O clima entre Corinthians e Romero azedou de vez. Depois de uma pequena aproximação, clube e jogador voltaram à estaca zero e as conversas sobre uma eventual renovação do vínculo estão literalmente paradas.
Romero entende que a relação realmente se desgastou e não está mais disposto a sequer participar das reuniões. Os dirigentes alvinegros também não escondem mais a insatisfação com a novela que se criou sobre o tema.
Nas últimas semanas, não houve qualquer evolução. Bruno Paiva, representante da OTB, empresa que negocia em nome do paraguaio, é quem está à frente nas tratativas, mas o clube garante que nem mesmo a postura firme do empresário é o maior empecilho.
Apesar de Romero garantir que sua prioridade é chegar a um acordo para a extensão do contrato, os cartolas estão convencidos de que o artilheiro da Arena Corinthians não pretende renovar.
O argumento corintiano se baseia nas seguidas recusas de Romero sobre as ofertas colocadas à mesa e na falta de contrapropostas por parte do atleta que ao menos se aproximem da pretensão do clube. Há mais um ano ambos tentam entrar em um consenso e até agora nem chegaram perto disso.
A comissão cobrada pela OTB e o valor das luvas, uma espécie de prêmio pela assinatura do contrato, dificultam o acerto. As luvas têm relação direta com Romero, por isso o Corinthians não culpa apenas o empresário Bruno Paiva pelo cenário construído.
Romero ganha em dólar. Convertendo para a moeda brasileira, a proposta corintiana consiste em pagar R$ 430 mil por mês ao atleta, o que representa um acréscimo de aproximadamente R$ 15 mil em relação ao seu atual salário. O salário, no entanto, nunca foi problema.
Mesmo assim, ninguém decidiu desistir do negócio, ao menos por enquanto. Em julho vence o atual contrato e o Corinthians ainda terá outra pendência a resolver. Afinal, o clube recebeu Romero em 2014 e até agora não desembolsou nada. À época, o Corinthians se comprometeu a ressarcir o empresário Beto Rappa ao fim do vínculo do atleta (julho desse ano), caso o jogador não fosse vendido.
Beto Rappa pagou 3 milhões de dólares (R$ 6,7 milhões, na ocasião) para tirar Romero do Cerro Porteño-PAR. Com o valor corrigido, como prevê o contrato, o Corinthians deve pouco mais de $ 11 milhões ao empresário.
Varjota Esportes - Ce. / Gazeta Esportiva.
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