Não teve pompa. Luxo, gala? Passou longe. Mas teve carinho, apoio. Era o que precisava o aniversariante, receoso em fazer alarde pela fase negativa e depois não corresponder. Mas para quem está sempre junto, lado a lado, pouco importa o momento. O que vale é marcar presença e tentar levantar o astral da festa. Foi o que fez a torcida da Ponte Preta na noite desta sexta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli. Eram cinco jogos sem vencer pela Série B do Campeonato Brasileiro. Sete ao todo. 63 dias. Um incômodo jejum às vésperas de o clube completar 114 anos, na segunda-feira. Em sintonia com os convidados, a Macaca retribuiu e bateu o Bragantino por 1 a 0, pela 15ª rodada. Presente antecipado para comemorar a data como ela merece: com alegria.
saiba mais
Em um segundo tempo no qual a Alvinegra campineira deixou a apatia de lado e mostrou sede de vitória, Rafael Costa fez seu terceiro gol em cinco jogos pela Macaca para garantir o resultado positivo. O Bragantino ainda tentou reagir, mas esbarrou nas próprias limitações técnicas. O primeiro tempo foi um recado de que as equipes ainda precisam evoluir muito para atingir seus objetivos. A Ponte precisa ter mais regularidade para brigar na parte de cima, enquanto o Massa Bruta encontra dificuldade para criar do meio para a frente.
O resultado deixa a Macaca com 22 pontos, a quatro do Joinville, que abre o G-4 e é justamente o próximo adversário da Ponte, na outra sexta-feira, novamente no Majestoso, Às 21h, já com Renato Cajá à disposição para reestrear. Em 18º, o Braga estacionou nos 13 pontos e vai buscar a reabilitação contra o Santa Cruz, sábado, às 16h20, fora de casa.
O jogo
A correria para dificultar a saída do Bragantino deu a impressão de que a Ponte pressionaria no início. Mas a atitude era uma sem a bola e outra com ela. Quando tinha a posse, a Macaca não agredia. Faltava aproximação entre os jogadores. O estreante Rodnei e Cafu, pela direita, eram os mais ousados. Muito pouco para ameaçar Renan. Apenas em dois cruzamentos fechados a Macaca chegou com perigo, mas faltava um pé para empurrar para as redes. As demais finalizações e cobranças de falta passavam longe. O Braga estava na dele. Depois de priorizar a marcação no começo, percebeu que, com a limitação adversária, poderia se arriscar mais. Gustavo, em chute da entrada da área, colocou Roberto para trabalhar. Em um primeiro tempo fraco tecnicamente, foi a principal jogada, o que resume o que Ponte e Braga fizeram. Ou não fizeram, principalmente a Ponte.
Nominalmente, não houve mudanças em nenhum dos lados para o segundo tempo. Mas a Macaca voltou do intervalo com outra postura. Mais agressiva, mais incisiva. Mais eficiente. Logo na primeira chance que teve, Rafael Costa mandou no cantinho de Renan para abrir o placar, aos cinco minutos. A equipe manteve o ritmo e, com o Bragantino mais aberto, criou chances para ampliar a vantagem em contra-ataques. Cafu estava inspirado. Deu três dribles da vaca em lances diferentes. No fim, o Bragantino foi para o abafa, na base dos cruzamentos. Parou na valentia da zaga da Macaca e também numa linda defesa de Roberto em chute da entrada da área. Vitória na conta, para abrir as festividades de aniversário. Os parabéns são da torcida para a Ponte. Mas também poderia ser da Ponte para a torcida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário