Jogo da 2ª Divisão da PB tem spray de pimenta e massagista no hospital Na preliminar da rodada dupla, Miramar x Spartax termina em confusão generalizada

massagista do Spartax, Carlos André, passa mal em briga na Graça (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)Massagista do Spartax, Carlos André, passa mal em briga na Graça (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)
A partida entre Miramar e Spatax, que aconteceu no Estádio da Graça, na noite desta terça-feira, e terminou empatada por 2 a 2, foi marcada por muita confusão. Teve briga de todo jeito: entre torcedores; torcedores contra comissão técnica; jogadores dos dois times e, para terminar, até o representante da Federação Paraibana de Futebol (FPF) José Araújo e o presidente do Spartax, José Morais, quase saíram no tapa, mas foram separados. 
Por causa do tumulto, a Polícia Militar usou spray de pimenta nos vestiários, e isso fez com que o massagista do Spartax, Carlos André, acabasse passando mal. Ele foi levado para um hospital de João Pessoa. Segundo informações do clube, o massagista sofreu um princípio de enfarte.
José Araújo, diretor técnico da FPF (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)José Araújo, diretor técnico da FPF, é segurado durante briga, após jogo entre Miramar e Spartax (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)
A confusão começou ainda na primeira etapa, quando torcedores do Miramar passaram boa parte do tempo provocando a comissão técnica do Spartax. Mas depois de rápida intervenção da polícia, tudo foi acalmado. 
Os ânimos voltaram a se exaltar no fim do jogo. Ao sair de campo, atletas dos dois times começaram a discutir e, ao mesmo tempo, torcedores chegavam também aos vestiários. Para espalhar a multidão, a polícia usou spray de pimenta.
Por causa do gás, o massagista do Spartax, Carlos André, começou a passar mal e foi levado nos braços por jogadores para fora dos vestiários. Deitado na grama do lado de fora do campo, ele recebeu os primeiros socorros. De acordo com dirigentes do Spartax, Carlos André foi levado para a UPA de Manaíra com princípio de enfarte. 
Para finalizar a noite de brigas, o presidente do Spartax, José Morais, acusou o diretor técnico da FPF, José Araújo, de “inflamar o ambiente”. 
- O representante da FPF que está aqui hoje, em vez de manter o autocontrole e tentar contornar a situação, ficou fazendo acusações. Primeiro, para nossa equipe, e depois para as duas, inflamando todo o ambiente. E eu fui pedir para ele manter a calma, já que eu tinha o meu massagista passando mal, tínhamos coisas mais importantes para tratar do que a reclamação dele - disparou Morais.
Briga entre Araújo e Morais, após partida (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)Briga entre Araújo e Morais, após partida na Graça (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)
José Araújo se defendeu dizendo que os jogadores investiram contra ele.
- Ao término do jogo, dois atletas saíram discutindo. Nós chegamos para pedir calma, e outros atletas começaram um tumulto generalizado. Foi quando a polícia interveio. Mas o dirigente do Spartax disse que fomos nós que tumultuamos. Eu achava que eles seriam mais corteses. Entretanto, investiram contra mim. Ao ver essa situação, eu disse que eles não eram atletas e sim moleques. No fim, quiseram transferir a responsabilidade para a arbitragem, uma prática normal do futebol paraibano - retrucou.
O jogo abriu a rodada dupla da chave do Litoral e é válido pela segunda divisão do Campeonato Paraibano.
Briga no Estádio da Graça começou ainda no primeiro tempo de jogo, entre comissão técnica do Spartax e torcedores do Miramar (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)Briga na Graça começa ainda no primeiro tempo de jogo, entre comissão técnica do Spartax e torcedores do Miramar (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb) 
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Oitavas de final SÃO PAULO VENCE HUACHIPATO EM JOGO RUIM E ABRE VANTAGEM NAS OITAVAS Michel Bastos marca no segundo tempo, e agora time pode empatar no Chile. Luis Fabiano começa como titular, mas é expulso no primeiro tempo

