Corinthians prepara batismo do Itaquerão

(Foto: Coutinho, Diegues e Cordeiro/DDG/Divulgação)
                                                                       PAULO FAVERO e VÍTOR MARQUES                                                                                                    Apesar de faltar a assinatura do contrato com a Odebrecht, o que deve ocorrer na próxima semana, o Corinthians dá como situação liquidada o acerto para a construção do estádio em Itaquera e agora volta o foco para a discussão dos naming rights da futura arena.
O clube já conversou com algumas grandes empresas, como Petrobras, Nike e Emirates, mas o nome da vez é a Nestlé, que vem negociando para ter o direito de colocar sua marca no nome do estádio.
O diretor de marketing corintiano Luís Paulo Rosenberg trata tudo com muito sigilo e prefere não falar em nomes.
“Estamos conversando com cinco ou seis empresas. Vamos devagar. Não quero vender o terreno, quero vender estádio”, diz, explicando que quando a obra começar a subir com mais rapidez será mais fácil negociar com os interessados.

“Deixa subir um pouco a estrutura, porque ainda há infiéis que duvidam que o estádio vai sair. Se eu vendo agora vai ser em baixa. Vamos esperar valorizar um pouco. Quando tivermos pilastras subindo, vai ser mais bonito ainda.”
Desde o início o dirigente dizia que não teria muita pressa para acertar a empresa que terá o direito de colocar o nome no Itaquerão. A favor do Timão pesam duas coisas. A primeira é que o estádio nasce “virgem”, como o próprio Rosenberg costuma dizer, sem um nome de batismo e que por isso ficaria mais fácil o nome oficial pegar em vez dos nomes populares, como Itaquerão ou Fielzão.
Outro fator é que o Corinthians só precisa começar a pagar o financiamento que virá do BNDES daqui a três anos.
“Quem tem pressa para negociar faz negócio errado”, diz.

Sem pressa, ele vai ouvindo as propostas e prefere até não colocar um teto nos valores pedidos.
Em um primeiro momento, cogitou-se R$ 35 milhões por ano pelo batismo da arena, que era mais ou menos o custo da época dividido pelo prazo de pagamento – dez anos.

Mas agora o Corinthians vê as cifras no futebol dando saltos – o caso emblemático dos contratos de televisão, cujos valores aumentaram muito, serve de exemplo – e prefere esperar para conseguir um valor muito maior. “O céu é o limite”, gosta de dizer Rosenberg.
Os próximos meses serão decisivos para que o Corinthians consiga um bom contrato. E as conversas e consultas com as empresas estão se tornando cada vez mais frequentes. “Espero que a gente tenha os naming rights em fevereiro ou março. Temos ainda três anos para começar a pagar”, explica o dirigente, que é tido por todos no clube como uma pessoa que está brigando para que o estádio custe cada vez menos aos cofres do Timão. “Continuamos lutando até o fim para não onerar mais o clube.”
Como apenas a venda dos naming rights dificilmente vai cobrir os custos do empréstimo do BNDES, o clube já decidiu que utilizará outras receitas do estádio para pagar ao banco.
As outras fontes de renda serão a venda de camarotes a empresas, como faz o São Paulo no Morumbi, e a venda de cativas, cujos contratos serão renovados anualmente. (Colaborou Roberto Fonseca)         
Fonte: JORNAL  DA  TARDE  E   ESTADÂO.COM.BR

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