Palmeiras vence Atlético-MG por 3 a 2 e segue dentro do G-4 do Brasileirão Equipe alviverde agora soma 25 pontos, três a menos que o atual líder, o Corinthians

SÃO PAULO - O Palmeiras sofreu neste sábado à noite os seus dois primeiros gols jogando como mandante no Brasileirão. Mas não perdeu a invencibilidade. No Canindé, venceu o Atlético-MG por 3 a 2 e manteve a excelente campanha em casa: seis vitórias e um empate. Com o resultado, foi a 25 pontos, mas ainda na quarta posição, uma vez que o São Paulo, com mesma pontuação, fica na frente porque venceu 
mais. Luan, Marcos Assunção e Patrik fizeram os gols da vitória alviverde.

Daniel Teixeira/AE
Luan (centro) comemora com seus companheiros o primeiro gol da vitória do Palmeiras no Canindé

O Atlético-MG, que tinha se recuperado no torneio ao vencer o Fluminense no meio de semana, volta a se complicar com esta derrota. O time perdeu os quatro últimos jogos que fez como visitante e só tem 14 pontos, em 13.º. Graças à derrota do Grêmio para o Flamengo, não corre risco de terminar a rodada na zona de rebaixamento.
O Palmeiras volta a campo na quarta-feira, às 21h50, quando visita o Coritiba no Couto Pereira, palco onde levou 6 a 0 na Copa do Brasil. O Atlético-MG segue de São Paulo para Porto Alegre. Também na quarta, mas às 19h30, o time mineiro joga contra o Grêmio.
Relacionado por Felipão para o jogo deste sábado, Wellington Paulista nem foi ao Canindé. O atacante, contratado pelo Palmeiras em abril, foi anunciado esta noite como novo reforço do Grêmio. A CBF, porém, proíbe que um jogador atue em três times num ano e o atacante também já jogou pelo Cruzeiro. O Inter chegou a acertar a contratação dele, há cerca de um mês, mas desistiu exatamente por essa restrição.
O jogo. Como o Palmeiras deve acertar com o Toulouse e manter Luan, agora em definitivo, Felipão não teve problemas em escalar o atacante compondo o trio de ataque alviverde. No lugar de Kléber, suspenso, entrou Dinei. No meio, Chico, que treinou como titular na sexta-feira, foi preterido por João Vitor na vaga deixada pelo suspenso Márcio Araújo. Já o Atlético-MG entrou em campo com três zagueiros: Werley, Lima e Leonardo Silva. Na lateral-esquerda, Eron tomou a vaga que era de Guilherme Santos. Mesmo desgastado, Magno Alves foi mantido no ataque, com André seguindo no banco de reservas.
Logo nos primeiros minutos já era possível observar que a proposta do Atlético era marcar forte na defesa e sair para o contra-ataque. O Palmeiras tinha maior posse de bola e o apoio da torcida. Mas Valdivia, único responsável por armar jogadas no meio, não estava em noite das mais brilhantes.
O Palmeiras abriu o placar na base da sorte. Marcos Assunção cobrou falta na área pela esquerda, a bola pegou curva e foi em direção ao gol. Giovanni demorou a perceber o efeito, ficou muito tempo parado no meio do caminho e viu a bola entrar de cobertura. Na saída para o intervalo, o volante alviverde confirmou que errou o cruzamento.
Mal a torcida comemorava e o Atlético-MG já empatou. Caio tocou para Patric, que passou para Magno Alves na área. O veterano girou e chutou. A bola desviou no meio de caminho e entrou no canto esquerdo de Giovanni. Este foi o primeiro gol sofrido pelo Palmeiras em casa no Brasileirão. Também a primeira vez que a equipe foi vazada jogando no Canindé este ano.
O dois gols não mudaram a estratégias das duas equipes e o jogo continuou com o Palmeiras tendo dificuldades em transformar em gol a maior posse de bola e o Atlético saindo bem no contra-ataque. Aos 41 minutos, Serginho cobrou falta na área, Lima cabeceou e Deola defendeu no canto. No lance seguinte, Valdivia fez jogada individual, bateu, a bola desviou em Lima e quase enganou Giovanni. Saiu tirando tinta da trave direita.
Na segunda etapa, o Palmeiras cresceu no jogo e chegou ao segundo gol. Mais uma vez ele começou nos pés de Marcos Assunção, que ergueu bola na área, pela esquerda, Lima cortou mal e o rebote caiu no pé direito de Luan, que bateu direto, com força, e voltou a colocar os donos da casa na frente do placar.
Dorival Júnior só mexeu no time aos 29 minutos do segundo tempo. E fez as três substituições de uma vez. Trocou os dois atacantes e ainda pôs Neto Berola no lugar de Serginho, mantendo os três zagueiros. Mas foi a alteração de Felipão que primeiro surgiu efeito. Aos 33, Cicinho cruzou, Valdivia adiantou demais a bola e foi desarmado. No rebote, Patrik, que havia substituído Maikon Leite, tocou sem força no canto direito de Giovanni, ampliando a vantagem do Palmeiras.
No lance seguinte, o Atlético marcou. Neto Berola recebeu na direita e cruzou para a pequena área. Lá estava Wesley para descontar, de cabeça. Pouco depois, Felipão foi expulso por reclamação. No fim, o Atlético pressionou, mas não conseguiu chegar ao empate. Marcos Assunção, numa falta batida com força, de muito longe, levou perigo e exigiu boa defesa de Giovanni.  
Palmeiras - 3 - Deola; Cicinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno e Gerley; João Vitor, Marcos Assunção e Valdivia; Luan, Dinei e Maikon Leite (Patrik). Técnico - Luiz Felipe Scolari.
Atlético-MG - 2 - Giovanni; Werley, Lima e Leonardo Silva; Patric, Serginho (Neto Berola), Richarlyson, Caio e Eron; Magno Alves (Wesley) e Jônatas Obina (André). Técnico - Dorival Júnior.
Gols - Marcos Assunção, aos 14, e Magno Alves, aos 15 minutos do primeiro tempo. Luan, aos 16, Patrik, aos 33, e Wesley, aos 34 minutos do segundo tempo. Árbitro - Sandro Meira Ricci (DF-Fifa). Cartões amarelos - João Vitor e Serginho. Renda - R$ 259.500,00. Público - 9.983 pagantes. Local - Estádio do Canindé, em São Paulo.        
  Fonte   :           Demétrio Vecchioli - Agência Estado

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