O empate por 2 a 2 com o Atlético-GO, no último jogo diante da torcida são-paulina, aumentou a desconfiança em relação ao treinador, que vem de passagens fracassadas por Corinthians, Santos e Atlético-PR. Para Adilson, o único jeito de mudar esta imagem é com bons resultados.
"Não sou bom de discurso, meu negócio é trabalho. Era para a gente ter vencido o Atlético-GO, pois atacamos mais, e fizemos bom jogo em Curitiba. Aos poucos, a gente vai conseguindo mostrar nosso trabalho", disse.
Na capital paranaense, o São Paulo recuperou a autoconfiança com um primeiro tempo primoroso. Em boas jogadas coletivas, abriu 3 a 0 antes do intervalo e comprovou a força longe do Morumbi - venceu 5 dos 7 jogos como visitante neste Brasileiro.
Além do bom retrospecto, as boas atuações fora de São Paulo é que chamam a atenção. Com intensa marcação e contra-ataques mortais puxados por Lucas e Dagoberto, o time já havia brilhado na casa do Internacional (3 a 0) e do Fluminense, atual campeão brasileiro (2 a 0).
Hoje, porém, é dia de o Tricolor superar a dificuldade que mostra quando tem de tomar a iniciativa do jogo. A falta de objetividade e as chances desperdiçadas no Morumbi com frequência têm irritado a torcida, que vaiou o time contra Figueirense, Botafogo e Atlético-GO.
"Espero um jogo difícil, mas temos de manter a mesma postura e sermos objetivos na hora de atacar", observou o técnico.
Fator Rivaldo. Titular pela quinta vez consecutiva hoje, Rivaldo deu inegável consistência à equipe e já ganha status de imprescindível. Quando cai de rendimento na etapa final, o time também perde fôlego e, quando é substituído, parece deixar um vazio difícil de preencher.
Contra o Coritiba, Rivaldo deu lugar a Marlos aos 13 do segundo tempo, quando o São Paulo ganhava por 4 a 0. Sem o veterano meia, o time perdeu posse de bola, levou três gols e passou por um sufoco inesperado.
O próprio meia admite que aos, 39 anos, será difícil manter uma sequência longa de partidas. Adilson Batista, porém, garante que só vai pensar em poupar o camisa 10 depois da partida com o Vasco. "Vamos pensar no jogo de domingo (hoje), depois a gente conversa com ele", afirmou o treinador.
Na caçada ao líder Corinthians, o São Paulo tem a chance de embalar de vez com uma vitória hoje. Após o Vasco, o time enfrenta cinco rivais da parte de baixo da tabela: Bahia, Avaí, Ceará, Atlético-PR e América-MG.
FONTE : Bruno Deiro - O Estado de S.Paulo
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