Mágico ou não, o quarteto do São Paulo merece atenção pelas jogadas trabalhadas e movimentação intensa que muitas vezes atrapalha as defesas adversárias. Apesar de vir de uma derrota em clássico e um empate – diante de Corinthians e Flamengo, respectivamente –, Ganso,Kaká, Alexandre Pato e Alan Kardec são o ponto de referência do time do Morumbi. Do outro lado, porém, também há quatro opções ofensivas que podem desequilibrar. Cristóvão ainda entrosa seu quarteto, mas a soma de gols de Cícero, Wagner, Conca e Fred é maior do que a das badaladas peças são-paulinas: 24 gols para os cariocas contra 20 dos paulistas.
Quarteto do Flu é formado por Cícero, Wagner, Conca e Fred; São Paulo aposta e Kardec, Pato, Ganso e Kaká
Muricy encaixou esses jogadores há pouco tempo, mais precisamente após a chegada de Kaká, que fez o São Paulo crescer da zona intermediária da classificação para o grupo que hoje estaria garantido na Taça Libertadores. Até agora, o aproveitamento com os quatro em campo é muito bom: 75,9%. Foram nove jogos, com sete vitórias, um empate e uma derrota – o tropeço ocorreu na partida contra o Goiás, quando Alexandre Pato entrou no intervalo. Como titular, o quarteto do Morumbi está invicto na competição.
A vocação ofensiva levou o São Paulo a ter o segundo melhor ataque, com 42 gols, mas também faz o time ter a sexta pior defesa, com 30 sofridos. Em sua última coletiva, após o empate contra o Flamengo, o técnico Muricy Ramalho disse que não vai mudar de estratégia.
– No futebol você tem de escolher. Temos o segundo ou terceiro melhor ataque. E todo o time que é ofensivo abre atrás. Só vamos jogar dessa maneira – afirmou o comandante, que não estará à beira do campo neste sábado, já que está internado para se recuperar de uma arritmia cardíaca.
No Rio, Cristóvão ensaia algumas variações depois de chegar a escalar um quinteto que tinha Jean de primeiro volante, mais Cícero, Wagner, Conca, Fred e Rafael Sobis – este último, porém, deve sobrar na escalação para o Morumbi. Com os quatro juntos, o Fluminense fez apenas três partidas e ainda não perdeu. Um empate em 3 a 3 com o Cruzeiro (Cícero, Wagner e Kenedy marcaram), outro com o Flamengo (outro gol do camisa 9), mais uma vitória sobre o Palmeiras por 3 a 0 (dois de Fred, um de Conca).
Para o treinador do Fluminense, há semelhanças entre os dois sistemas. No entanto, ele reconhece que o quarteto são-paulino vive melhor fase. O técnico lembrou que as equipes estão entre os melhores ataques da competição – atrás do Cruzeiro, o São Paulo é o segundo com 42 gols, e o Fluminense, terceiro (37).
– O ataque deles é uma vantagem, um acerto da equipe do São Paulo, de algumas rodadas para cá. Estão mais frescos, mais motivados pela posição. É um time do mais alto nível, e vejo semelhanças com nossa equipe pelo alto número de gols marcados. Mas estamos bem próximos deles. Eles fazem muitos gols e têm movimentação muito grande, e nós jogamos de maneira parecida. Mas eles estão num momento melhor que o nosso – analisou o treinador do Fluminense.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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