Luis Fabiano deixou o campo do Morumbi, no último sábado, após a derrota por 3 a 1 para o Fluminense, pelo Brasileiro, reclamando de estar na reserva do São Paulo. Na noite desta terça-feira, pela Copa Sul-Americana, ganhou a chance de começar como titular no confronto com o Huachipato, do Chile, pelas oitavas de final do torneio continental. E saiu do gramado bem mais cedo do que gostaria, novamente disparando críticas, agora contra o árbitro. Não gostou de ser expulso aos 32 minutos do primeiro tempo por acertar um adversário. Menos mal que, na etapa final, Michel Bastos acertou um chute de longe, marcou o gol da vitória tricolor por 1 a 0 e limpou a barra do colega centroavante.
Foi um jogo fraco no Morumbi. Com sequência ruim no Brasileiro - não vence há quatro rodadas -, a equipe brasileira iniciou a fase internacional do torneio com um time misto. Kaká, Ganso e Alan Kardec foram poupados - só o último foi ao estádio e entrou na etapa final. Antonio Carlos, machucado, também não jogou. Em alguns momentos, os chilenos se aproveitaram da dificuldade dos anfitriões, até assustaram, mas nada além disso.
Com um a menos e mais vontade, o São Paulo fez valer sua superioridade apenas na metade final do duelo. Mas só o suficiente para viajar ao Chile na partida de volta com a vantagem de poder empatar para se classificar. Pode até perder por um gol de diferença, desde que marque ao menos um na casa adversária.
As equipes voltam a se enfrentar por uma vaga nas quartas de final da competição continental no dia 15 de outubro, no Chile. Neste sábado, o São Paulo vai a Porto Alegre enfrentar o Grêmio, na Arena, pela 26ª rodada do Brasileiro.
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Michel Bastos gol São Paulo x Huachipato-CHI (Foto: Marcos Ribolli)Michel Bastos comemora gol marcado no segundo tempo da partida (Foto: Marcos Ribolli)


O jogo
Surpreendentemente, os visitantes não demonstraram qualquer incômodo em atuar no estádio rival no começo do duelo. No Morumbi, os primeiros minutos tiveram o Huachipato melhor, ainda que em um jogo de qualidade bastante discutível. Com um time bastante modificado em relação ao que tem atuado no Brasileiro, o São Paulo tinha dificuldades para ameaçar os chilenos.
Ainda sem Muricy Ramalho, que se recupera em casa de uma arritmia cardíaca, a equipe foi novamente comandada pelo auxiliar Milton Cruz. O interino desfez o quarteto ofensivo ao poupar Kaká, Ganso e Alan Kardec. Só Pato começou o duelo, acompanhado de Osvaldo e Luis Fabiano. O time sofria e pouco incomodava o adversário.
Luis Fabiano árbitro expulsão (Foto: Marcos Ribolli)Luis Fabiano é expulso após acertar
rival no Morumbi (Foto: Marcos Ribolli)
Aos 32 minutos, porém, o camisa 9 se tornou o personagem do jogo, mas da pior forma. Numa disputa sem bola, ao lado do árbitro, acertou o volante Arrué com o braço. O juiz, sem titubear, sacou o cartão vermelho do bolso e expulsou o Fabuloso. Com um a menos, o São Paulo, que pouco antes tinha perdido Auro, lesionado, manteve o placar sem gols até o intervalo.
Mesmo com dez jogadores, o São Paulo iniciou o segundo tempo com mais vontade e interesse. O Huachipato ainda se arriscava e vislumbrava até tentar a vitória quando Michel Bastos recebeu na intermediária, ajeitou para a perna esquerda e arriscou de longe. A bola passou pelo goleiro e entrou no canto, aos 10 minutos da etapa final.
O 1 a 0 deu ao Tricolor a tranquilidade que ainda não tivera. Os visitantes foram controlados, e os donos da casa passaram a dominar a posse de bola. Sem se arriscar, o time tentava ampliar o placar em jogadas de velocidade. Osvaldo teve boa chance, mas errou na conclusão. No fim, o Huachipato tentou pressionar pelo empate, mas Rogério Ceni, em noite segura, evitou a igualdade. Diante do quadro pintado no fim do primeiro tempo, a vitória magra ficou de bom tamanho. 

