Um olho em cada TV Torcedores do Santa Cruz e da Seleção dividem euforia e decepção



Alegria tricolor do Santa Cruz junto da decepção do torcedor da Seleção
Ricardo Fernandes/DP/D.A Press


Alegria tricolor do Santa Cruz junto da decepção do torcedor da Seleção Brasileira
A televisão encurtou a distância entre La Plata e João Pessoa. Neste domingo, torcedores do Santa e da Seleção dividiram o mesmo espaço separados por dois aparelhos de tv. Quem esteve no bar Feijoada do Chico, em Água Fria, localizado próximo ao Estádio do Arruda se deparou com uma amostra grátis dos cenários que varreram a capital paraibana e a cidade argentina. Dois em um. Metade euforia, metade decepção.

Na medida em que saíram, os gols do Santa Cruz transformaram parte do recinto em festa. Enquanto isso, simultaneamente, a outra ala do bar exalava apreensão. Uma ansiedade acentuada a cada gol perdido pela Seleção. Afora o pênalti desperdiçado pelo Paraguai, o gol do Alecrim foi a única comemoração da torcida canarinha – formada por torcedores do Sport, na sua maioria, e encorpada por alguns alvirrubros. Já os tricolores seguiram empremidos em volta de uma pequena tela de 14 polegadas improvisada do outro lado do salão.

Após a vitória coral ser confirmada, o peso da pressão na estreia da Série D já não incomodava. Era hora de se juntar aos rivais na corrente verde-amarela. Pênaltis. Pela primeira vez a angústia tomou conta de todo o ambiente. Os mesmos torcedores que se provocavam minutos antes esqueceram suas predileções clubísticas. Nem o mais radical tricolor conseguiu tirar os olhos da tv. Conseguiu não torcer. Àquela altura, seria fazer de conta.

Quando Fred mandou pra fora a última cobrança, uma tal decepção pediu licença. Invadiu o ambiente e, ao menos por um instante, todos os presentes compartilharam o gosto amargo da derrota nacional, principalmente diante de desfecho tão bizarro. Inaceitável, pode-se dizer. A ponto de revoltar até quem antes não estava nem aí para o jogo.

Já no apagar das luzes, os mesmos tricolores não perderam a chance de tirar uma casquinha dos novamente rivais. Fim da trégua. No fechar das portas, prevaleceu no bar o ambiente citado lá no início: metade tristeza, metade felicidade.
Brasileira
A televisão encurtou a distância entre La Plata e João Pessoa. Neste domingo, torcedores do Santa e da Seleção dividiram o mesmo espaço separados por dois aparelhos de tv. Quem esteve no bar Feijoada do Chico, em Água Fria, localizado próximo ao Estádio do Arruda se deparou com uma amostra grátis dos cenários que varreram a capital paraibana e a cidade argentina. Dois em um. Metade euforia, metade decepção.

Na medida em que saíram, os gols do Santa Cruz transformaram parte do recinto em festa. Enquanto isso, simultaneamente, a outra ala do bar exalava apreensão. Uma ansiedade acentuada a cada gol perdido pela Seleção. Afora o pênalti desperdiçado pelo Paraguai, o gol do Alecrim foi a única comemoração da torcida canarinha – formada por torcedores do Sport, na sua maioria, e encorpada por alguns alvirrubros. Já os tricolores seguiram empremidos em volta de uma pequena tela de 14 polegadas improvisada do outro lado do salão.

Após a vitória coral ser confirmada, o peso da pressão na estreia da Série D já não incomodava. Era hora de se juntar aos rivais na corrente verde-amarela. Pênaltis. Pela primeira vez a angústia tomou conta de todo o ambiente. Os mesmos torcedores que se provocavam minutos antes esqueceram suas predileções clubísticas. Nem o mais radical tricolor conseguiu tirar os olhos da tv. Conseguiu não torcer. Àquela altura, seria fazer de conta.

Quando Fred mandou pra fora a última cobrança, uma tal decepção pediu licença. Invadiu o ambiente e, ao menos por um instante, todos os presentes compartilharam o gosto amargo da derrota nacional, principalmente diante de desfecho tão bizarro. Inaceitável, pode-se dizer. A ponto de revoltar até quem antes não estava nem aí para o jogo.

Já no apagar das luzes, os mesmos tricolores não perderam a chance de tirar uma casquinha dos novamente rivais. Fim da trégua. No fechar das portas, prevaleceu no bar o ambiente citado lá no início: metade tristeza, metade felicidade.                
Lucas Fitipaldi - Diario de Pernambuco

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