição esportiva, o nadador não acredita que irá acontecer.
- Acho que isso é conversa. Não é real. Se acontecer, eu mereço porque foi tudo minha culpa. Sejam quais forem as consequências, terei que aceitar - reconheceu Lochte.  
 
Segundo a Delegacia de Atendimento Especial ao Turista (Deat), Ryan não pode prestar depoimento fora do Brasil e terá que comparecer a uma audiência perante o juiz. Caso ele realmente não compareça, será julgado à revelia. A conclusão do inquérito por parte da polícia civil será encaminhada ao Ministério Público.
Relembre o caso
Ryan Lochte e os outros três nadadores disseram ter sido vítimas de um assalto à mão armada depois de uma festa na Casa da França, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada do dia 14 de agosto. Segundo o primeiro relato os bandidos portariam distintivos policiais e pararam o táxi onde os atletas estavam, o que configuraria uma falsa blitz. Alguns dias depois, a história provou ser falsa (veja acima entrevista do atleta ao Jornal Nacional)
As investigações apontaram para uma confusão com funcionários de um posto de gasolina no Rio, sem indícios de roubo, como informou o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso. Segundo depoimentos, eles teriam praticado vandalismo no banheiro, dando início à confusão com os funcionários. 

 Varjota  Esportes - Ce.               /              Globoesporte.

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