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27ª RODADA CEARÁ SE IMPÕE, GOLEIA O VILA NOVA E GANHA FORÇA NA PERSEGUIÇÃO AO G-4 Setor ofensivo desencanta, Vozão se dá bem no Serra Dourada e aplica 5 a 1. Com inúmeras trapalhadas, Tigre perde a sexta consecutiva em casa

De jogo acirrado no primeiro tempo a massacre na etapa final. Após 45 minutos nivelados, o Ceará, em noite inspirada, se impôs na segunda metade da partida e não deu chances ao Vila Nova, aplicando goleada impiedosa de 5 a 1 em pleno Serra Dourada, em Goiânia, nesta terça-feira. Com gols de Bill, Helder Santos, Magno Alves, duas vezes, e Lulinha, o Vozão segue forte na luta pelo grupo dos quatro melhores da Série B do Campeonato Brasileiro. O Tigre só assistiu ao segundo tempo e sofreu a sexta derrota consecutiva em casa.
Com a vitória, o Ceará vai a 46 pontos na 27ª rodada e fica em quinto, colado ao G-4. O Vila permanece com 20 e cai para o 19º lugar, sendo ultrapassado pela Portuguesa. Ambos voltam a campo na próxima terça-feira (7), às 19h30. Os cearenses recebem o Sampaio Corrêa no Castelão. Os goianos viajam e pegam o Bragantino no Nabi Abi Chedid.
Acirrado por 45 minutos
No primeiro tempo, a diferença que separa Vila e Ceará na tabela não se refletiu tanto em campo. O jogo foi parelho, com as duas equipes se estudando e ousando pouco. Mais cauteloso e postado no esquema com três zagueiros, o Vila Nova tinha dificuldade para chegar ao ataque, mesmo dando liberdade aos laterais e com a vantagem de jogar diante de sua torcida.
O Ceará , por sua vez, encontrava espaço para agredir com um pouco mais de volume, mas sem chances claras de gol. O Vozão tentou explorar a experiência de seu setor ofensivo, mas esbarrou em uma linha de defesa bem constituída. O veterano Souza foi válvula de escape com chutes de longe, assim como Ricardinho, mas sem levar perigo real. Só que aí apareceu Magno Alves. Aos 45 minutos, o Magnata tentou da entrada da área. A defesa era fácil, mas André Luís falhou, deu rebote, e Bill não perdoou: 1 a 0 para os alvinegros.
vila nova x ceará - bill (Foto: Agência Estado)Bill comemora gol que abre caminho para a goleada do Ceará no Serra Dourada. (Foto: Agência Estado)
Massacre alvinegro
Na etapa final, tudo mudou, e o Ceará não demorou a dar um importante passo para a vitória. Logo no primeiro minuto, Samuel Xavier cruzou da direita e encontrou Helder Santos. O lateral, que entrara na vaga do lesionado Vicente, aproveitou a zaga do Vila somente olhando, tirou do goleiro André Luís e ampliou para os visitantes: 2 a 0.
O Vila tentava se manter vivo no jogo e respondeu pouco depois. Aos cinco minutos, Leonardo recebeu passe de Ítallo na área, bateu no canto e descontou. Só que não passou de alarme falso. O Ceará continuou superior, conseguiu segurar o ímpeto colorado pela reação e ainda fez mais três. Magno Alves, duas vezes (aos 14 e 42), e Lulinha (aos 37) não tiveram dó e sacramentaram a impiedosa goleada de 5 a 1 sobre o Tigre, frágil em seus domínios.

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27ª RODADA EM JOGO DE POUCAS CHANCES, LUSA E SAMPAIO EMPATAM NO CASTELÃO Resultado mantém o Tricolor do Maranhão na 7ª colocação da Série B, com 41 pontos. Portuguesa, com 21, permanece na zona de rebaixamento

