Além de tudo que envolve um Brasil x Argentina, o clássico da próxima quinta-feira terá um ingrediente a mais: será o retorno da Seleção ao Mineirão após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Diante da situação, Renato Augusto, um dos líderes do Brasil de Tite, adotou um discurso de cautela e inteligência após o treino aberto desta segunda-feira no Independência. O meia do Beijing Guoan, da China, deixou claro que não é hora de aumentar a pressão natural de uma partida entre dois grandes rivais.
– Não podemos criar mais pressão do que já tem. Não podemos lembrar muito do que já passou. A cicatriz vai ficar, só podemos mudar o que vem pela frente. Temos que manter o padrão que vem sendo apresentado, manter o nível de atuação. Clássico é sempre diferente, não importa quem está em primeiro e quem está na sexta posição. Vamos enfrentar grandes jogadores e será um jogo muito interessante – analisou Renato.
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O Brasil volta a treinar na tarde desta terça-feira, no Mineirão, palco da partida da próxima quinta-feira contra a Argentina. Com quatro vitórias em quatro jogos sob o comando de Tite, a Seleção lidera as eliminatórias com 21 pontos. Os hermanos aparecem apenas na sexta posição, fora até mesmo da repescagem.
Veja abaixo a íntegra da entrevista do meia:
MESSI
– É um cara extremamente inteligente, com poder de finalização muito grande, você tem que ter atenção dobrada nesse caso. Dobrar a marcação sempre que pode, é um cara que faz diferença. A gente fazia isso jogando contra o Neymar no Corinthians x Santos, sabíamos que tinha que ter um cuidado a mais. É um cara especial e tem um grande grupo do lado dele, jogadores de muita qualidade, como Di Maria. Acho que será um jogo muito interessante, bonito de ver.
CONFIANÇA

– Nunca vai ter jogo tranquilo na seleção brasileira. Será um teste diferente do que já tivemos, não podemos achar que está tudo certo nas vitórias ou tudo errado nas derrotas. É um pouco perigoso esse lado, falando sobre a confiança. Tite disse isso hoje, que a confiança não vem e vai na hora em que você quer. É perigoso, tem que manter nível de treinamento e atuação muito altos para que a confiança fique. Vai ser mais um teste complicado contra a Argentina.
7x1
– Eu não joguei, mas estava como torcedor brasileiro, é ruim para todo mundo e não podemos criar uma carga maior nos jogadores que lá estiveram. Quando perde é a nação inteira, e esse é um bom momento para conseguirmos uma boa vitória e diminuir esse assunto. Conversamos muito sobre isso na Olimpíada, antes do jogo contra a Alemanha, que precisávamos vencer para acalmar esse assunto. Agora, com o jogo no Mineirão, ele volta, mas temos que pensar no que podemos mudar daqui para frente.
MARCAR MESSI
– Temos que diminuir os espaços de todos os jogadores, tirar seu ângulo de passe quando ele receber a bola. Fazíamos muito isso com Neymar contra o Santos, tentar diminuir a facilidade de chutar ou passar para o companheiro. Um terá de ajudar o outro, o Gabriel Jesus vai ter que correr um pouco mais, quem joga aberto vai ter que correr mais, para facilitar atrás. É impossível a bola não chegar a um jogador como Messi, daqui a pouco ele começa a rodar, flutuar para receber. Temos que tirá-lo da zona de conforto, mas não focar só nele.
TITE
– Tecnicamente vocês sabem, como treinador ele é acima da média, mas acho que o segredo é a pessoa que ele é, a forma que conduz o grupo. Até o jogador que não joga se sente importante.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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