Alexis Sánchez está por todos os lados nas ruas de Santiago. O rosto do atacante é reproduzido em diversos comerciais de marcas espalhadas pela capital do Chile. Muito do que se procura na hora de escolher alguém para expor seu produto é carisma. E isso ele tem de sobra.
Nem mesmo a seca de gols desde novembro do ano passado pela seleção chilena foi capaz de tirar o sorriso do jogador. Na entrevista coletiva da última quinta-feira, Sánchez demonstrou personalidade e bom humor para falar de assuntos polêmicos.
O mais palpitante deles envolveu o polêmico acidente do companheiro Arturo Vidal, apoiado por Sánchez e bancado na seleção pelo técnico Jorge Sampaoli. O meia é o principal foco do confronto desta sexta-feira, às 20h30 (de Brasília) contra a Bolívia, no estádio Nacional, pela última rodada da Copa América. Por isso, o atacante pediu para dar entrevista e colocar um ponto final on assunto.
Em meio ao clima tenso pela repercussão do acidente, Sánchez arrancou risadas dos jornalistas por mais de uma vez com um verdadeiro show. Houve espaço até para fazer revelações.
- Escuto música e sou romântico. Ouço os "Backstreet Boys", jogo ping-pong e converso todo o dia sobre futebol - disse, misturando tom de brincadeira e seriedade, ao falar do que fazia nas concentrações.
"I want it that way" (eu quero isso desse jeito), é o nome de uma das músicas mais famosas da banda americana apreciada por Sánchez. E o que ele deseja nesse momento é um gol pela seleção chilena.
Apesar dos 25 gols em 52 partidas pelo Arsenal na última temporada, ele admite ter ansiedade para voltar a balançar a rede pelo Chile. Na vitória da estreia contra o Equador, por 2 a 0, Sánchez teve pelo menos duas chances claras de gol. O mesmo ocorreu no empate por 3 a 3 diante do México, ocasião em que voltou a desperdiçar boas oportunidades.
- Na verdade que sim, estou ansioso para fazer um gol e gritar para que todos escutem. O time ganhou (do Equador) e depois empatou (com o México). Às vezes escuto falarem que o time não atuou bem, agora esperam 4 a 0 ou 5 a 0, mas estamos tranquilos. Quando uma equipe ganha, todos vencem. Claro que tento um gol e vou lutar de todas as formas, mas confio no meu time e no meu técnico. Vamos por tudo - afirmou.
Um insistente som de celular que tocou durante a entrevista de Sánchez também não tirou o jogador do sério. Pelo contrário. Ele brincou com a situação e pediu para saber de quem se tratava a chamada para o jornalista em questão.
Em busca do gol no momento decisivo para a definição da vaga nas quartas de final, Sánchez fará de tudo para que a sobrecarga na coxa direita não o tire de combate diante da Bolívia. Para isso, tentará manter a felicidade, característica que atribui aos brasileiros, com a esperada bola na rede. Para sorrir mais do que nunca.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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