Sampaio Corrêa e Portuguesa entraram no campo do Castelão com objetivos distintos na noite desta terça-feira. Enquanto a Lusa buscava encerrar o jejum de sete jogos sem vitória para ganhar novo ânimo na briga contra o rebaixamento, o Sampaio queria aproveitar o jogo no Maranhão para vencer e se aproximar do G-4. Porém, ninguém teve sucesso. Em duelo de poucas oportunidades de gol, as equipes empataram por 0 a 0, em confronto válido pela 27ª rodada da Série B.
Com o resultado, o Sampaio foi aos 41 pontos, e continua na sétima colocação, a seis do Vasco, último time entre os que são promovidos de divisão. Já a Portuguesa alcançou 21 pontos, subiu para a 18ª posição, mas permanece na zona de rebaixamento para a Série C.
Na próxima rodada, o Sampaio Corrêa encara o Ceará. A partida está marcada para terça-feira, no Castelão, no Ceará, às 19h30 (horário de Brasília). Já a Portuguesa recebe o Vasco na mesma data, no Canindé, às 21h50.
Sampaio e Portuguesa jogam pela Série B do Brasileiro no Estádio Castelão (Foto: Bruno Alves/Globoesporte.com)Sampaio e Lusa fizeram um jogo de poucas emoções no Castelão. (Foto: Bruno Alves/Globoesporte.com)
O jogo
Apesar de ter atuado fora de casa, a Portuguesa iniciou a partida pressionando o Sampaio Corrêa. Logo no primeiro lance de perigo, Allan Dias perdeu oportunidade clara de gol em rebote de Rodrigo Ramos, depois de finalização de Astorga. Após os primeiros 15 minutos, a Lusa recuou e o Sampaio tomou conta do duelo. O time da casa manteve a posse de bola, mas só assustou em chutes de longe, que passaram perto da meta de Rafael Santos.
A segunda etapa começou de forma semelhante. A Lusa fez uma blitz no início para tentar abrir o placar. Como novamente não teve sucesso, recuou. O Sampaio passou a ter a bola, mas, sem conseguir invadir a área adversária, recorreu mais uma vez aos arremates de longa distância. Com boa atuação, o goleiro Rafael Santos bloqueou todas as bolas que foram na direção da meta paulista. O cenário não mudou até o árbitro apitar pela última vez e encerrar a partida. 


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"Meia goleador", filho de Índio assina vínculo com Inter e segue trilha do pai Marquinhos tem 14 anos, é meia-atacante veloz e de habilidade, e se inspira em Cristiano Ronaldo e James Rodríguez nas categorias de base do Inter

Aos 14 anos, Marquinhos já tem bastante história para contar. Também pudera. Filho do zagueiroÍndio, multicampeão pelo Inter, desde pequeno convive no meio do futebol. Lilian, esposa do jogador e mãe do menino, conta que a primeira palavra que ele aprendeu foi "bola". O primeiro presente? Uma bola. Ainda criança, aproveitava os momentos de fim de treino do pai para jogar com atletas colorados, entre eles o ídolo D'Alessandro. Agora, já faz parte das categorias de base do clube. Vive a rotina de treinamentos, jogos, campeonatos, cobranças. Na última semana, assinou o primeiro vínculo. Foi surpresa. Momento de orgulho que a família - que se completa com Gabriela, de 11 anos, outra filha do casal - guarda como uma conquista. Apenas uma de muitas que esperam participar.
Índio bate bola com Marquinhos no condomínio onde moram em Porto Alegre (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)Índio bate bola com Marquinhos no condomínio onde moram em Porto Alegre (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)


O GloboEsporte.com visitou Lilian, Índio e Marquinhos na semana passada. Conheceu um pouco da história da família e principalmente do futuro jogador profissional, que se inspira em nada menos que Cristiano Ronaldo e James Rodríguez, craques do Real Madrid. É meia-atacante, e segundo os pais corujas, faz muitos gols. Enquanto dá os primeiros passos, o menino conta, com brilho nos olhos, a emoção que sentiu no momento da assinatura.
- Eu estava no treino e meu coordenador falou que eu tinha que subir lá (na sala dele) depois. Aí ele disse que eu precisava assinar uns papeis, e era para eu levar para casa para meus pais assinarem. Cheguei em casa, abri o documento, e estava escrito "contrato do atleta" - lembra, interrompido pela mãe:
- Ele me ligou e disse mãe, mãe, mãe! Eles querem assinar, mãe! - diz Lilian, cheia de orgulho. - Estávamos levando mais como uma brincadeira. Deixamos ele à vontade e não cobramos nada do clube. Mas como ele estava sendo muito bem aproveitado e vinha se destacando, o clube se interessou em regularizar - completa.
Esse primeiro vínculo de Marquinhos com o Inter é chamado de bolsa para formação do atleta, e vai até 2017. No ano que vem, ele passa a receber um auxílio, que servirá como um primeiro salário. É o pontapé inicial para a carreira de jogador profissional com a qual ele sonha.
mosaico marquinhos filho indio internacional (Foto: Divulgação/Arnold Classic Europa)

