A rescisão de contrato de Adriano não pegou de surpresa jogadores e dirigentes do Corinthians que estão na Cidade do México para a partida contra o Cruz Azul, quarta-feira, às 22h, pela Taça Libertadores. O diretor adjunto de futebol Duílio Monteiro Alves, um dos responsáveis pela chegada do Imperador, mostrou estar abatido com o rompimento, mas admitiu que a situação estava insustentável.
– Nós ficamos chateados por não ter dado certo. A contusão (no tendão do pé esquerdo) atrapalhou bastante. Torcemos para que ele se recupere e volte a jogar. Fizemos tudo o que foi possível: tentamos, cuidamos, tratamos, estivemos ao lado dele, mas infelizmente não deu certo. Foi melhor para os dois lados.
O elenco foi informado no início do treinamento no CT do América, por volta das 16h (19h de Brasília). O dirigente interrompeu o aquecimento do grupo e passou a notícia. Pela manhã, na chegada ao México, Duílio disse que não havia possibilidade de findar o contrato e que aguardava o retorno de Adriano aos treinamentos na terça-feira.
A semana passada foi decisiva para a cúpula do futebol alvinegro chegar à conclusão de que a rescisão seria necessária. Oficialmente, o clube alega que o jogador não conseguiu evoluir como gostaria a comissão técnica, principalmente depois da má atuação no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro. O jogador acabou vetado também dos duelos contra o Guarani e Cruz Azul.
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Adriano, porém, não estava feliz por ser cortado constantemente das partidas, como aconteceu diante do Nacional-PAR, na última quarta-feira. Em entrevista à TV Globo no dia seguinte, o Imperador revelou que gostaria de atuar mais vezes para pegar ritmo e perder os dois quilos que ainda restavam. Já Tite exigia mais empenho nos treinamentos.
– Nós colocamos naquele mesmo dia a chateação de falar mais uma vez desse assunto. Ele também declarou que gostaria de jogar mais, que não havia se recuperado. Ele se esforçou, mas não conseguiu. Teve a insatisfação dele e do clube. Foi um conjunto de pequenos problemas. Houve o desgaste desse tempo, da demora para dar certo – ressaltou o dirigente.
Apesar do fim da história de Adriano no Corinthians, clube e jogador ainda se encontrarão. Até o fim da semana, as partes se reunião para fazer o acordo financeiro. Com contrato até o fim de junho, o centroavante teria o direito de receber quase quatro salários, pouco mais de R$ 1 milhão. O Timão, contudo, quer diminuir o montante.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte
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