Não importa se o treino está pesado, se ele nada de sunga e não de bermuda ou se o dedo mindinho da mão direita, cortado durante as eliminatórias de segunda-feira, volta a sangrar. Cesar Cielo não sentiu nada. Só queria bater na frente nas semifinais dos 50m livre. Conseguiu. E apesar de ter deixado a piscina sacundindo o dedinho na tentativa de fazer a dor diminuir, teve de dar autógrafos mesmo assim. Com 22s73, ele entra na final desta quarta-feira com o segundo melhor tempo. Seu companheiro de Flamengo, Nicholas dos Santos, que nadou na série seguinte, segue na ponta: 22s62. A disputa por medalhas no Troféu José Finkel será a partir das 10h, no Minas. O SporTV 2 transmite.
- O dedo já está ficando carimbado. Lá na hora nem senti dor porque a adrenalina é muito alta. Quando estava assinando o papel dos meninos sujei tudo. Agora tenho que tentar melhorar bastante amanhã porque o Nicholas vai vir bem forte - disse o recordista mundial.
Com apetite Nicholas está. Voltou a treinar há apenas duas semanas, depois de ter ficado praticamente um mês parado por conta do teste positivo para furosemida, que foi julgado pelo TAS e teve como resultado uma advertência como punição. Perdeu também o direito de disputar o Mundial de Xangai por ter feito o índice exatamente no torneio onde o exame apontou a presença do diurético. Os quilinhos que ganhou no período em que ficou parado já ficaram pelo caminho.
- Cheguei aos 92kg e já estou com 90kg de novo. Antes do episódio eu estava com 88,5kg, mas o meu normal é 90kg mesmo. Ainda não estou com a sensação muito boa, mas vamos ver. Depois da China voltei a treinar. Antes, aquilo foi um choque muito grande para mim. Nunca pensei que fosse acontecer comigo. Mas passou. Agora meu foco está no Open. Quero conseguir meu índice lá, em dezembro - afirmou Nicholas.
Sobre a preocupação de Cielo com ele, o nadador mostra bom humor.
- Ele deu uma segurada. Para vocês fala isso, mas eu conheço a peça - diverte-se
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