MARQUINHOS SONHA ALTO
O desejo de Marquinhos, como o de muitos meninos que começam a jogar futebol, é atuar fora do país. De preferência na Europa. O clube preferido do filho de Índio é o Real Madrid, da Espanha. E  ele sonha, um dia, alcançar o nível dos ídolos da equipe madrilenha.
- Espero um dia ser igual a eles. Eu vejo jogos, jogo vídeo game e já criei até meu personagem no Real Madrid - revela.
Marquinhos brinca com a bola durante entrevista (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)Marquinhos brinca com a bola durante entrevista (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)

Mas a realidade dele, por enquanto, é Porto Alegre. Acompanha os jogos do Inter e admira, além do pai, o capitão D'Alessandro. Na base do clube há três anos, ainda que tenha começado a ganhar mais oportunidades em 2014, tenta reproduzir no campo as características dos jogadores estrangeiros que gosta de assistir. Mas também cria sua própria identidade. 
- Sou um cara que gosta de driblar, fazer gol. Jogo pelo lado esquerdo do campo, gosto de puxar para o meio e chutar para o gol - define Marquinhos, que costuma ouvir as orientações do técnico e colocar em prática. - Às vezes, quando eu faço alguma coisa, ele me diz para melhorar. Aí eu vou lá e treino um pouco mais. É assim - diz.
Sou um cara que gosta de driblar, fazer gol. Jogo pelo lado esquerdo do campo, gosto de puxar para 
o meio e chutar para o gol 
Marquinhos
Quando recebeu a reportagem, Marquinhos recém havia chegado do treino, na cidade de Alvorada, Região Metropolitana. É lá que a categoria dele, sub-14, trabalha. Sorridente, vestia camiseta, bermuda e uma sandália. Mesmo cansado da rotina de aula pela manhã e treinamento à tarde, desceu do apartamento localizado em um luxuoso condomínio na zona norte de Porto Alegre com uma bola em mãos. Na quadra onde a entrevista e as imagens foram feitas, entre uma frase e outra, pausa para bater uma bolinha. Descalço mesmo, sozinho ou com o pai. 
Depois, encontrou amigos em outra quadra de futebol. Não deu outra: juntou-se a eles para uma partida. A mãe, Lilian, diz que é sempre assim. E a correria do dia a dia, que já é de uma vida de adulto, não incomoda Marquinhos.
- Se é o que eu quero, o que eu gosto, isso faz parte - pontua.
MÃE E PAI: FÃS E CONSELHEIROS
Marquinhos posa com a camiseta que usou no dia das homenagens ao pai, antes do jogo com o Peñarol, na reabertura do Beira-Rio (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)Marquinhos posa com a camiseta que usou no dia das homenagens ao pai, antes do jogo com o Peñarol, na reabertura do Beira-Rio (Foto: Tatiana Lopes)
Pais, torcedores e fãs. Assim são Índio e Lilian. Os dois também participaram da entrevista e falaram sobre o orgulho que sentem de Marquinhos. E também da filha Gabriela, que preferiu ficar em casa. Diferente do irmão e do pai, ela não foi para o lado do futebol, e sim para a dança, segundo a mãe.
Em diversos momentos da conversa, Lilian fazia questão de ressaltar que a educação vem em primeiro lugar. Marquinhos só é autorizado a faltar alguma aula para ir a treino ou jogo, em horários que coincidem, se ele estiver bem no colégio. Atualmente, é elogiado. 
- Tem dias que tem treinos de manhã e de tarde também. Aí como ele está bem na escola, vamos jogando, de repente falta um dia ou outro, para poder participar. Mas o principal é o estudo - frisa a mãe. - Queremos que ele continue estudando. Ele tem uma cobrança grande, até pelo pai que tem, que conquistou tudo que conquistou, mas a primeira coisa é o estudo - completa.
