O Atlético-PR queria uma única bola, uma escapada. Para tanto, não teve vergonha de se defender na maior parte do jogo e ver o Criciúma ter 64% de posse de bola. Aguardou 78 minutos. Foi quando Marcos Guilherme arrancou, chutou fraco, e o goleiro do Tigre espalmou para Cléo empurrar para a rede e decretar o placar de 1 a 0, no Heriberto Hülse, na noite desta quarta-feira. A terceira vitória seguida do Furacão no Brasileiro empurra os carvoeiros para a lanterna.
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O fato de jogar em casa, ter o apoio da maioria dos 7.841 pagantes e a necessidade de vencer para tentar sair da zona de rebaixamento ainda na 30ª rodada empurraram o Criciúma para cima do Atlético-PR. Apenas vontade, contudo, não bastou, e a derrota coloca o Tigre na lanterna da Série A, com 30 pontos. O Furacão soma 40 pontos e ocupa o meio da tabela, longe da briga contra o rebaixamento e também pelo G-4.
Os dois times voltam a campo no sábado. O Criciúma vai ao Barradão para confronto direto com o Vitória, às 18h30 (de Brasília). Mais cedo, às 16h20, o Atlético-PR faz segundo jogo seguido como visitante, contra o Fluminense, no Maracanã.
O jogo
O Criciúma ocupou o campo atleticano desde o início. O lado direito era o mais acionado, mas as descidas do lateral Eduardo perderam agressividade sem a proximidade de outro jogador. Pelo lado esquerdo, o time criou boas oportunidades. Em uma delas, Souza cabeceou, e Weverton defendeu à queima-roupa. Apesar da pressão, o Atlético-PR não se assustou e se manteve atrás da linha da bola. A aposta era no contra-ataque, mas o Furcarão só conseguiu uma vez, e o atacante Marcelo parou na saída do goleiro Bruno.
O quadro permaneceu assim no segundo tempo: o Criciúma pressionando, e o Atlético-PR se defendendo. A presença e a posse de bola eram do Tigre, mas não havia precisão. Insatisfeito, o técnico Gilmar Dal Pozzo sacou o volante Martinez para colocar o meia Paulo Baier. O Furacão se fechou um pouco mais, com as entradas do volante Hernani e do meia Marcos Guilherme na sequência. Aos 20 minutos, os quase oito mil torcedores no Heriberto Hülse perderam a paciência e pediam a entrada de Zé Carlos.
O desejo foi atendido, o centroavante foi para o jogo. Parecia que o gol do Tigre era uma questão de tempo. O Atlético-PR dava pinta de que o empate lhe era suficiente. Numa escapada, porém, Marcos Guilherme avançou em velocidade, ganhou da defesa catarinense e bateu fraco. Bruno espalmou para o lado e no pé de Cléo, que marcou seu terceiro gol em dois jogos. O goleiro foi vaiado até o fim da partida pela torcida, que depois estendeu sua insatisfação para toda a equipe, que, em vez de sair do Z-4, acabou na lanterna.
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