Buffarini, lateral-direito do San Lorenzo, agrada à diretoria do São Paulo (Foto: Diego Guichard)
Em silêncio e sem a pressa cobrada por boa parte dos torcedores, o São Paulo anunciou seu novo técnico, o argentino Edgardo Bauza. É dessa mesma forma, sigilosamente e dando de ombros a quem acusa atraso no planejamento, que a diretoria trabalha para reforçar o grupo.
Com problemas financeiros, o departamento de futebol admite que nunca teve tanta dificuldade para formar um elenco. Participar de disputas financeiras, como Grêmio, Flamengo e Fluminense estão travando, por exemplo, pelo zagueiro Henrique, é inviável. Contratar sete reforços antes do Natal como o vizinho Palmeiras, então, nem se fala. A palavra no São Paulo é "criatividade".
A diretoria não sentiu, dessa vez, a mesma receptividade de outrora para fazer trocas como as de Jadson por Pato ou Rhodolfo por Souza, consideradas bem sucedidas internamente. Por isso, a não ser que alguma negociação clareie muito nos próximos dias, a possibilidade de terminar o ano sem reforços é grande e tratada com naturalidade pelos dirigentes.
Lugano, desejado por quase a totalidade da torcida, continua tendo sua situação monitorada de perto. Como ele tem contrato em vigência com o Cerro Porteño, o São Paulo toma todo cuidado para não infringir nenhuma regra numa possível negociação.
Cientes do desejo de uma reformulação econômica, empresários acionam o clube por toda parte. Bastou Edgardo Bauza assumir e cinco agentes se apresentaram como soluções para a contratação do lateral-direito Buffarini, destaque do San Lorenzo comandado pelo argentino. O São Paulo tem interesse, mas tenta fugir de intermediários para baratear o negócio.
Patón deixou claro à diretoria que perfis de jogadores precisa e/ou gosta de trabalhar. Um zagueiro com facilidade de atuar pelo lado esquerdo, por exemplo, já que para a direita o clube tem Rodrigo Caio, Lucão, Breno e Lyanco, em quem deposita-se muita esperança. Outra posição na mira é o ataque, preferencialmente atletas que atuem pelos lados e tenham força física.
Aliviado com um fim de ano bem melhor e sem os escândalos que marcaram a gestão anterior, o São Paulo vive clima de otimismo para 2016, mas sabe que ainda vai sofrer por algum tempo as consequências da bagunça financeira de muitos anos atrás.
Varjota Esportes - Ce. / Globoesporte.
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