Quem deu a primeira chuteira para ele ainda foi meu pai. Ele era bem pequeno, tinha uns três aninhos de idade. A ponta da chuteira ficou toda gasta, de tanto jogar! 
Lilian, mãe
Índio, com toda a experiência que tem no futebol, aproveita para aconselhar o filho. 
- A gente conversa. Eu digo que muitas vezes vão falar que ele é meu filho... Mas ele mesmo se cobra bastante para estar sempre bem - comenta. - Vejo muita vontade nele, ele chega do colégio e já quer ir para o treino. Isso é um orgulho, e ele também é obediente.
A palavra que resume o sentimento dos pais ao assistirem a treinos ou jogos é nervosismo. Lilian revela que Índio é daqueles torcedores que não param de falar, incentivar, cobrar. Que certa vez até levou bronca de Marquinhos. Pediu para 
o pai pegar mais leve, pois já estava "pagando mico". 
- E como mãe é pior. Agora eu entendo porque a mãe do Índio ficava tão nervosa nos jogos dele - diz Lilian. - É medo de machucar, a preocupação é maior.
Chuteira que Marquinhos ganhou aos três anos teve o bico danificado, de tanto ele chutar a bola (Foto: Arquivo Pessoal)Chuteira que Marquinhos ganhou aos três anos teve o bico danificado, de tanto ele chutar (Arquivo Pessoal)
O amor do filho pelo esporte é inegável. E por isso os país fazem questão de contribuir com o que for necessário para que ele conquiste o sonho. 
- A primeira palavra dele foi bola, o primeiro presente (foi uma bola). E olha que o Índio é bem tranquilo. Quem deu a primeira chuteira para ele ainda foi meu pai. Ele era bem pequeno, tinha uns três aninhos de idade. A ponta da chuteira ficou toda gasta, de tanto jogar! - lembra Lilian.
O futuro recente, no entanto, é incerto. A família decidirá o que será melhor para todos ao fim do ano. Isso porque o contrato de Índio com o Inter se encerra em dezembro. O jogador ainda não sabe se irá se aposentar, se continuará jogando, ou se fará outra atividade. Nada foi definido. Ao menos não ao ponto de ser divulgado. Lilian tem uma clínica estética em Assis, interior de São Paulo, onde também vivem parentes do casal. Uma visita para matar a saudade, é um dos objetivos. Certo é que, aconteça o que acontecer, Marquinhos continuará jogando futebol. 
COM A PALAVRA, O COORDENADOR E O TÉCNICO
Coordenador da categoria de Marquinhos, Felipe Kssesinski diz que o menino chamou atenção da comissão técnica há três anos pela desenvoltura apresentada quando jogava com o pai e outros jogadores do Inter após um treino no Beira-Rio. O técnico, Matheus Costa, diz que desde o primeiro momento viu potencial. Ele define Marquinhos como um atleta "muito talentoso".
- É um jogador ofensivo, tem excelente drible, controle de bola e projeção. Acreditamos nele - destaca Matheus. - Tem posicionamento de área muito interessante para a idade dele. Tem uma leitura de jogo que surpreende - acrescenta Felipe.
O primeiro título que Marquinhos conquistou com o grupo sub-14 foi o turno do Campeonato Gaúcho, em agosto. Segundo o coordenador, em todos os jogos que ele entrou, fez gols. Motivo de vibração para a mãe.
- Ele fez quatro gols em três jogos, dois gols em um jogo só - conta Lilian, empolgada.
marquinhos filho índio inter (Foto: Mirela Putrich/Divulgação)Marquinhos no título do primeiro turno do Gauchão da categoria. (Foto: Mirela Putrich/Divulgação)

O Índio tem a história ele pelo clube. E o Marquinhos está no clube pelo talento que ele tem. De repente o Índio ajuda pelo perfil de atleta. Mas ele está aqui hoje pela qualidade 
Matheus Costa, técnico

