Incentivo, cobrança e flexões: ao seu estilo, Lisca comanda 1º treino no Inter Após apresentação pela manhã, treinador orienta trabalho em campo reduzido no CT do Parque Gigante; Ceará e Eduardo retornam, recuperados de lesões

Lisca treino do Inter (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)  

A epopeia para livrar o Inter do primeiro rebaixamento de sua história implica muita luta nos três jogos restantes no Brasileirão, e Lisca evita perder tempo de trabalho. Apresentado de forma oficial pela manhã, o treinador comandou a primeira atividade com o elenco na tarde desta sexta-feira, no CT do Parque Gigante. E deu, logo de cara, uma amostra de seu estilo enérgico – e, por que não, doido? – nas exigências a seus comandados. 
Nesta sexta-feira, o novo treinador orientou um trabalho em campo reduzido, apenas com os atletas que não atuaram durante os 90 minutos no empate em 1 a 1 com a Ponte Preta, que incitou protesto e quebra-quebra da torcida e culminou com a demissão de Celso Roth. Os titulares apenas observaram o trabalho.
O que não foi capaz de privar os atletas de cobranças. Participativo, o comandante era o responsável por lançar as bolas e dar início às atividades. Aos gritos, pedia pressão e compactação aos jogadores.
– Tem que pressionar! Não deixa ele entrar – foram algumas das frases do treinador.
Lisca treino do Inter (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)

Em campo reduzido, o treinador delimitou um retângulo em frente às metas. Na atividade, com duas equipes em competição, quem tinha a bola era obrigado a ultrapassar o limite delimitado. A partir daí, a defesa parava, e os atacantes tinham de balançar as redes apenas contra os goleiros. Em um segundo momento, o limite foi extinto pelo treinador, e os marcadores ocuparam o espaço dentro da área.
O "campeonato" transcorria com tempo delimitado. Ao soar o apito, a equipe derrotada era obrigada a "pagar" com flexões abdominais. E a competição chegou a gerar um momento inusitado. A equipe de coletes verdes venceu e obrigou quem estava de cinza a realizar o exercício no gramado. Mesmo vitorioso, Seijas se juntou aos demais. Não parou por aí. Após um empate em 2 a 2, o treinador gritou, antes de reiniciar a disputa:
– Não pode acabar empatado. Tem que dar algo a mais.
Ceará e Eduardo de volta
Lisca não foi a única novidade do treino desta sexta-feira. Recuperados de lesões, Ceará e Eduardo participaram normalmente da atividade. O lateral se vê livre de um problema muscular, que o tirou de combate no empate contra a Ponte Preta. O zagueiro, por sua vez, ficou um mês fora devido a um entorse no tornozelo, sofrido na vitória por 2 a 0 sobre o Santos, no Beira-Rio, em outubro, ainda pelas quartas de final da Copa do Brasil.
No comando do Inter, Lisca terá três jogos para evitar o primeiro rebaixamento da história do clube: Corinthians (fora), Cruzeiro (casa) e Fluminense (fora). A equipe ocupa a 17ª colocação na tabela do Brasileirão, com 39 pontos – mesma pontuação do Vitória, primeiro a se livrar da degola, que leva vantagem no número de gols marcados.
O Colorado retoma os trabalhos na manhã deste sábado. À tarde, viaja a São Paulo, onde realiza o último treinamento no domingo, no CT do Palmeiras. O Inter enfrenta o Corinthians às 20h desta segunda-feira, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena.
Eduardo Henrique treino do Inter (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com) 



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