As presenças de Marquinhos ficaram mais frequentes nos treinos neste ano. Só não consegue comparecer ao trabalho todas as segundas em razão das aulas em dois turnos na escola. Os jogos ocorrem aos sábados e domingos. Com participação mais efetiva,  conseguiu ganhar espaço maior. O único ponto que precisa evoluir, no momento, é a "maturação", como explicam o coordenador e o treinador do meia-atacante.
- Ele vem se soltando aos pouquinhos. Ainda é frágil, é menor em relação aos colegas, o que não o faz ter um rendimento limitado, ele é inteligente - comenta Felipe.
O crescimento de Marquinhos dentro do grupo, conforme os dois profissionais, não tem nenhuma relação com o fato de ele ser filho de Índio. Assim como os pais do menino, técnico e coordenador não ligam o nome dele ao do zagueiro do Inter para não misturar as coisas.
- É uma coisa que eu sempre falo para ele. O Índio tem a história dele pelo clube. E o Marquinhos está no clube pelo talento que ele tem. De repente o Índio ajuda pelo perfil de atleta. Mas ele está aqui hoje pela qualidade - ressalta Matheus.
- Os meninos têm um respeito muito grande pelo Índio, não misturam isso, são todos amigos - acrescenta Felipe. 

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Cruzeiro adia volta de zagueiro e leva atacante da base para enfrentar o ABC Hugo Ragelli ganha chance com Marcelo Oliveira, enquanto Bruno Rodrigo vai aguardar um pouco mais para retornar ao time

Bruno Rodrigo pede atenção com Durval no jogo aéreo. (Foto: Maurício Paulucci)Após passar por cirurgia, Bruno Rodrigo treina para voltar ao Cruzeiro (Foto: Maurício Paulucci)
Mudança antes da partida. Sai Bruno Rodrigo, entra Hugo Ragelli. O zagueiro estava relacionado para a partida desta quarta-feira, contra o ABC, no Mineirão, mas acabou retirado da lista. Ele treinou normalmente nesta terça-feira, mas, segundo o clube celeste, a comissão técnica se reuniu após a atividade e achou melhor aguardar mais um pouco pelo retorno do jogador, que voltou aos treinos há algumas semanas, depois de uma cirurgia no pé direito.
Com isso quem ganhará uma oportunidade é um garoto da base. O atacante Hugo Ragelli, da equipe sub-20, foi relacionado pela primeira vez para um jogo dos profissionais. O garoto participa esporadicamente dos treinamentos comandados por Marcelo Oliveira e parece ter agradado. Na time júnior, Hugo tem mostrado serviço. Foi autor dos dois gols sobre o Ceará, que classificaram a Raposinha na Copa do Brasil, e anotou mais dois no clássico contra o Atlético-MG, no último fim de semana, pelo Campeonato Mineiro de Juniores. Cruzeiro e ABC jogam nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte, na primeira partida do confronto válido pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Confira a nova relação de atletas do Cruzeiro para o jogo contra o ABC:

Goleiros: Fábio e Elisson
Laterais: Ceará, Mayke e Egídio
Zagueiros: Dedé, Léo e Manoel
Volantes: Henrique, Lucas Silva, Nilton, e Willian Farias
Meias: Éverton Ribeiro, Marlone e Ricardo Goulart
Atacantes: Borges, Dagoberto, Marcelo Moreno, Hugo Ragelli e Willian 


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Lima rescinde contrato com Ceará: "Foi muito honesto", afirma presidente Atacante participou de apenas sete partidas pela Série B do Campeonato Brasileiro e não marcou um gol sequer. Sérgio Soares tem seis opções para o setor de ataque

lima, ceará, atacante (Foto: Cearasc.com/Divulgação)Lima rescindiu contrato com o Ceará (Foto: Cearasc.com/Divulgação)
Após acordo mútuo, o atacante Lima e o Ceará optaram pela rescisão contratual do jogador. Limafoi contratado em julho deste ano junto ao Paysandu, onde havia marcado 20 gols em 2014. No Alvinegro, participou de apenas sete partidas pela Série B do Campeonato Brasileiro, mas não balançou as redes . 
De acordo com o presidente em exercício do Ceará, Robinson de Castro, o pedido de rescisão partiu do atacante. O contrato do jogador se estenderia até o fim de novembro.
- A iniciativa foi do Lima. Ele sentiu que não estava conseguindo ter um bom desempenho e achou que não valia a pena continuar no Ceará. Ele foi muito honesto com o clube em pedir a rescisão, porque teve consciência de que não estava rendendo o futebol para o Ceará e para  motivar a crescer no elenco - explicou Robinson de Castro, em entrevista ao GloboEsporte.com.
Para a sequência da Segundona, o time de Porangabuçu não pode mais trazer reforços, já que o prazo para inscrever novos jogadores expirou na última sexta-feira. Magno Alves, Lulinha, Bill, Robinho, Assisinho e Gil são as opções para o técnico Sérgio Soares.  

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Augusto Recife pode desfalcar o Paysandu em jogo decisivo da Série C Volante do Paysandu será julgado pelo STJD na tarde desta terça-feira por conta da expulsão na partida contra o Fortaleza, na 15ª rodada da Série C

O volante Augusto Recife pode ser um desfalque importante para o Paysandu na rodada decisiva da Série C, no próximo sábado, quando o clube enfrenta o Crac e luta para conseguir uma vaga na segunda fase da competição. Expulso da partida contra o Fortaleza, o cão de guarda do Papão cumpriu suspensão automática contra o Cuiabá e até enfrentou o Treze na noite desta segunda-feira, mas será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta terça. 
No lance da expulsão, contra o Tricolor do Pici, Augusto Recife deu com as travas da chuteira na coxa do volante Guto, da equipe adversária. Os jogadores discutiram em campo e ambos acabaram expulsos pelo árbitro Marielson Alves Silva. Por isso, o jogador do Papão será julgado pela 2ª Comissão Disciplinar do STJD por “praticar agressão física durante a partida”, art. 245-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, no inciso II: “desferir chutes ou pontapés, desvinculados da disputa de jogo, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido”. A pena vai de uma a seis partidas.
A sessão do STJD começa às 17h desta terça-feira, e o caso de Augusto Recife está entre as pautas do Tribunal. O jogador do Fortaleza, envolvido no lance, também será julgado na ocasião e no mesmo artigo.
Árbitro Marielson Alves Silva expulsou Augusto Recife e Guto (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)Árbitro Marielson Alves Silva expulsou Augusto Recife e Guto.  (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal) 

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Operário aguarda Geílson e perde dois atletas suspensos para decisão Chicote da Fronteira vai esperar até o último momento pelo atacante, que sofreu lesão na coxa no empate contra o Brasil de Pelotas. Volta acontece no sábado

Operário e Brasil de Pelotas na Série D (Foto: Barbara Taques)Geílson deixou o campo logo no início
(Foto: Barbara Taques)
O Operário vai aguardar até o último minuto para saber se conta ou não com o atacante Geílson, para a partida contra o Brasil de Pelotas, neste sábado, fora de casa, pela volta das oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. O camisa 9 sofreu um estiramento na coxa direita logo no início da partida desde domingo (que terminou empatada em 0 a 0) e realiza tratamento intensivo para poder entrar em campo. 

- Ele sofreu uma lesão leve, mas que pode tirá-lo da partida. Ele vai tratar até quinta-feira e vamos aguardar a evolução. Se ele viajar, vai para o jogo como titular - disse o treinador Eduardo Henrique. 

Os desfalques confirmados no time são do zagueiro Wadson, expulso no domingo e do meia Renan, que levou o terceiro cartão amarelo. 

- A equipe está definida. No lugar do Wadson vamos escalar o Kal. No meio, o Julian entra na vaga do Renan. Já no ataque, caso o Geílson não jogue, estou em dúvida entre o Mateus e o Gênesis. 

Com isso, o time entra em campo com Igor, Jackson, Odail Júnior, Kall e Wanderson; Jamba, Jean, Julian e Jackson; Laionel e Mateus (Gênesis). 
Na partida da volta, o Operário joga pela vitória ou um empate com gols para avançar às quartas de final. Novo empate em 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis. 

Brasil de Pelotas e Operário jogam no sábado, às 19h (de MT), no Estádio Bento Freitas, em Pelotas.  

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